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Tune.Play: plataforma promete valorizar os “superfãs” e devolver ao artista o controle de sua obra

A plataforma faz parte da empresa TuneTraders e é descrita pelos criadores como “uma mistura de plataforma de áudio com uma espécie de ‘bolsa de valores'”.
Foto: Reprodução Instagram @ttdr.io

Apresentando um modelo alternativo de negócio para o artista e uma experiência diferenciada para o fã de música, a plataforma Tune.Play chega ao mercado nacional. Desenvolvida pela TuneTraders, ela promete remunerar até 454 vezes mais por reprodução em comparação a serviços de streaming existentes e oferece aos “superfãs” conteúdo exclusivo. O projeto foi testado pelo cantor Pedro Viáfora, do grupo 5 a Seco, que lançou hoje (22) uma música na plataforma.

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Uma versão de “No Rastro da Lua Cheia”, composição de Almir Sater e Renato Teixeira, na voz do cantor Pedro Viáfora chegou hoje, com exclusividade, à Tune.Play. Junto à faixa, um videoclipe assinado por Pamela Munhoz também ganhou vida na plataforma. Pedro é o primeiro artista a apostar na Tune.Play, que promete ser uma grande aliada do artista e do fã, oferecendo melhor remuneração por reprodução e acesso antecipado a conteúdos inéditos.

“A Tune.Play nasceu com um propósito claro: devolver aos artistas o controle sobre sua arte e possibilitar uma remuneração mais justa no mercado digital. O superfã é peça-chave nesse modelo, transformando sua paixão em apoio direto. Queremos criar um espaço em que os artistas possam recuperar o valor investido em suas obras e construir uma conexão significativa com seus superfãs, oferecendo acesso antecipado e recompensas que reconhecem esse apoio,” disse Giuliana Lunardelli, co-fundadora da plataforma.

De acordo com os executivos da Tune.Play, a plataforma chega como uma solução na busca por novas maneiras de celebrar e sustentar a criação artística. Segundo a empresa, será possível que o artista se transforme em uma organização autônoma, podendo, assim, disponibilizar seu conteúdo a até mil superfãs durante a fase de avant-première, ou seja, antes do lançamento em outras plataformas.

A Tune.Play calcula remunerar até 454 vezes mais por reprodução em comparação aos players existentes no mercado, mas como se daria esse modelo de negócio?

Em suma, a plataforma disponibiliza dez ingressos a R$ 10 cada. Esse ingresso dá direito a acessar o conteúdo exclusivo por uma hora após o primeiro play. A partir do 11º ingresso, os fãs começam a formar uma fila, podendo dar lances (não menores que os R$ 10 iniciais) para ter acesso. Depois dos primeiros dez ingressos serem vendidos, os lances mais altos são executados automaticamente, fazendo com que os preços da exibição flutuem conforme a demanda.

O valor mínimo de cada lançamento é o artista quem determina. Já o valor máximo são os fãs que elegem. Isso é o legal da história toda: fã e artista regulam o preço, assim o artista tem a chance de entender melhor a capacidade que sua obra tem com a sua base de fãs mais próximos,” explicou Carlos Gayotto, co-fundador da plataforma.

Desenvolvimento e histórico

A Tune.Play pertence à TuneTraders, empresa criada em 2019 por Carlos Gayotto, com a mentoria de Maurício Magaldi, pioneiro no mercado de serviços blockchain com a IBM na América Latina, e hoje sócio de Carlos. Anteriormente, a TuneTraders atuou com uma outra plataforma (que foi reformulada, tonando-se a Tune.Play), onde grandes nomes da música já vivenciaram casos interessantes de remuneração.

De acordo com a TuneTraders, o cantor Zeca Baleiro, por exemplo, arrecadou R$ 60 mil vendendo aos seus fãs 600 tokens de R$ 100 cada da canção inédita “O Tempo Não Espera”. Já a cantora e compositora paulistana Tiê levantou R$ 15 mil vendendo aos seus fãs 300 tokens de R$ 50 cada do disco do seu duo “FogoFera” com Adriano Cintra. O cantor Paulo Novaes levantou R$ 5 mil com 100 tokens de R$ 50 cada para o videoclipe de “Travo”, parceria com o ANAVITÓRIA.

Pedro Viáfora, que estreou a Tune.Play nesta sexta-feira (22), falou sobre sua expectativa para com a plataforma:

“Eu fiquei muito empolgado com a ideia da Tune.Play. A maneira como consumimos e fazemos arte é sempre um questionamento. Porque acabamos levantando uma boa quantia para colocar um lançamento na praça, renovar o nosso repertório e continuar em movimento. E é um dinheiro muito difícil de recuperar em um curto prazo. Antigamente, na época dos CDs, por exemplo, você tinha uma primeira venda que pagava, pelo menos, os custos básicos para você conseguir talvez jogar no zero a zero. Mas, da maneira como funciona o mercado atual, é um dinheiro que, se volta, só é recuperado em um longo prazo. A ideia da plataforma faz muito sentido. Espero que quem me acompanha curta a experiência.”

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