Quando tudo isso passar (e vai passar) iremos lembrar das implicações que uma pandemia nos impõe, mas também levaremos no coração cada expressão artística que tenha nos “salvado” neste período. As lives de Teresa Cristina tocaram milhares de corações. Em reconhecimento a este momento, a cantora é a estrela de (três!) capas da revista Vogue Brasil.
A quarentena, o aumento das notícias ruins, a perda de pessoas e a atividade completamente inconsequente do governo. Foi este combo que fez com que Teresa Cristina decidisse criar este espaço para fugir da realidade. “É um lugar onde eu fico teimando em ser feliz, teimando em falar de coisas belas, em exaltar a cultura do Brasil“, disse em entrevista ao G1.
“Já estava ficando deprimida. No meio em que eu vivo, é preciso ser visto para não ser esquecido. E não vejo um retorno a longo prazo”, relata a artista.
E tudo começou da forma mais despretensiosa possível. Sem os grandes patrocínios dos artistas sertanejos, Teresa Cristina conquistou a todos pelo exímio gosto musical, mas também por tocar em temas espinhosos como o racismo. E ainda assim expressar alguma ternura em falas contundentes.
“Eu sou invisível desde 1998. Isso fala muito de como é o Brasil. A quantidade de artistas, de pessoas brancas que têm uma carreira facilitada para tudo… Isso é uma coisa que a gente não fala, porque a gente está cansado de falar”.
“Teresa é apaixonante, inclusiva e sabe fazer um mix perfeito de emoção e informação. Vai de homenagens a Gilberto Gil, Antonio Pitanga e Dona Ivone Lara a papos sobre ancestralidade, racismo e temas de novelas. E quando ela chora – seja porque ficou impactada que Caetano Veloso “entrou na sala” ou porque está indignada com os rumos do governo – fica difícil segurar as lágrimas desse lado de cá da tela. Sua vulnerabilidade é inspiradora”, disse a diretora de conteúdo, Paula Merlo, em carta aberta no site da revista.
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