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Tiago Iorc adere ao “método Beyoncé de trabalho” para gravar e lançar “Reconstrução”


O título do álbum novo de Tiago Iorc, “Reconstrução”, é bastante significativo. Lançado de surpresa no último fim de semana, ele realmente marca uma reconstrução na carreira do cantor. Pouca gente se atentou, mas o álbum foi lançado pela Universal Music. Iorc se desligou do selo SLAP, da Som Livre, com o qual havia lançado todos seus singles e álbuns até então. Ele agora é um artista independente, com contrato de distribuição via Universal.

>> Assista aos 13 clipes novos de Tiago Iorc aqui!

Tiago Iorc anunciou que se afastaria da mídia e das redes sociais em janeiro de 2018 e assim o fez. Vez ou outra, surgia algum rumor de “cantor foi visto em tal cidade” ou algo similar. Jornais noticiaram que ele estava vivendo fora do Brasil. Mas a verdade é que ninguém sabia seu paradeiro. Durante esse mais de um ano, o artista compôs as 13 faixas de “Reconstrução” (todas são de autoria dele) e gravou os clipes que formam o álbum visual.

Sem vínculo com gravadoras, Iorc teve total liberdade criativa. O disco foi desenvolvido de forma independente pela Iorc Produções e entregue para a a distribuição da Universal quando estava pronto. Sem concessões. Essa método também colaborou para evitar vazamentos de informações: quanto menos gente envolvida, mais fácil o sigilo. É o mesmo método de trabalho de Beyoncé. A cantora gravou seus álbuns visuais utilizando seu próprio selo, a Parkwood, e entregou o resultado final para a Columbia Records (Sony Music) apenas distribuir para o grande público. Não precisa ir muito longe: Sandy, em toda sua carreira solo, também trabalha com total liberdade criativa e entrega o resultado final para a Universal Music. É uma grande conquista para Iorc poder trabalhar assim, o que refletiu no teor de suas composições: o público reparou que há várias músicas sobre sexo.

Fora isso, o empresário de Tiago Iorc é ótimo em manter segredo. Ele também agencia a dupla Anavitória e conseguiu filmar o longa-metragem musical das meninas – “Ana e Vitória” (2018) – sem que ninguém soubesse da existência do projeto. Detalhe: mesmo após o lançamento de “Reconstrução”, nem Tiago nem seu empresário se teceram quaisquer comentários sobre o álbum. Querem deixar a música e os vídeos falarem por si mesmos.

A estratégia deu certo: todas as músicas do “Reconstrução” estrearam no Top 50 do Spotify Brasil – incluindo três no Top 10. Além disso, o álbum visual registrou 9,1 milhões de reproduções no Youtube em suas primeiras 24 horas.