Após a apresentação dos resultados financeiros do Universal Music Group (UMG) na última semana (28), no qual o CEO Lucian Grainge apontou que a companhia iria executar um “redesenho organizacional estratégico”, a major iniciou uma rodada de demissões em escala global que inclui Interscope, Republic Records, Capitol Music Group, Def Jam e Island, bem como na divisão de catálogo musical, como Universal Music Enterprises, UMG Corporate e a editora Universal Music Publishing.
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De acordo com o Deadline, um porta-voz da empresa confirmou as demissões na última sexta-feira (1), mas não informou quantas estão previstas. A empresa tem mais de 11.000 funcionários em todo o mundo.
Com as demissões, o UMG se junta a uma lista crescente de empresas de mídia e tecnologia que realizaram os cortes com o objetivo de “reduzir as despesas gerais da companhia”. Entre elas, estão: Warner Bros. Discovery, Meta, Disney, NBCUniversal, Google, Amazon, entre outros.
“Continuamos a posicionar a UMG para acelerar a sua liderança nas áreas de crescimento mais promissoras da música e impulsionar a sua transformação para capitalizá-las. Nos últimos anos, temos investido no crescimento futuro – construindo nossas operações de comércio eletrônico e D2C, expandindo geograficamente e aproveitando novas tecnologias. Embora mantenhamos os nossos investimentos líderes da indústria em A&R e desenvolvimento de artistas, estamos criando eficiências em outras áreas do negócio para que possamos permanecer ágeis e responsivos ao mercado dinâmico, ao mesmo tempo que percebemos os benefícios da nossa escala“, disse porta-voz do UMG ao Music Business Weekly.
Universal Music Group x TikTok
Em tempo, o último desdobramento do impasse após o fim do licenciamento do catálogo do Universal Music Group no dia 31 de janeiro no TikTok e o pedido de retirada dos fonogramas e obras musicais pertencentes ao grupo da plataforma de vídeos curtos, ganhou mais um capítulo. Após o posicionamento do TikTok, foi a vez da editora musical Universal Music Publishing, reafirmar a postura da companhia diante do atual cenário.
Em comunicado, o Universal Music Publishing Group (UMPG) afirma que os pontos de impasse com a plataforma da ByteDance não consistem apenas sobre os royalties, mas, também, sobre a indefinição diante da proteção autoral mediante ao crescimento exponencial das produções musicais com inteligência artificial. Além disso, a companhia destaca a importância de um conteúdo seguro online, principalmente para crianças.
Para a companhia, o TikTok precisa garantir esses pontos para chegarem a um acordo. Confira o comunicado na íntegra da Universal Music Publishing acessando aqui.