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Sound Club lança app que facilita a monetização das lives

Sound Club Live é uma plataforma que permite que o artista tenha seu próprio canal e realize suas lives

Projetado como um aplicativo para facilitar o match entre artistas e palcos e promover a agenda de shows no Rio de Janeiro, o Sound Club estava avançando rápido. Com 7 mil artistas cadastrados em 2019 e centenas de casas de show, inclusive em outras cidades de todo o Brasil, a startup recebeu um investimento semente e iniciou uma incubação no Instituto Gênesis da PUC-Rio. Com a pandemia do Covid-19, foi preciso alterar a rota. A startup inovou com agilidade e está lançando no mercado um novo modelo de negócios para os artistas: é o Sound Club Live App, que facilita a monetização das lives por meio de tips ou de venda de ingressos a partir de R$ 10.

A CEO do Sound Club, Juliana Brittes, explica que o impacto do coronavírus e as medidas de restrição social foram surpreendentes e levaram a um esforço de adaptação. Apesar do abalo inicial, ela decidiu pensar em um novo modelo. “Estava acompanhando essa história do coronavírus, mas não achei que teria toda essa proporção. No fim de março, quando falaram em fechar o comércio (incluindo casas de shows e bares com música ao vivo), foi desesperador. Estávamos com várias ações, projetos e parcerias. E aí quando eu vi tudo parar, foi desesperador. Defendemos a música ao vivo com unhas e dentes. A nossa plataforma é toda dedicada a oportunidade para os artistas tocarem e criar o mapa de shows. Comecei a receber sugestões de modelos de lives. Um modelo que já tínhamos pensado, mas que estava guardado na gaveta. Com essas mudanças, decidimos articular com a equipe e lançar o app para lives”, explica Juliana.

Um dos setores com maior impacto por conta das medidas de restrição social, a música ao vivo, ainda pensa em soluções. As lives de artistas sertanejos batem recorde de audiência e negociam acordos financeiros com agências, com verba direta de marcas de cerveja, por exemplo. Para os médios e pequenos artistas, como sempre, tudo é mais difícil. Mesmo com uma boa base de fãs.

“Com a pandemia, percebi que era uma demanda real. Convenci os sócios a desenvolver a plataforma e ajudar os artistas. A música ao vivo não tem previsão de retomada. Você ja parou para pensar na quantidade de pessoas que compõe a indústria da música ao vivo?Como eles vão sobreviver? Os artistas do mainstream conseguem viver de música gravada. Mas tem uma equipe imensa por trás disso, fora quem vive de música em bares e palcos de médio e pequeno porte”, diz Juliana Brittes.

“Trabalhamos dia e noite, fizemos um MVP (Mínimo Produto Viável) pensando em como as pessoas pudessem rentabilizar a sua música. Procurei o ECAD e já estamos conversando, eles gostaram da ideia, é um modelo que tende a crescer”, completa a CEO do Sound Club.

Nos Estados Unidos – maior mercado de música no mundo – a Stage.it, plataforma lançada em 2013 que viabiliza lives com venda de ingressos ou colaboração livre, teve um bom resultado em meio às mudanças. Faturou em uma semana, em março, 50% de tudo que faturou em 2019.

Pesquisas iniciais indicam que 30% dos artistas que apostam na lives (no mercado norte-americano) conseguem uma média de US$ 300 por performance (cerca de R$ 1.600). Mas isso é variável de acordo com a trajetória do artista, presença nas mídias sociais e fidelidade do público. “Eu entendo que hoje essa é a forma mais direta que o artista tem para monetizar. Em breve lançaremos outras funcionalidades do aplicativo”, anuncia Juliana.

Segundo o Sound Club, a remuneração acontece de duas formas: o artista pode agendar o seu show como Live, convidar o próprio público, que pode pagar um ingresso para assistir. Ou o artista pode agendar a sua Live que vai ser transmitida de forma gratuita, sendo que o público pode prestigiar o trabalho contribuindo, se quiser, com valores a partir de R$ 10 reais. 

O público-alvo do Sound Club Live App inclui desde artistas que tocam na noite em bares e espaços culturais até os profissionais envolvidos para que um grande show aconteça.A startup é 100% brasileira. Os aplicativos das versões Sound Club e Sound Club Live App estão disponíveis gratuitamente nas versões IOS e Android.

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