in ,

Sam Smith aparece com visual não-binário em capa de revista: “estou mais confiante e feliz”


Sam Smith está na capa da revista Attitude com um visual não-binário, ou seja, não se encaixa nos estereótipos femininos ou masculino. Recentemente, Sam resolveu pedir para que usem o pronome de gênero neutro. “Hoje é um bom dia então aqui vai. Decidi que estou mudando meus pronomes para ‘they/them’”, iniciou em publicação no Instagram. “They” e “Them” se referem à terceira pessoa do plural e em inglês são pronomes totalmente neutros.

“Depois de uma vida inteira estando em guerra com meu gênero eu decidi por abraçar quem eu sou, por dentro e por fora. Estou muito animado e me sinto privilegiadx de estar rodeadx de pessoas que me apoiam nesta decisão, mas estava bem nervosx em anunciar isso porque eu me importo demais com o que as pessoas vão pensar. Eu compreendo que ocorrerão vários enganos em relação a gêneros, mas tudo o que peço é que por favor tente”, disse. “Espero que você me veja como sou agora”.

Na entrevista à revista, Sam falou como foi essa experiência de auto-descoberta. “Quando fiz meu primeiro álbum, eu não era ninguém e me senti livre para ser quem quer que eu quisesse expressar, mas o álbum seguinte foi diferente”, disse Sam. “Não queria decepcionar meus fãs, minha gravadora ou minha família. Mas o mais importante é agradar a mim”.

“A cada dia que passava, lenta e seguramente, meus trajes começaram a parecer camisa de força e minha cabeça começou a parecer cada vez mais uma prisão”, acrescentou. “Era hora de me libertar mais uma vez”

“Levantei-me e pensei: Foda-se. Está na hora. Não me importo se nunca vender outro disco. Não posso mais fazer isso. Sinto falta de me sentir completamente livre para ser eu”, explica Sam.

“Olhei no espelho e tudo o que vi foi uma grande desconexão”, lembra. “Eu não gostei do que estava vendo. Eu não gostei de mim. E isso absolutamente não é aceitável. Quando me tornei mais confiante e feliz em minha pele, a guerra com esse ‘personagem’ que eu havia criado ainda era uma guerra. E ainda é até hoje. Mas nada de bom acontece com facilidade”, completa.