Lucas Silveira, vocalista do Fresno, falou no Instagram como foi seu encontro com o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, conhecido pela sua atuação em prol dos direitos humanos. Glenn sinalizou ao cantor que não entendia o porquê era associado a ser “emo” por gostar da banda. “O Glenn não entendia porque gostar de Fresno fazia dele um ‘emo’. Passamos uma tarde falando sobre isso e muitas outras coisas. É muito curioso explicar para alguém ‘de fora’ porque esse rótulo já foi pejorativo”.
O líder do Fresno ainda aproveitou para discutir o conceito de masculinidade tóxica: “É impossível falar disso sem passarmos por pautas tão presentes na sociedade hoje, como masculinidade tóxica e homofobia. Isso sem falar no paradoxo do ‘roqueiro conservador’. Aí relatei que, por muitos anos, a vulnerabilidade de um homem, inclusive na arte era inversamente proporcional à sua masculinidade percebida. Tem coisas que só se mostram surreais quando verbalizadas. Parece mentira tudo que está acontecendo no Brasil, quando a gente conta para alguém. Também é surreal dizer que alguém da dimensão desse cara possa ser tão solícito, real, e são”.