Aclamado internacionalmente pela crítica especializada, e considerado o filme brasileiro mais visto no mundo, “Cidade de Deus” irá ganhar uma continuação no formato de série. Contudo, apesar de ser ambientada no Rio de Janeiro, a produção será gravada na cidade de São Paulo! Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (14) no Rio2C, o cineasta Fernando Meirelles explicou os motivos por trás da decisão.
> Siga o perfil do POPline Geek no Instagram para ficar por dentro das novidades!
LEIA MAIS:
- “O Brasil é uma prioridade”, diz diretora da Paramount no Rio2C
- No Rio2C, Netflix revela o que busca em novos filmes e séries brasileiros
- WBD aposta no K-Pop e mostra teaser da série “Além do Guarda-Roupa” no Rio2C
“Gravar em comunidades do Rio é mais difícil do que gravar em comunidades de São Paulo. Os acordos… Aqui [no Rio de Janeiro], desculpa falar isso, cariocas, é um pouco menos organizado. São menos sólidas essas relações que se constroem“, pontuou Meirelles.
Em seguida, ele acrescentou: “Mas também porque a [produtora] O2 está em São Paulo, então estrutura, equipamento… A gente tem uma redução de custos muito grande fazendo lá. Pra vir pro Rio de Janeiro, grande parte da equipe, que é a equipe que filma em São Paulo, tem que ver hotel, passagem, e isso encarece muito.”
Ainda sem previsão de estreia, a série de “Cidade de Deus” começará a ser filmada em agosto deste ano. A direção geral ficará a cargo de Aly Muritiba, e o roteiro é de Sérgio Machado. A trama será ambientada nos anos 1990, e irá reencontrar os personagens que não morreram no filme original, e que agora estão cerca de 20 a 30 anos mais velhos. “Muitos dos atores que estavam no filme vão estar na série também“, revelou Fernando Meirelles.
“Cidade de Deus” deverá ter 3 temporadas
Enquanto o longa-metragem lançado em 2002 abordava a entrada da criminalidade nas comunidades do Rio de Janeiro, a série irá mostrar a reação delas. “A gente está mostrando o lado bom da comunidade, como se organizam, como produzem pessoas como a Marielle Franco, como as comunidades passaram a ter uma voz“, explica Meirelles. “A gente está nos anos 90, que é o momento que a milícia está entrando; e o movimento negro, esses movimentos das comunidades, estão começando a crescer e a ficar forte”, acrescenta.
Ele também adiantou que a ideia é que a série tenha 3 temporadas. Depois da primeira, que será ambientada nos anos 1990, a segunda terá um salto temporal de 10 anos, enquanto a terceira deve ser mais contemporânea. O lançamento da série será feito na HBO Max (que provavelmente terá o nome atualizado para Max até a estreia da produção).