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Universal Music Group x TikTok: por que artistas da Sony e Warner podem ser afetados?

Universal Music Group x TikTok - por que artistas da Sony e Warner podem ser afetados? Entenda as diferenças entre uma editora e uma gravadora. Foto: Divulgação

O novo capítulo do impasse entre o Universal Music Group e o TikTok, que aconteceu nesta terça-feira (27) após a plataforma iniciar a remoção das obras musicais da Editora Universal Music Publishing, levantou dúvidas do mercado musical sobre o porquê que artistas das gravadoras Sony Music e Warner Music podem ser afetados.

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Um dos conceitos centrais da indústria musical consiste na diferença entre Obra Musical e o Fonograma. A Obra Musical é a composição musical que possui letra e melodia ou apenas melodia. Uma única obra pode ser gravada em diversas versões diferentes. A gestão de uma obra musical, que pode ter diversos usos, como a presença em filmes, séries, comerciais publicitários, entre outros; ela é função de uma Editora Musical, a exemplo da Universal Music Publishing.

Já o Fonograma, é a gravação da obra musical, ou seja, a fixação de uma obra em um meio. Por exemplo: a música que nós escutamos no streaming, rádios, CDs, entre outros, são fonogramas. Os fonogramas são gerenciados por Selos ou Gravadoras, a exemplo da Universal Music.

Logo, um artista pode, por exemplo, estabelecer um contrato com uma Editora Musical da sua preferência, que não seja do mesmo grupo de uma gravadora, já que esse vínculo de exclusividade não é obrigatório. A artista Anitta, por exemplo, ela faz parte da gravadora Universal Music, através da Republic Records, e suas obras musicais são gerenciadas pela Sony Music Publishing.

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Editora Sony Music Publishing e Anitta firmam contrato global

Cantora e compositora Anitta. (Foto: Getty Images – Uso autorizado POPline)

Com isso, artistas que possuem contrato com a editora Universal Music Publishing e com gravadoras como Sony Music e Warner Music, por exemplo, podem ser afetados pela remoção das suas obras musicais do TikTok que iniciou nesta terça-feira (27).

Até o momento, não há uma declaração oficial das gravadoras Sony Music e Warner Music se seguirão os mesmos passos adotados pelo Universal Music Group.

Universal Music Group x TikTok

A batalha, que começou no início deste mês, inicialmente viu os fonogramas pertencentes ou distribuídos pelo UMG serem removidos da plataforma. Agora, está se estendendo a um número muito maior, envolvendo obras musicais, incluindo àquelas editadas pela empresa, através da Universal Music Publishing (UMPG). Com a atual movimentação, artistas que possuem contratos com outras companhias, como Sony Music e Warner Music, podem ser afetados, já que o acordo de edição musical independe do vínculo com a gravadora.

A situação opõe o Universal Music Group ao TikTok – uma das plataformas mais influentes para a promoção de música nos últimos cinco anos – à medida que a companhia permanece sem renovar o seu acordo de licenciamento, que expirou no dia 31 de janeiro.

“BELLAKEO” é a música de Anitta de maior sucesso no exterior desde “Envolver”, de 2021. Foto: Rich Fury/Getty Images (uso autorizado ao POPline)

De acordo com a Variety, o alcance deste último movimento é amplo, pois afeta um grande número de gravações não-emitidas por um selo de propriedade do Universal Music Group, e muitos artistas que colaboraram com compositores sob contrato com o Universal Music Publishing Group. Os vídeos com essas músicas devem ser removidos da plataforma ou ter a música neles silenciada.

Embora o escopo da mudança seja complexo – artistas e compositores podem ter acordos diferentes em territórios diferentes – fontes disseram à Variety que a mudança inicial está focada no repertório “anglo-americano”. O vasto grupo de escritores da UMPG inclui criadores importantes como Adele, Justin Bieber, Mariah Carey, Ice Spice, Elton John e Bernie Taupin, Metallica, Metro Boomin, Harry Styles, Taylor Swift, SZA, The Weeknd e muitos outros.

Possíveis desdobramentos

Considerando o grande número de compositores e editorass creditados na maioria dos sucessos contemporâneos, não estava claro até que ponto a música será afetada, ou onde as duas empresas poderiam estabelecer o limite sobre se uma música é ou não controlada pela UMPG – por exemplo, se um dos sete compositores de uma música possuem contrato com a Universal.

As opiniões divergem muito: fontes próximas à UMG afirmam que ela tem participação na maioria das músicas da plataforma, enquanto fontes próximas ao TikTok colocam o número bem menor, entre 20% e 30%. As últimas fontes também afirmam que o TikTok não viu queda no número de usuários desde que os fonogramas da UMG começaram a ser removidos no início deste mês. Saiba mais detalhes acessando aqui.

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