A Netflix estreou a minissérie de cinco episódios “Traição” nesta segunda (26/12). O criador do programa, Matt Charman, conta que John le Carré, escritor referência no gênero de espionagem, foi uma de suas inspirações para a história.
A série, estrelada por Charlie Coxno papel de Adam Lawrence, acompanha um agente treinado e moldado pelo MI6, que se vê no meio de um triângulo amoroso com a esposa Maddy e uma espiã russa, Kara. “O foco original era: ‘como posso encontrar uma história que tenha um enredo grande e sinuoso, mas também tenha algo profundamente humano acontecendo?'”, conta Matt Charman.
“É uma combinação do que esperamos fazer muito bem neste país com John Le Carré e relatos psicológicos convincentes de seres humanos, ao mesmo tempo em que combinamos isso com algo que parece vivo, urgente e acontecendo no momento. É isso que eu estava procurando, realmente”, comenta.
Agentes verdadeiros também inspiraram “Traição”
Ele conta que leu muito e viu filmes para entender como funciona a agência britânica de inteligência MI6. “Você não consegue acessá-la e quem trabalha lá não vai falar com você, então você tem que meio que fazer um salto imaginativo”, explica. Mas, na verdade, ele conheceu algumas pessoas que trabalharam em serviços de inteligência, enquanto fazia outros trabalhos. Matt pôde usar isso na construção do personagem Adam Lawrence.
“Tenho a sorte de ter conhecido algumas pessoas que trabalharam em serviços de inteligência – pessoas que foram operativas. E o que sempre me impressiona sobre aqueles que trabalham nessa linha de trabalho é como eles se encaixam perfeitamente na vida cotidiana. Como seria bom e fácil encontrá-los em uma festa ou sentar ao lado deles no metrô, conversar um pouco com eles e não sabem o que fazem para viver”, pontua.
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