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Vitão conta bastidores da criação de “Flores”, nova parceria com Luísa Sonza

E uma vez por ano o Festival Teen Live Show dá espaço para a nova geração da música se concetar com seus ídelos em um grande show. Em 2020, ele será 100% digital, se transformando na maior live teen do Brasil/Foto: Bruno Trindade.
E uma vez por ano o Festival Teen Live Show dá espaço para a nova geração da música se concetar com seus ídelos em um grande show. Em 2020, ele será 100% digital, se transformando na maior live teen do Brasil/Foto: Bruno Trindade.

Vitão e Luísa Sonza juntos mais uma vez! Sim, faz uma semana que “Flores”, nova parceria dos dois, chegou às plataformas digitais. O lançamento foi surpresa, mas o que não faltou foi uma estratégia bem articulada de marketing pautada na vida dos artistas.

Em meio a rumores de um possível romance, Vitão e Sonza apostaram nesta segunda colaboração, a primeira foi “Bomba Relógio”, e já estão colhendo os frutos deste lançamento. A faixa segue em segundo lugar no Spotify Brasil, perdendo o topo apenas para a viral “Na Raba Toma Tapão” do Niack.

Vitão lança "Flores" parceria com Luísa Sonza
Foto: Bruno Trindade.

“Flores” é o segundo lançamento encabeçado por Vitão nesta quarentena, que em abril soltou “Mais Que Bom”, parceria com Agir. Além destas, outras quatro músicas que trazem o cantor como colaborador também saíram neste mesmo intervalo de tempo; entre elas “Na Janela”, parceria com Ivete Sangalo!

Conversamos com Vitão sobre “Flores”, sua relação com Luísa Sonza, Ivete Sangalo, parcerias e ainda sobre uma possível retomada do trabalho em “Ouro”, seu primeiro álbum que foi lançado em janeiro deste ano e terminou sendo pausado por conta da pandemia. Segundo ele, “Ouro” não foi esquecido!

 

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POPline: Vitão, “Flores” já está no mundo, uma nova parceria com a Luísa Sonza após “Bomba Relógio”, que foi um grande sucesso. Como você chegou nesta música e vocês acreditam que esta faixa possa ter um desempenho semelhante à primeira parceria?

Vitão: Pô desde que eu e a Luísa gravamos “Bomba Relógio” e passamos a nos conhecer melhor e criar uma amizade, a gente sempre teve uma identificação musical muito forte, muito legal. Como vocês mesmos disseram, ela performou muito bem, o público abraçou demais ela, nos shows da Luísa, nos meus, todo mundo sempre cantou muito e foi muito especial. Quando eu escrevi a “Flores” de cara pensei nela, apesar de ser diferente de Bomba Relógio, eu achei que cairia perfeita para Luísa e caiu mesmo, ela adorou a música e acho que o público está adorando também.

A música chegou acompanhada de uma divulgação basicamente feita via redes sociais que precederam um lançamento surpresa. De quem foi a ideia de fazer desta maneira e o que vocês pretendiam ou esperam de uma lançamento deste tipo? Acreditam que esta fórmula funciona pra vocês?

Cara, a gente teve essa ideia em conjunto desde o começo. A gente entendeu que, principalmente pelo momento de vida que a Luísa tá agora, como está sendo uma pessoa muito visada, falada e procurada pela mídia, a gente percebeu que seria uma forma legal de gerar atenção para música, que é o mais importante no final. Gerar tensão, polêmicas, gente falando, jornalistas falando, mas com a intenção de no fim gerar a música e deu tudo certo. Ficamos muito felizes com o resultado.

“Flores” tem uma levada bastante similar a outras músicas suas e a letra um pouco mais ousada para Luísa. Queria que você nos contasse um pouco mais sobre o processo criativo do single junto aos Los Brasileiros e sobre como você chegou no nome da Luísa para esta parceria, uma vez que ela não está nos créditos de composição.

Pô, realmente a música carrega um pouco mais do meu universo do que da Luísa por eu ter escrito a música. A princípio eu escrevi essa música para um outro projeto, mas acabou não sendo aprovada e quando não rolou pra esse projeto na hora me deu um estalo e eu pensei na Luísa. Aí pensei “putz, ainda bem que não rolou porque era pra ser a Luísa mesmo”. Comecei a imaginar a música na voz dela e percebi que seria perfeita pra ela. Apesar de ser uma música minha, mistura os dois universos, na produção tem uma levada de funk também, a letra tem um discurso parecido com o que a Luísa já faz nas músicas dela. E realmente, quando ela gravou a voz eu tive certeza que tinha que ser assim mesmo.

