O nome de MC Pipokinha repercutiu no último final de semana após interferência de um político na agenda de shows da funkeira. Ela se apresentaria em uma boate de Curitiba, no Paraná, no próximo dia 20, mas foi ameaçada de prisão pelo deputado estadual e conservador Tito Barrichello (União) caso subisse no palco para se apresentar. A polêmica gerou até pedido judicial e, no fim, a performance foi cancelada.
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Tito Barichello é um grande crítico de MC Pipokinha, tanto que chegou a propor o Projeto de Lei 206/2023, “que dispõe sobre a proibição de exposição de crianças e adolescentes em shows, peças teatrais, eventos culturais e palestras, que promovam a sexualização e o incentivo à criminalidade e ao uso de drogas ilícitas, no Estado do Paraná”.
Na semana passada, ele descobriu que a funkeira se apresentaria na boate Shed no dia 20 de maio e proferiu ofensas à cantora durante fala na Assembleia Legislativa do Paraná. Na ocasião, ele exibiu algemas e ameaçou prendê-la caso fizesse uma apresentação de cunho pornográfico. De quebra, ele entrou em contato com o NUCRIA (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes) e um pedido judicial foi efetivado para que o show não acontecesse.
Pouco depois, no último domingo (14), a boate anunciou o cancelamento do show de Pipokinha em virtude dos “últimos acontecimentos e divergências”. Em um comunicado divulgado nas redes sociais, disseram:
“Tendo em vista os últimos acontecimentos e divergências sobre a composição na apresentação do show, a Shed Curitiba optou pelo cancelamento do show da MC Pipokinha, que seria realizado no sábado dia 20/05. Certos da compreensão de todos, em breve informaremos qual artista estará na Shed nesse dia“, informou a casa noturna.
Até o fechamento desta publicação, a funkeira não se manifestou. Tito Barichello, por sua vez, apareceu nas redes sociais para celebrar a decisão e ainda chamou Pipokinha de “prostituta”, afirmando que o lugar dela era em uma “casa de prostituição”.