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Sony Music realiza projeto de digitalização de álbuns clássicos da MPB

Sony Music disponibiliza nas plataformas digitais os álbuns de Jackson do Pandeiro, Nelson Gonçalves, Chico Buarque e Fagner

O marketing estratégico da Sony Music Brasil está com projeto de digitalização de álbuns clássicos da MPB.

O trabalho consiste na restauração de tapes analógicos e projetos gráficos originais de antigos vinis, que são disponibilizados nas plataformas de streaming.

Ao longo do ano de 2019, extensos catálogos de artistas como: Jackson do Pandeiro, Nelson Gonçalves, Chico Buarque, Fagner e Zé Ramalho passaram pela digitalização.

Veja detalhes dos álbuns disponibilizados abaixo:

 

Jackson do Pandeiro

Jackson do Pandeiro foi e continua sendo uma escola dentro da música brasileira. Fato é que seu legado a cada ano fica mais forte e em 2019, comemora-se o seu centenário.

Todos não cansam de se deliciar com as impressionantes divisões rítmicas de seu canto e seu pandeiro, pelas quais ganhou a alcunha de “O Rei do Ritmo”, e pelas letras simples, mas muito bem feitas, que alternavam ingenuidade e malícia.

O que poucos sabem é que foi também um dos artistas mais humildes de sua época, que tanto poderia brilhar sozinho num grande palco ou como um anônimo percussionista de estúdio em discos alheios.

São eles o compacto duplo “Nortista quatrocentão” (1958), no qual lançou o clássico “Tum, tum, tum” (“No tempo que eu era só/ E não tinha amor nenhum/ Meu coração batia mansinho/ Tum, tum tum”), um disco de 78 rpm (de duas faixas, gravado em 1959), com “Lágrimas” (um samba de sucesso no carnaval de 1960) e outro samba raro, “De Araraê”, além dos LPs “Jackson do Pandeiro é sucesso” (1967), “O dono do forró” (1971), “Sina de cigarra” (1972) e “Tem mulher tô lá” (1973), dos quais a que entrou para a galeria de clássicos do artista foi a faixa-título do álbum de 72: “Nasci com uma sina de cigarra/ Aonde eu chegar tem farra”.

Este tesouro que agora chega às plataformas digitais redescobre uma gama de forrós deliciosos que ficaram perdidos no tempo, somando-se a outros que já estavam disponibilizados, como o álbum “Jackson do Pandeiro” (1958), no qual lançou os clássicos “Chiclete com banana”, “Cantiga do sapo”, “Casaca de couro” e “Baião do bambolê”, e as coletâneas “O melhor de Jackson do Pandeiro” (1962) e “Casaca de couro – 14 grandes sucessos” (1995), todos do catálogo da Sony Music.

Completam o pacote mais uma coletânea, “Os grandes sucessos de Jackson do Pandeiro” (1975) playlist comemorativa “Jackson do Pandeiro – Forrozeiro do Brasil”, trazendo sucessos e relíquias de seu repertório.

 

 

Nelson Gonçalves

Nelson Gonçalves parecia uma máquina de fazer discos. Gravou sem parar de 1941 até 1997, e sempre na mesma gravadora, a antiga “RCA Victor” (que um dia foi somente “Victor” e hoje é a Sony Music), falecendo em abril de 1998.

Primeiro, registrou 157 discos de 78 rotações (com duas faixas, cada). E já na fase dos LPs, foram 57 álbuns originais, dois póstumos, além de uma montanha de coletâneas e dezenas de compactos. E em 2019 também é comemorado o seu centenário.

Dos 35 que a Sony agora disponibiliza, inteiramente remasterizados, há 27 originais (conforme relação abaixo) e oito coletâneas que nunca haviam saído antes em digital, lançados entre os anos 1950 e 1990.

A seguir uma lista dos títulos originais:

Anos 1950 – Noel Rosa na voz romântica de Nelson Gonçalves (1955), “Caminhemos” – Nelson Gonçalves interpretando músicas de Herivelto Martins (1957) e “Meu perfil” (1960)

Anos 1960 – Sambas e boleros na voz de Nelson Gonçalves (1961), Eu e minha tristeza (1962), A voz de seresteiro (1965), Coisas minhas (1966), Nelson Gonçalves e o tango (1967), Missão cumprida – a volta de Nelson Gonçalves (1968), Apelo (1969) e Só nós dois (1970)

Anos 1970 – Pra você (1971), Sempre boêmio (1972), Nelson 35 anos depois (1974), Nelson cada vez melhor (1975), Nelson de todos os tempos (1975), Nelson até 2001 (1976), Nelson de 3 gerações (álbum triplo, 1977), Reserva de domínio (1977), Eu te amo (1978), Os 40 anos de Nelson Gonçalves (1980)

Anos 1980 – Produção 96 (1981), Conclusão (1982), Joias musicais (1983), Hoje como antigamente (1984) e Ele & elas (1984)

Anos 1990 – O boêmio e o pianista – com Arthur Moreira Lima (1992)

Há também ótimas coletâneas. A primeira saiu originalmente ainda em LP de 10 polegadas, com apenas oito faixas, em 1957, como “Pensando em ti” (esta com alguns de seus maiores hits até então, inclusive a faixa-título).

