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‘Sempre tento trazer coisas diferentes do que estamos acostumados nos clipes’, diz cantora Daya Luz; artista investe em tecnologia e traz Live-Action em nova produção

Clipe 'Digo Sim' feito em Live-Action e 2D Full Animation da cantora Daya Luz

Quando a produção de videoclipes começou os primeiros passos em meados da década de 60, seguido pelo ‘boom’, da década de 80 e o impulsionamento da MTV, ainda era difícil pensar em um roteiro específico para nortear uma música e, principalmente, qual experiência essa produção traria aos fãs.

Apesar de ser difícil ter um marco para o surgimento da criação dos clipes, o diretor Richard Lester pode ser considerado um dos pioneiros do ramo pelo tratamento cinematográfico que preparou através do The Beatles, como pano de fundo para as canções presentes nos filmes A Hard Day’s Night (1964) e Help! (1965).

A relação entre cinema e música foi ganhando força e nomes como Michael Jackson e Madonna, trouxeram um novo capítulo para a história do mundo Pop, com investimentos históricos e produções admiradas até os dias atuais.

Com a chegada da era digital, entre produções mais acessíveis e mega produções, os artistas buscam trabalhar com diferenciais que impulsionam a sua música e também, o engajamento dos fãs.

Pensando nisso, a cantora Daya Luz é um dos nomes que traz tecnologias pioneiras para o mercado musical brasileiro desde o início da sua trajetória musical. Entre elas: 3D e também já trabalhou com o diretor Neville Page, responsável pelos filmes ‘Avatar’ e ‘Star Treck’.

Ontem (26) a artista lançou o single e clipe de ‘Digo Sim’ (Gisele De Santi / Franco Levine) que traz uma mistura de Live-Action e animação em 2D full, a produção durou 5 meses.

Em entrevista exclusiva para o Mundo da Música, Daya fala sobre a importância do audiovisual para sua trajetória, os investimentos em tecnologia, mercado da música e novos projetos.

Confira o resultado da entrevista em seguida:

 

MM – O clipe de ‘Digo Sim’ trabalha com a tecnologia de Live-Action, uma produção cinematográfica que ganhará as telas com grandes clássicos como ‘O Rei Leão” (2019), ‘Alladin’ (2019) e ‘Mulan’ (2020).

Como foi a idealização desse roteiro para a criação do clipe e o tempo de produção?

Daya Luz – A gente já tinha essa idéia em fazer um live-action full animation porque tento sempre trazer coisas diferentes do que estamos acostumados a ver em clipes. Estávamos esperando a música certa para realizar essa idéia e veio com a “Digo Sim”. Quando ouvimos a música só com voz e violão, começamos a imaginar o clipe. Passamos algumas idéias para o diretor e ele desenvolveu o roteiro. Conversei com a equipe e em novembro do ano passado, começamos a produção.

 

 

MM – Além do Live-Action, o clipe também traz Animação em 2D full animation que é guiada pela história da música.

Desde o início da sua carreira artística, efeitos visuais e investimento no audiovisual são percebidos, a exemplo do clipe ‘Olha Pra Mim (2016)’, gravado em Los Angeles;  dirigido por Neville Page, que cuidou dos efeitos de filmes como ‘Avatar’ e ‘Star Trek’. Essa relação entre filme e música é uma base da sua estratégia?

Daya Luz – Eu amo o universo da cultura pop, filmes, séries, games e vejo que é algo que posso explorar. É o que curto e acredito que quanto mais verdade eu colocar, mais estarei livre para criar.

Tudo está interligado. Usei muitas referências de games nas produções de outras músicas e me inspiro muito em filmes para criar os clipes. 

 

 

MM – Como artista Pop você dialoga com diversos universos, entre eles, o dos games. Para o clipe de ‘Vai Pirar (2018)’ que teve a colaboração do cantor Buchecha, a AXIS – School of Visual Effects, escola de efeitos visuais que participou do storyboard; concept de personagem e cenário do clipe, além da modelagem 3D e rigging da versão digital de ‘Daya Luz’.

Como foi a concepção desse trabalho e o diálogo com o público dos games?

Daya Luz – Eu sempre joguei videogame e tinha uma ideia de me tornar uma personagem de games. Quando conheci o Buchecha, descobri que ele também adorava games e aí tudo começou a fluir.

A ideia de contar uma história de conquista através dos games, de trazer a tecnologia dos efeitos visuais e algo diferente que é o que sempre tento fazer nas minhas produções.

O diálogo com a galera dos games começou com a minha segunda música de trabalho da carreira que foi a “Te Dominar”. Eu ganhei uma partida de Just Dance da vice-campeã mundial em uma feira de cultura pop que aconteceu em SP e conquistei ter uma produção dentro da trilha do Just Dance 2017, exclusiva e composta por mim. Isso me trouxe uma base fiel de fãs. 

 

 

MM- O mercado Pop é um dos mais aquecidos no cenário nacional da atualidade. Entre várias vertentes que o gênero pode proporcionar, há as músicas que são trabalhadas com coreografia e também, o lado mais romântico, a exemplo do seu novo single.

Houve alguma mudança na divulgação desse trabalho por ele trazer uma vertente artística, que até então, não havia sido trabalhada?

Daya Luz – Sim. Todo projeto tem sua identidade e tudo precisa estar interligado. O que queremos falar, transmitir, quais os públicos que queremos alcançar, tudo é avaliado e uma estratégia é seguida para que tudo se converse.

Postagens das redes sociais, paleta de cores a serem usadas, as legendas, o meu visual, tudo se conecta. A música “Digo Sim” é romântica mas também é forte e o clipe traz o lúdico, o amor de uma forma leve e pura. É o tipo de trabalho que alcança a todas as idades e públicos. 

 

Sobre Daya Luz

 
Cantora, compositora e performer brasileira, Dayane Luz Bomfim, mais conhecida como Daya Luz, é natural de São Paulo e nasceu em 12 de maio de 1991. A música sempre fez parte de sua vida, quando criança, gostava de cantar e dançar na frente do espelho.

Integrou o balé do Domingão do Faustão por 2 anos, onde foi descoberta por um produtor e um empresário, que apostaram no seu talento.

Em 2016, Daya lança seus primeiros trabalhos com as músicas “Olha Pra Mim” e “Te Dominar”. Após vencer o bicampeão mundial e a vice-campeã do jogo de dança “Just Dance”, Daya chama a atenção da empresa Ubisoft, e emplaca “Te Dominar” na trilha mundial do jogo. Ela se tornou, assim, a primeira artista brasileira a ter uma canção exclusiva para o game, ao lado de estrelas como Justin Bieber e Beyoncé.

Em 2017 acontece o lançamento das músicas “Tudo De Bom” e “Depois Não Chora”. Os clipes, gravados em Los Angeles, com profissionais que são referências do segmento, alcançam milhões de visualizações no Youtube.

O ano de 2018 foi marcado pelos lançamentos do single “Vai Pirar”, com uma participação especial do cantor Buchecha, “Virar O Game” e “Descontrolar”.

Focando em novos projetos em 2019, a música “Digo Sim” é marcada por ser a primeira balada romântica da cantora, que continua colecionando resultados expressivos no pop nacional.

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