Uma iniciativa do POPline que pretende celebrar um amor livre e sem preconceitos, o ‘Será Q Abre?’ marca presença em mais um Carnaval e arrastará foliões livres e apaixonados em um bloco comandado por Lexa neste domingo (5), no Rio de Janeiro. Depois de entender qual o papel do cadeado nessa história de relacionamento, eis o momento de compreendermos o real contexto disso: afinal, quem são essas pessoas que permitem com que esse cadeado seja aberto, quantas delas existem e em que circunstâncias essa abertura acontece?!
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Foto: Divulgação
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Uma pesquisa realizada por uma sex shop divulgada no segundo semestre do ano passado revelou que 40% dos brasileiros estão inclinados a se envolver em um relacionamento aberto. Mulheres heterossexuais de idade entre 18 e 35 anos representam a maior parcela entre os interessados a abrir o cadeado e se colocar num lugar de liberdade para viver experiências afetivas com múltiplos parceiros simultaneamente.
Mas, a que essas pessoas estão propensas a se entregar de fato? Não que precisemos necessariamente nos categorizar em ‘caixinhas’, mas é interessante saber que a chamada não-monogamia permite vários e diversos conceitos. Na prática, tudo vai de acordo com a vontade da pessoa e com o que fora acordado entre o casal – sempre pautado no respeito, na cumplicidade e no diálogo, como já dissemos.
O site Elástica, com base no livro “Novas formas de amar”, de Regina Navarro Lins, traz alguns dos conceitos mais utilizados quando se fala em não-monogamia.
Relação livre: É plena a autonomia sexual e afetiva. Não é necessária a permissão dos parceiros para novas relações.
Poliamor: Defende a possibilidade de se envolver em relações íntimas com várias pessoas ao mesmo tempo, no mesmo nível de importância.
Relação aberta: Prioriza o relacionamento a dois e cada um pode compartilhar a intimidade com outras pessoas.
Como bem coloca o próprio título da obra de Regina, tudo isso representa novas formas de amar, de ser amado, de demonstrar interesse, de se sentir desejado e, sobretudo, de expressar de maneira livre e honesta aquilo que verdadeiramente sente. É o abrir de cadeado que se reflete no abrir a mente para novas ideias, abrir o jogo com o parceire e abrir o coração…
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Mas e na prática, no dia-a-dia das relações… ‘Será Q Abre?’
Justin Lehmiller, membro de pesquisa do Instituto Kinsey, nos Estados Unidos, e apresentador do podcast “Sex and Psychology”, disse à BBC News Brasil que, em suma, a não-monogamia, apesar de hoje ser mais bem-quista que há dez anos, ainda é tida como algo negativo no imaginário das pessoas.
“As pesquisas, incluindo as de opinião pública, indicam que a postura relativa à não-monogamia consensual, de forma geral, é principalmente negativa, embora pareça haver tendência mais positiva nos últimos anos. […] A maioria das pessoas já fantasiou ser não-monogâmico de alguma forma, como participando de trocas de casais, abrindo seu relacionamento ou adotando o poliamor. Todavia, relativamente poucas pessoas estão praticando isso na vida real”, discorreu o pesquisador.
Chegou a hora, então, de virar esse jogo, né?! E de viver de verdade nossas fantasias – e não estamos falando das de Carnaval. E o momento mais do que propício para celebrar esse amor livre a que nos referimos é, claro, no bloco ‘Será Q Abre?’.
O show será comandado por Lexa, e contará com participações mais que especiais como HITMAKER e Jojo Todynho. A concentração se iniciará às 07h da manhã deste domingo (5 de fevereiro), e o bloco sairá às 08h. O local é na Av. Presidente Antônio Carlos, no Centro do Rio de Janeiro.
Serviço:
Data: 5/2/2023
Horário da concentração: 7 horas
Início do bloco: 8 horas
Horário de término: 12 horas
Local: Av Presidente Antônio Carlos – Centro
