Se a vida das pessoas mudou drasticamente nos últimos meses, porque o consumo não iria mudar? Com restrições sendo impostas por causa da pandemia ocasionada pelo coronavírus, um estudo mostrou que a maneira como os usuários buscam e consomem vídeos online também sofreu alteração.
De acordo com informações divulgadas pelo Youtube, o uso de aparelhos de TV para transmissão de vídeos online se tornou um novo hábito na vida das pessoas. Passando mais tempo em casa, as pessoas se voltaram às telas maiores para satisfazer as suas necessidades, explorar suas paixões e saber das últimas tendências culturais.
“Isso tudo nos levou a uma nova era do streaming nos aparelhos de TV, e esse uso não se limita apenas aos vídeos curtos. As tendências de tempo de exibição mostram que as pessoas estão se ligando ao YouTube da mesma forma que fariam com a TV tradicional”, revela a empresa.
Somente no Brasil, mais de 40 milhões de pessoas estão assistindo YouTube nos seus aparelhos de TV. E no país também foi registrado um crescimento de 120% no watchtime (quanto tempo o usuário passa assistindo a um vídeo – esse é o fator que o Youtube considera de maior relevância para identificar um canal com conteúdo de qualidade) em TVs conectadas.
Essa é uma tendência que vem na esteira do mercado norte-americano, onde o tempo de exibição do YouTube nas TVs aumentou mais de 90% em um período de 12 meses. Mais de 100 milhões de pessoas nos EUA agora assistem ao YouTube na sua televisão.
Além dos EUA (em primeiro lugar) e do Brasil (em segundo), outros países também registraram crescimento nesse formato de consumo. O Reino Unido registrou 20 milhões de pessoas, o Japão 15 milhões e o Canadá 10 milhões.
Considerando o papel central que os aparelhos de TV têm hoje no comportamento dos espectadores, os dados divulgados pelo YouTube geram um alerta para os criadores de conteúdo no que se trata da qualidade da imagem e nos formatos no qual os conteúdos serão gerados.