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Transit in the Ryes celebra o luto no single “The World’s Not Talking”

Banda gaúcha mostra outros tons e sons da sua musicalidade em uma canção que reflete diferentes aspectos da dor da perda de alguém

Banda Transit in the Ryes | Foto: Isadora Klein

Depois de abordar a falta de comunicação no single “Take Your Time”, a banda gaúcha Transit in the Ryes mostra outros tons e sons da sua musicalidade em uma canção que reflete diferentes aspectos do luto. Embora a temática seja melancólica, a sonoridade de “The World’s Not Talking” é solar, mesclando referências modernas e nostálgicas. O single antecipa o novo EP do grupo, a ser lançado em breve e, além disso, veio acompanhado de um clipe bem legal.

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Assista/ouça “The World’s Not Talking” no player a seguir:

Com um som mais agitado e em tom maior, a música tira inspiração de lugares um pouco diferentes do último single. Enquanto a faixa anterior parecia ser o som de uma sombria reflexão sobre o fim de um relacionamento, “The World’s Not Talking” toca no luto de forma quase celebrativa.

A música passa por um filtro de inspirações que une clássicos da música estrangeira como os álbuns “Illinois”, de Sufjan Stevens, e “Tusk”, de Fleetwood Mac, com sons mais tipicamente associados ao rock brasileiro, como Rita Lee, usando trompetes nos refrãos e guitarras com um sabor típico dos anos 60.

O compositor, produtor, vocalista e guitarrista Henrik Karlholm fala sobre a essência da letra de “The World’s Not Talking”:

“É sobre um sentimento quase egocêntrico quando alguém passa por um processo de luto, qualquer que seja a origem deste. Como pode o resto do mundo continuar vivendo, como podem todos ao meu lado continuarem suas rotinas enquanto meu mundo acaba de desmoronar? A experiência de passar por uma dor imensa e observar outros ilesos pode ser alienante, e solitária também. Às vezes a vontade é de que o mundo todo pare, mesmo que por um instante, para falarmos sobre o que estamos passando, e que o mundo ouça e fale também. Mais agora do que nunca, sendo o luto tão presente no mundo, acho que tá tudo bem admitir esse sentimento”, resume.

Além Henrik, a banda é formada por André Silveira (baixo), Santi Madeira (guitarra) e Thomas Gomes (bateria).

Sobre o Transit in the Ryes

Entre o moderno e o retrô, o indie, o grunge e o new wave, surge a sonoridade de Transit in the Ryes, quarteto porto-alegrense que prepara um novo EP para inaugurar sua próxima fase – onde o atual e o nostálgico se fundem para dar vazão a composições sobre questões humanas.

Banda Transit in the Ryes | Foto: Divulgação