Depois, Dos meus braços tu não sairás é uma excelente compilação da sua fase 78 rotações lançada em 1963. O título é o mesmo de um de seus primeiros sucessos, ainda em ritmo de fox-canção (gênero que caiu em desuso a partir dos anos 50, sendo resgatado apenas por Roberto Carlos com “Emoções”, em 81).

Há também os quatro volumes da Seleção de ouro, que trazia à época algumas inéditas, como “Negue” e “A noite do meu bem”, e ainda Nelson Gonçalves a pedidos (1966) e, um mais recente, Nelson Gonçalves & convidados (1996), da fase em que realizou duetos memoráveis com grandes astros e estrelas da MPB, como Gal CostaAlcioneMilton Nascimento Fafá de Belém.

 

 

Chico Buarque

Um pouco antes do seu aniversário de 75 anos, Chico Buarque ganhou o mais importante reconhecimento literário da língua portuguesa, o Prêmio Camões, evidentemente pelo conjunto de sua obra como compositor, dramaturgo e romancista.

Poderia, no entanto, bem ter sido apenas pela estrofe acima, seis geniais redondilhas da toada que dá título ao álbum “Paratodos”, de 1993, um dos nove discos de sua carreira gravados entre os anos de 1987 e 2001, que a Sony Music Brasil disponibiliza pela primeira vez nas plataformas digitais de streaming.

De “Francisco” (1987) a “Cambaio” (2001), os nove álbuns, além de oito coletâneas que também serão relançadas digitalmente, representam a inestimável discografia de Chico na antiga gravadora BMG, hoje no catálogo da Sony.

Essa fase marca sua digamos maturidade musical como compositor, letrista e cantor, um conjunto de cada vez mais sofisticadas canções, mas que nem por isso perdem sua aparente simplicidade de cantigas populares.

Para essa ocasião, a Sony preparou também, sempre no universo digital, uma página interativa exclusiva, uma sala virtual sobre o mar do Rio, em que a cada clique do visitante, ele fica sabendo mais sobre toda a carreira do Chico, especialmente pela fase e por cada disco deste relançamento.

Clique aqui para conhecer a página especial.

 

Lista completa:

Francisco (1987)

Chico Buarque (1989)

Chico Buarque Ao Vivo – Paris, Le Zenith (1990)

ParaTodos (1993)

Uma Palavra (1995)

Serie Aplauso – Chico Buarque (1996)

Chico Buarque De Mangueira (1997)

Mpb No Jt (1997)

O Melhor De Chico Buarque (1997)

Álbum De Teatro (1997)

As Cidades (1998)

Chico Ao Vivo (1999)

Focus: O Essencial De Chico Buarque (Maxximum) (1999)

Cambaio (2001)

Rca 100 Anos De Música – Chico Buarque (2001)

Chico Buarque Essencial (4CDs + DVD) (2008)

Seleção Essencial – Grandes Sucessos – Chico Buarque (2011)

 

Fagner

No último dia 13 de outubro chegou aos 70 anos outro grande expoente da geração nordestina que renovou a música brasileira quatro décadas atrás: o cearense Raimundo Fagner.

Da mesma forma que fez com seu colega e parceiro, Zé Ramalho, a Sony Music também disponibiliza o seu álbum.

São 13 títulos que estarão disponíveis pela primeira vez nas plataformas de streaming, sendo nove originais, de carreira – “A mesma pessoa” (1984), “Fagner” (1986) – e os demais com preciosas faixas bônus: “Orós” (1977), “Eu canto (Quem viver chorará)” (1978), “Traduzir-se” (1981), “Sorriso novo” (1982), “Palavra de amor” (1983), “Fagner” (1985) e “O quinze” (1989).

 Além disso, dois álbuns que já estavam disponibilizados – “Beleza” (1979) e “Eternas ondas” (1980) – ganham agora versões com faixas extras. Fecham a tampa três coletâneas (“Chave de mim”, 1989, “Entre amigos”, 1990, e “Bateu saudade”, 1996) e um compacto com o jogador Zico (“Batuquê de praia” e “Cantos do Rio”), de 1982.

Com sua voz rascante, de sonoridade algo árabe (herança do pai libanês), Fagner imprimiu um estilo de interpretar diferente de tudo que havia no país até então.

Após sair vitorioso em festivais universitários no Ceará e em Brasília, de ter gravado um compacto em dupla com o conterrâneo Cirino, feito uma participação no Festival Internacional da Canção de 1972 e de ter “Mucuripe” (dele com Belchior) lançada no Disco de Bolso do prestigiado jornal Pasquim, enfim gravou seu primeiro disco no ano seguinte na Phonogram, e ainda faria mais dois na Continental até aportar na CBS em 1977.

 

Confira também a coletânea disponibilizada do cantor Zé Ramalho:

 

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