O Spotify apontou que a audiência de música urbana está em alta, principalmente com o trap brasileiro, que viu os streams aumentarem 33% nos últimos dois anos no país. Além disso, a plataforma é o parceiro oficial do CENA 2k22, único festival de trap do Brasil e, também, do Red Bull FrancaMente, a maior competição de rap do mundo.
Além disso, o Spotify também apresentou alguns dos melhores artistas promissores da cena urbana através do RADAR, um programa que representa o compromisso da empresa com artistas novos e emergentes de todo o mundo. Por meio da playlist, artistas como NINA, do Rio de Janeiro, e Veigh, de São Paulo, estão trazendo seus sons únicos de rap e trap para o cenário mundial.
“O crescimento da cultura urbana coincide com um período de intensa transformação social no Brasil, com o empoderamento e ascensão de públicos que, até pouco tempo atrás, não eram representados”, afirma Ellen Rocha, gerente de marketing do Spotify Brasil. “Artistas de gêneros que englobam a cultura urbana são porta-vozes de uma geração de jovens – um público que pede personalidade e autenticidade e que absorve e reflete a cultura não apenas no discurso, mas também na maneira de se comportar e se vestir.”
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Em entrevista para o ‘For the Record’, do Spotify Global, os artistas do RADAR, NINA e Veigh, falaram sobre a ascensão da música trap no Brasil.
FTR: O rap e a música trap estão em alta no Brasil ultimamente – por que você acha que tantos ouvintes são atraídos por esses gêneros?
NINA: A música é sempre renovada. Ano após ano vemos nossos jovens consumindo um novo estilo, tendo uma nova cara, dançando com novos movimentos. O rap sempre foi muito comunicativo e acho que essa ascensão vem da identificação e pluralidade que o rap e o trap trazem.
Veigh: O Trap acaba atraindo muitos ouvintes, e é uma vertente do rap que é popular há muito tempo, tanto dentro como fora! Também tem uma forte ligação com o funk, e acho que muitos jovens se identificam com esse gênero.
FTR: De que forma você viu a cultura urbana realmente crescer e influenciar partes da vida no Brasil?
NINA: Quem vem da favela conhece a vida que a cultura urbana impacta. Existem vários projetos para resgatar vidas através da música, e é aí que nascem nossos talentos. Já vi a arte, a cultura e a música da periferia salvar vidas muitas vezes — inclusive a minha.
Veigh: Vi a cultura crescer dentro de onde moro, onde muitos retratavam a realidade daquele lugar através de cartas e outros tipos de arte. A cultura acaba se expandindo para o mundo inteiro!
FTR: Como foi sua experiência de fazer parte do programa RADAR?
NINA: O RADAR impulsionou meu trabalho de maneiras que eu nem podia imaginar. Hoje tenho um público diverso que veio de vertentes extremamente diferentes da broca, que é o que eu faço. Foi uma grande abertura de portas para mim. Sou extremamente grato e feliz por fazer parte da história do RADAR!
Veigh: Foi um marco muito importante para mim e para o meu povo (Itapevi, na zona oeste de São Paulo), onde muitos me viram no RADAR e acreditaram que poderiam ser eles em breve. Estar em um lugar por onde muitos artistas, de quem eu sou fã pessoalmente, passaram é incrível para mim!
A experiência RADAR levou meu som a lugares maiores e minha arte a mais pessoas! Sabemos como às vezes é difícil para a nossa música chegar a certos lugares.