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Setor de eventos quer retomada com segurança e cobra equilíbrio das restrições governamentais

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V Congresso Brasileiro dos Promotores de Eventos realizado pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – ABRAPE nos dias 17 e 18 de novembro no Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer, em São Paulo, refletiu os anseios do setor por uma retomada consciente.

As empresas do setor se consideram preparadas para retomar imediatamente as atividades com segurança e cobram das autoridades maior equilíbrio entre as restrições governamentais orientadas pela pandemia da Covid-19.

Ao participar do painel “Cases da Retomada”, Luis Fernando Davantel, CEO da WTorre, mostrou que é possível o retorno das atividades, com segurança e responsabilidade: “Promovemos 45 atrações nos últimos quatro meses no Allianz Arena. Com isso, confirmamos que é possível realizar eventos com segurança, seguindo corretamente os protocolos. Em dezembro teremos o Expresso Natal no Allianz, que começa no dia 5 com um show da Claudia Leitte”.

Luiz Augusto Nóbrega, da Luan Promoções, destacou no painel “Grandes espetáculos e grandes desafios em meio a pandemia” a força do associativismo. “A pandemia veio para unir o setor, o que nos faz pensar em dias melhores. Que os políticos se sensibilizem com o segmento e analisem caso a caso. Creditar a disseminação da pandemia com as reaberturas dos eventos é um grande equívoco. Tudo deve ser feito com muita responsabilidade”, afirmou.

Aline Delmanto, gestora estadual de Turismo do Sebrae-SP, salientou que 98% de empresas atendidas pela instituição nos setores turístico, de eventos e de economia criativa foram impactadas pela pandemia, com queda de faturamento acima de 75%. “Mas houve muito aprendizado como o aprimoramento da gestão, qualificação da equipe, investimento em tecnologia e avaliação da sustentabilidade do negócio, disse.

O empresário e presidente da ABRAPE, Doreni Caramori Júnior, fez um balanço positivo do congresso: “Eu vi um grande engajamento e isso foi muito emocionante, pois fortalece o setor na retomada. Nós vamos voltar. Alguns se adaptaram com lives, eventos com distanciamento, protocolos que podem ser cumpridos. Outros estão esperando novas etapas de flexibilização. Nós vamos voltar com força, com mais aprendizado.

Sobre a retomada, ele está otimista. “Nós vamos voltar pois a alegria do Brasil vai voltar. E essa alegria depende do nosso setor. É a alegria da menina que compra a roupa nova para ir no evento, do motorista de aplicativo que consegue o seu dinheiro transportando as pessoas, da atração de abertura que tem a oportunidade de mostrar o talento que pode estourar nacionalmente. Vai voltar pois não tem coisa melhor no mundo do que ver a vida ao vivo”, afirmou.

 

Resiliência, reinvenção e segurança

 

“No início da pandemia, intercalamos períodos de pessimismo e otimismo, pois estava tudo incerto. No entanto, nos adaptamos rápido e fortalecemos a coesão do nosso grupo para estudar a empresa e os negócios”, explicou Marcelo Beraldo, diretor de Conteúdo da T4F, maior empresa de entretenimento ao vivo do Brasil, durante o painel “Grandes espetáculos e grandes desafios em meio a pandemia.”

Cláudio Romano, da Dream Factory, destacou que o cenário possibilitou descobertas. “É viável fazer evento e atrair marcas mesmo neste cenário. O ponto é pensar a melhor estratégia e apresentar ao mercado. Mostramos ser resilientes e conseguimos detectar, nesta crise, que o híbrido se consolidou como tendência. O presencial é importante, mas o digital vai estar cada vez mais presente” avaliou durante o painel “Cases da Retomada”.

Para Noemia Matsumoto, da Opus Entretenimento, a pandemia estimulou a reinvenção. “Tivemos resultados positivos com lives, atraindo patrocínios e criando um novo relacionamento com os artistas. Por exemplo: fizemos a lançamento de um show do Daniel e Roupa Nova por meio de uma live e já vendemos 60% dos ingressos do show que vai acontecer no ano que vem”, explicou.

Emílio Carlos dos Santos, o Kaká, vice-presidente de Os Independentes, promotora da Festa do Peão de Barretos é otimista em relação a 2021:  “As perspectivas para 2021 são animadoras. Vou ser repetitivo, mas reforço que todos precisam participar para demonstrar a união do setor. A ABRAPE já mostrou o caminho”.

 

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