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Stevens: “Quando gravamos nosso primeiro álbum éramos muito jovens. Inexperientes.”


Novo álbum, novo show e a mesma vontade do início da carreira. É assim que os rapazes do Stevens abrem definitivamente o ano de 2011. O segundo disco da banda, batizado de “Stevens”, chegou às lojas no último dia 21 de junho e já é considerado o mais pessoal de Adam, Ricco, Keko e Luca.

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O POPLine conversou com os rapazes por telefone. Música, inspirações e até uma ex-namorada entraram no bate-papo.

Vocês estão com um segundo disco nas lojas. Pode contar um pouco mais sobre ele?
O processo foi muito interessante porque o segundo disco a gente precisa provar que não somos uma banda de um álbum só. Conhecemos o produtor em uma festa e ele trabalhou com diversos artistas que a gente admira como Kid Abelha e Skank. Estávamos muito a vontade no estúdio e acho que conseguimos passar pro disco a evolução musical da banda. Quando gravamos nosso primeiro álbum éramos muito jovens. Inexperientes. Queríamos alcançar certas coisas, mas não sabíamos como chegar lá. São coisas que aprendemos apenas com a experiência, tem que ter a manhã. Neste a gente já soube o que funcionava dentro do estúdio. É um reflexo da maturidade da banda. (Ricco)

Como foi o processo?
Gravamos 30 músicas e ficamos direto no estúdio cerca de 20 dias. (Ricco)

E a escolha das 13 faixas?
É horrível! Todas as faixas são como filhas, temos uma ligação com todas elas. O que não quer dizer que iremos gravar as demais no futuro. A nossa ideia é sempre evoluir. Para o próximo disco, iremos gravar novas canções. Gosto muito do processo de gravação. Ali não tem câmera, não tem fama. É só você. Ou você faz música ou não. (Ricco)

Geralmente uma banda que está começando usa o nome da banda como título do disco e vocês usaram esse nome no segundo. Como foi essa escolha?
Fizemos mesmo o processo inverso, mas o De Zero a Cem tem a ver com a velocidade que as coisas aconteceram. Saímos do anonimato total. A gente ensaiava, estudava e comia pão de queijo na casa do baixista. Depois do festival a gente assinou contrato, gravou disco, shows em rádio. Foi tudo muito rápido. Para você ter uma ideia no nosso primeiro show para uma rádio a gente nem sabia o que fazer. Nosso roadie [pessoa responsável pela montagem e desmontagem de equipamentos em shows] na época é que nos ajudou. Nós não tínhamos nem instrumentos.

http://162.144.206.181/~popline/wp-content/uploads/2011/07/image0011.jpg“Hey”, teve o clipe divulgado recentemente. Vocês usaram a tecnologia como foco principal do video. De onde surgiu essa ideia?
Nós não viemos de internet. Nossa base de fãs foi criada pela internet, mas sambemos que é muito importante as novas tecnologias. O nosso público está na internet e ela nos ajuda a aproximarmos dele. Acho que o clipe reflete essa velocidade. Ele tem 3 minutos e a quantidade de assiste ao clipe nesse tempo é enorme. Temos que estar nas redes sociais. É legal porque nossos fãs exigem da gente. (Ricco)

Se vocês pudessem destacar três músicas do álbum que representam bem a fase, o momento da banda. Quais seriam?
Como você é cruel! Posso escolher quatro? “Simples Recomeço”, “Outro Lado”, “Tchau” que eu gosto muito e “Izabela”. (Adam)

Izabela era sua namorada, correto?
Ela é minha ex-namorada. Fiz a letra enquanto ainda estávamos juntos. Ela adorou a música, mas eu mentia dizendo que os meninos não a queriam no disco. (risos) (Adam)

Você teve alguma resposta dela sobre a música depois que a faixa entrou pro disco?
Sim, ela me mandou uma mensagem dizendo que tinha adorado, ficado super feliz e que ia comprar o álbum. Mas não farei disso um hábito. Vou continuar escrevendo músicas sobre minhas experiências, mas acho que não vou relacionar nomes diretamente, entende?

Vai seguir o exemplo da Taylor Swift?
É… por aí. (risos)

Da onde surgiu a ideia de regravar uma música do New Radicals?
Tínhamos músicas o suficiente para não gravar versão para o álbum, mas ela ficou muito fera. Gostamos muito do New Radicals, que acabou depois que o vocalista disse que se chegasse a um milhão de cópias ele iria parar. A letra da versão ficou excelente. Meu medo era o o cara não liberar. Ele ouviu e achou que a gente fez um bom trabalho. (Ricco)

Com quais artistas vocês gostariam de fazer uma parceria?
John Mayer. Ele é o cara na música. Acho que com o Noel Gallagher, do extinto Oasis também. Eu, Ricco, particularmente adoraria cantar um samba com a Maria Rita. O Samuel Rosa, do Skank, Titãs, Fábio Júnior, mas temos como meta o Roberto Carlos. Nem que seja nos próximos 50 anos. Não, nos próximos 50 anos não senão iríamos fazer um dueto com um telão. (risos)

Houve alguma lição que vocês aprenderam na gravação do primeiro álbum que vocês procuraram botar em prática para o segundo?
Uma coisa que nos foi, não consigo achar outra palavra, mas que acho prejudicial foi ao tempo de pré-produção do primeiro álbum. A gente ensaioudiariamente por quatro, cinco, às vezes, seis horas por um mês. Depois passamos mais três em estúdio gravando. Quando chegamos ao estúdio, já estávamos desgastados, curtíamos menos o que havíamos criado. O processo era quase mecânico porque as músicas não eram mais novas para a gente. Para este segundo disco fizemos a pré-produção em um final de semana. Foi muito bom. Chegamos no estúdio mais soltos, curtímos muito mais. (Ricco)

Vocês vão começar a fazer shows pelo Brasil para divulgar o álbum?
Claro. O show de lançamento do disco está marcado para o dia 17 de julho no Citibank Hall, em São Paulo.

Como está a preparação?
Não tem como não ficar tranquilo. Esse é o maior show da gente em termos de preparação e de importância. Vamos ter a participação de Manu Gavassi e de Renan Grassi discotecando.

Tem alguma cidade que vocês ainda não foram, mas que ainda querem visitar?
Olha, tem uma cidade que a gente sempre marca, mas acontece algo que nos faz cancelar o show. Da última vez fo a gripe H1N1. A prefeitura de Curitiba nos aconselhou a não fazer porque iria haver muita aglomeração. Então é uma cidade que a gente quer ir sim. Nunca fomos também ao Nordeste. Nossa música precisa tocar mais lá, mas podemos dizer que é uma meta nossa ampliar o nosso público e poder levar nosso show para outras cidades (Adam).

O repertório será mais voltado para o novo álbum, mas o que não pode faltar?
Sem dúvida os singles antidos e músicas como “Com Você” e “De Zero a Cem”. A aceitação dessas duas sempre foi muito boa. A galera pode, inclusive, ouvir o disco inteiro no site. Já vai pro show sabendo toda a letra. (Adam)

Pra terminar, se eu vasculhar o seu ipod agora que artistas eu vou encontrar?
Você vai encontrar sempre Oasis. Tem também Maroon 5, Muse, John Mayer, The Script, as músicas mais antigas do McFly, Travis. Tem outras músicas legais, mas pop. Ouço Katy Perry e Lady GaGa. Legal ouvir coisas novas. (Adam)