Uma nova Sophia Abrahão surgiu nesta sexta-feira (20/10). Descrevendo-se uma profissional mais madura, livre e independente, a cantora abriu uma nova fase com o lançamento de “Rebola”, uma parceria com Boss In Drama, alguém que ela admira já há algum tempo.
Horas antes da colaboração chegar à internet, a gente bateu um papo com a cantora que abriu o jogo sobre se arriscar em algo totalmente diferente do que já apresentou ao público e também o projeto de covers “Soul”.
POPline: Fala pra gente sobre “Rebola”. Como ela chegou até você e como o Boss In Drama entrou na jogada?
Sophia Abrahão: A música ‘Rebola’ surgiu de maneira muito natural enquanto Boss e eu trocávamos ideias sobre a melodia. Quando decidimos qual caminho seguir, pensei nessa história sobre uma pessoa que teve um relacionamento complicado e que deu a volta por cima. Eu não escrevo necessariamente sobre situações pelas quais passei, as inspirações vem de todos os lados (risos). Eu já acompanhava e curtia o trabalho do Boss como produtor e como DJ também, foi maravilhoso fazer essa parceria com ele!
“Rebola” é o início de algum projeto maior ou um single avulso?
O single faz parte do EP que lançarei nos próximos meses e que contará com mais duas músicas produzidas pelo Bruno Costa.
Ela é bem diferente do seu último lançamento, “O bom é que passa”. Até o título da música se afasta do que já fez. Que Sophia é essa em nova fase?
É uma Sophia mais dona de si, com certeza. Eu não me arrependo de nada que fiz no passado e tenho muito orgulho da minha carreira, mas quando você trabalha com várias pessoas, você recebe diversas opiniões a todo o momento e, um trabalho que inicialmente tinha totalmente a sua cara, acaba perdendo um pouco dessa essência. Nessa minha nova fase, estou independente. Pela primeira vez pude fazer exatamente o que queria e do modo como queria, isso foi libertador!
E essa nova Sophia também aparece em “Soul”, seu novo projeto. Conta a ideia por trás desses covers?
No Stories do Instagram eu sempre fiz alguns acústicos de personalidades que admiro e me inspiro de certa forma, então pensei nessa forma de homenagem e também para que as pessoas possam ver que, por mais que eu ame a música romântica e pop, também amo um soul music, jazz, rock… Tenho um gosto muito variado e acredito que as pessoas não têm noção disso. Foi uma forma que encontrei de mostrar um outro lado meu.
A gente fala muito da efemeridade da música para os mais jovens e você escolheu resgatar sucessos e até apresentar muitos deles ou todos eles para a sua base de fãs.
Sim, são pessoas que eu admiro muito! Mas acredito que a melhor forma é ter um equilíbrio, gostar tanto da música atual quanto apreciar os antigos sucessos. Eu cresci em meio a música, nas reuniões de família sempre tem muita musicalidade, tanto brasileira quanto internacional, e foi com os meus pais que agucei ainda mais o meu gosto. Esse é o melhor sobre a música: não importa qual seja o seu gosto, sempre terá espaço para tudo.
E a gente já começou com uma faixa incrível que reflete bem os anos 1980 que foi “Sweet Dreams”. Passamos para “Bete Balanço”, também dos anos 80. Você estava a uma década de nascer. Como foram essas escolhas do repertório?
São artistas que eu amo muito, mesmo sendo sucesso em uma época longe da minha. A seleção de músicas para o projeto são canções que eu curto. Foi uma delícia gravar a música e adequar ao meu tom, fazer algo mais calmo e diferente do que geralmente faço. Elas trazem nas costas uma grande história, inspiração e uma geração inteira (risos).
Foi desafiador imprimir sua personalidade em faixas já tão cantadas e regravadas?
É sempre desafiador regravar sucessos como esses, que possuem as características do compositor bem distintas e uma legião de fãs, mas encarei tudo com muita naturalidade. Não é para ser grandioso, fiz o projeto com o intuito de homenageá-los e mostrar um novo lado meu.
Os vídeos são tão curtinhos. A gente vai poder ouvir as faixas completas?
(risos) Por enquanto serão apenas os trechos das músicas no formato do videoclipe. É algo adaptado para o formato do Instagram, que tem um limite de tempo para vídeos. Dessa forma, acho mais divertida e fica aquele gostinho de quero mais (risos).
Tem alguma faixa que você pode adiantar que está dentro projeto?
O próximo vídeo será do Michael Jackson, Billie Jean. No próximo mês o tema será outro, então não posso adiantar muita coisa (risos).
Desde que você assumiu a apresentação do Video Show, sua base de fãs e seguidores ampliou e com novos fãs que não necessariamente sabem desse seu lado cantora. Como vê essa chance de aumentar seu público e como as redes sociais te ajudam nisso?
Eu espero que todos que me acompanham, tanto agora como antigamente, possam ver que tudo o que eu faço faz parte intimamente de mim. Seja atuando, cantando ou apresentando. A música é uma parte fundamental da minha vida e dos meus fãs também, eles apreciam muito essa vertente cantora e sempre pedem por shows e novos lançamentos. As redes sociais hoje são o grande veículo de divulgação e detém um grande poder oratório, ajudam bastante a mostrar os trabalhos. Quando lanço algo nas redes a repercussão é sempre boa, mas de forma muito orgânica!