O clipe de “Flores” parece uma produção bastante superior ao que estamos vendo nesta quarentena. Ele já estava pronto antes do isolamento social? A ideia para o vídeo foi sua e da Luísa?

Nós gravamos o clipe já em período de quarentena, inclusive eu já estava isolado nessa casa que tem um estúdio criando músicas e a “Flores” saiu desse meu momento nesta casa. E aí a gente conseguiu uma equipe reduzida para gravar, tomando todos os cuidados necessários, mascarados e higienizados. Quem gravou foi a minha própria agência de marketing digital, que trabalha comigo nas redes sociais e nos lançamentos e conseguimos montar a equipe mais enxuta possível. A Luísa inclusive gravou a voz lá também e foi uma parada super simples, mas como o trabalho foi muito bem feito até parece que teve uma super produção por trás. Fiquei super feliz com o resultado do clipe.

Falando em isolamento, no início deste período você lançou “Mais Que Bom”, parceria com Agir, além de outras faixas onde você aparece como colaborador – “Sem Limites”, “Jacarandá”, “Na Janela” e “Embrasa o Narguilé”. Imaginava que esse volume tão grande de lançamentos com seu nome sairiam em tão pouco tempo? O que acha disso?

Não, na verdade não, quando começou o isolamento social eu até fiquei com bastante medo achando que ia dar uma travada geral em tudo, que eu não ia conseguir trabalhar direito. Mas eu percebi que a gente acabou só se adaptando e trabalhando de formas diferentes, ao em vez de estar na estrada, fazendo shows, indo para programas de TV de rádio, a gente tá em casa, estúdio, gravando nossas músicas, enfim, expondo nosso lado artístico de outras formas. Esse ta sendo um período de muitos lançamentos, criatividade, produtividade musical, pelo menos para mim e estou muito feliz com o resultado de tudo isso.

“Na Janela”, faixa com a Ivete Sangalo, talvez tenha sido uma das mais comentadas. Como foi para você gravar com um artista consagrada como ela e ainda perceber que ela se permitiu entrar no seu som e gravar uma composição sua?

Pô, pra mim isso foi uma honra gigantesca assim. Gravar com a Ivete Sangalo foi um presente que a vida me deu. A vida e a Ivete né, porque ela realmente abriu os braços para mim, me deu essa oportunidade maravilhosa de poder cantar com ela e ainda colocar a voz em uma composição minha, isso foi uma parada muito especial para mim. Acho que o sonho de muitos artistas do Brasil é poder gravar com ela, pela importância para nossa cultura e nossa música que ela tem. Admiro muito a Ivete, a generosidade dela de ter essa abertura para novos artistas, pessoas que estão começando agora, dar esse espaço. Para mim, foi muito especial.

Em nossa última conversa falamos sobre “Ouro” e você confirmou que tinha medo deste álbum ser deixado de lado após este período. Ainda se sente assim? Acha que ainda dá tempo e há espaço para trabalhar este disco após tantos lançamentos que envolvem o seu nome?

No começo da quarentena eu fiquei preocupado mesmo, a gravação do clipe de “Romeu e Julieta” precisou ser cancelada por causa da quarentena, então fiquei um pouco frustrado. Mas as músicas continuam performando muito bem, tem muitos singles ainda neste trabalho que acredito que dá pra trabalhar de outras maneiras e vou continuar muito focado em trabalhar esse disco.

Já existe algum planejamento para retomada do “Ouro”? “Romeu e Julieta” segue sendo a sua aposta para single?

Então, como a gente entrou nesse período de isolamento e como eu acabei lançando muitas outras coisas novas, eu não sei como vai ser o trabalho desse disco. Se a gente vai realmente trabalhar “Romeu e Julieta” eu até pretendo, mas talvez mais pra frente, de uma forma diferente. Tenho que estudar ainda como isso vai ser feito. Mas não pretendo deixar para trás, até porque ele nunca será deixado para trás, continua performando muito bem nas plataformas, tendo muitos plays, então ele não ficou esquecido. Mas pretendo sim retomar alguma coisa dele e trabalhar mais alguma coisa dentro do disco com certeza.