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Sia ganha prêmio de Pior Diretora no Framboesa de Ouro

No mesmo fim de semana do Oscar, o Framboesa de Ouro aponta os piores do cinema.

Floating Through Space
Foto: Tonya Brewer

Enquanto o Oscar, que acontece neste domingo (25), celebra o melhor do cinema mundial, o Framboesa de Ouro (Razzie Awards) aponta o que foi feito de pior para as telonas no último ano. E na edição de 2021 da controversa “premiação”, Sia e seu filme “Music” levaram várias categorias, incluindo o de Pior Diretora.

Sia lança "Courage To Change", amostra do filme "Music"
(Foto: Divulgação)

O longa-metragem marca a estreia de Sia como diretora de cinema e foi recebido com uma verdadeira salda mista de críticas, tendo pontos positivos (que inclusive levaram o projeto para o Globo de Ouro) e pontos negativos.

Ao todo, o filme “Music” recebeu quatro indicações ao Framboesa de Ouro e levou em três: Sia ficou com o prêmio de Pior Diretora, Kate Hudson ficou com o de Pior Atriz e Maddie Ziegler, longa colaboradora de Sia, ficou com o prêmio de Pior Atriz Coadjuvante.

“Music” só não levou na categoria de Pior Filme, que ficou para o longa “Absolut Proof”.

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Filme causou polêmica

“Music” não vem recebendo boas críticas. Prova disso é que uma petição foi criada para que o longa seja boicotado pela indústria cinematográfica. Até o momento, já recebeu mais de 150 mil assinaturas no site Change.org. O filme incomodou muita gente por conta de sua abordagem sobre pessoas com autismo.

Isso porque, em “Music”, Maddie Ziegler – estrela de vários clipes de Sia – não agradou o público com sua interpretação de uma menina autista. As pessoas a acharam “abobada”, o que também levantou questionamentos sobre a falta de escalação de atores e atrizes que poderiam interpretar o papel.

Sia é indicada ao Framboesa de Ouro de pior diretora
(Foto: Divulgação)

Na descrição do abaixo-assinado, as responsáveis pela iniciativa, Nina Skov Jensen e Rosanna Kataja definem “Music” como um “completo desprezo que toda a indústria do entretenimento tem pela inclusão e representação minoritária“.

“Só usa o autismo como inspiração para fazer os neurotípicos se sentirem bem com sua suposta ‘superioridade’. Apesar de alegar que seu filme é uma ‘carta de amor aos cuidadores e à comunidade autista’, Sia está na verdade dizendo à comunidade autista que não se importa com eles”, escreveram.