Beyoncé presenteou os fãs em 2019 com “Homecoming” (documentário + álbum) e “The Lion King: The Gift”, mas um álbum próprio de inéditas, como se espera, não acontece desde 2016 – quando saiu “Lemonade”, indicado a nove Grammys. No meio do caminho, houve ainda “Everything Is Love” (2018), álbum conjunto com Jay Z. Há anos, Beyoncé vem confrontando a previsibilidade da indústria e testando novas possibilidades musicais e comerciais. Antes do coronavírus, ela vinha trabalhando em um projeto novo – e grandioso – mais ou menos secreto.
Apontada como a artista da última década pelo The New York Post, Beyoncé vinha gravando cenas ao redor do mundo para seu próximo trabalho. Surgiram notícias sobre filmagens em Los Angeles, Nova York, Londres e Matera, na Itália. Em setembro de 2019, a US Weekly noticiou que Beyoncé foi vista em um set com uma peruca de seis metros, em cima de um cavalo. Em outubro, o Daily Mail publicou que Beyoncé tinha gravado seu audiovisual “mais caro e extravagante”, com cenas românticas e um segmento altamente coreografado. O mesmo jornal citou uma gravação de vídeo para “Brown Skin Girl”, de “The Lion King: The Gift”.
Ninguém sabe 100% do que se trata, nem mesmo os profissionais envolvidos. Dançarinos contratados, por exemplo, assinam cláusulas de confidencialidade e só são informados sobre o que precisam saber, sem uma visão ampla do projeto. Gravam sem saber se é um clipe, um documentário, um álbum visual, um especial ou algo que ainda nem existe. Alguns membros da equipe de Beyoncé foram vistos nas proximidades de um presídio masculino na Inglaterra – uma possível locação. O casting envolvia “pessoas negras e morenas de diferentes culturas, nacionalidades, etnias, gêneros e idades”.
O artista africano Shatta Wale revelou, em uma entrevista, que gravou um vídeo com Beyoncé nos Estados Unidos – supostamente para “Alredy”, de “The Lion King: The Gift”. Não saiu. A compositora Raye, que trabalhou em “Bigger” também de “The Gift”, disse no ano passado que estava colaborando novamente com Beyoncé: “é um projeto super secreto, com grandes artistas. Eu realmente amei a equipe e toda a vibe. Mas não há muito mais o que eu possa falar, obviamente”, disse ao jornal The Sun.
Sabe-se também que o projeto envolve obras de arte. Beyoncé, que já gravou clipe com Jay Z no Museu do Louvre, pegou emprestadas algumas obras da casa de sua mãe. Tina Kowles foi quem contou para a revista WSJ Magazine: “emprestei para o novo projeto que ela está realizando, e estou olhando minhas paredes vazias. Isso me deixa triste, porque sinto falta de ver todos meus bebês por lá”. São pinturas, portanto.
Beyoncé tem um contrato com a Netflix para três projetos – dos quais o “Homecoming” foi apenas o primeiro. O presidente da empresa já disse que ela é “a galinha dos ovos de ouro” do serviço de streaming e que há novidades por vir. Em entrevista à revista Elle, Beyoncé explicou que ser nº1 nas paradas não é mais sua prioridade. Ela preza pelo desenvolvimento artístico e pelo legado que viverá além dela. Dá para ficar menos ansioso?