Para promover a nova temporada da série “La Casa de Papel”, o serviço de streaming Netflix investiu em uma publicidade bastante criativa. Com intenção de combater a pirataria e incentivar o público a esperar o lançamento legal e oficial dos episódios, a direção da plataforma adotou o conceito “#EscolhiEsperar” e brincou com o duplo sentido da frase, que é adotada pelas pessoas que optam por fazer sexo só depois do casamento. Para conduzir o comercial, quem a Netflix escolheu? Sandy! Dava para ser melhor? Não, não dava. Foram mais de 100 mil acessos em meia hora.
Quando a cantora era adolescente, chamada de “namoradinha do Brasil” e princesa do pop nacional, sua virgindade foi fiscalizada por todo o país. Com 15 ou 16 anos, Sandy respondeu a um repórter que nunca havia beijado (o que era mentira, porque ela não queria assumir o namoradinho da escola) e gostava da ideia de se casar virgem. Desde então, o assunto a perseguiu até a noite de seu casamento, aos 25 anos. Na época, ninguém sabia se Sandy ainda era realmente virgem ou não, porque ela já não falava mais sobre a vida pessoal, mas o tema foi resgatado porque seu marido postou um texto em seu blog durante a noite de núpcias. Não faltaram piadinhas do tipo “eles não deveriam estar transando?”.
Por muito tempo, Sandy foi “a virgem do Brasil”. O tópico, extremamente íntimo, não saía da capa de revistas e as pessoas, fãs ou não, o discutiam sem constrangimentos. Ela passou o resto da vida tentando convencer a todos de que “não é santinha”, mas já era tarde demais.
Obviamente, com essa publicidade, a Netflix visa um público específico: a galera de 25 anos para cima, que tem conhecimento desse contexto do fim dos anos 1990 e início dos anos 2000. É uma polêmica pré-redes sociais. Sandy está casada desde 2008 e é mãe de um menino.