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Saiba como a divulgação de dados pessoais feita pelo Facebook impacta a indústria musical

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Na noite de ontem (18) o jornal The New York Tirmes divulgou um relatório que expõe a ampla relação de parceria que existia entre o Facebook e diversas empresas na divulgação direta de informações pessoais dos usuários.

Empresas como: Spotify, Netflix, o banco canadense ‘Royal Bank of Canada’, Amazon, Yahoo, serviços de busca da Microsoft, Bing, são alguns dos citados.

De acordo com o relatório, o Facebook permitiu que o Spotify, Netlflix e o banco canadense lessem, escrevessem e apagassem mensagens privadas dos usuários, além de ver todos os participantes em uma mensagem. No caso do Spotify, havia ainda a permissão dos usuários compartilharem músicas através do Messenger.

 

A plataforma de música pode visualizar mensagens de mais de 70 milhões de usuários por mês, segundo o comunicado, apesar do relatório não ser específico se a empresa tinha acesso a todos os dados referentes à esses usuários.

Procurados pela revista Variety, representantes do Spotify e da Netlix disseram ao Times que “desconheciam as amplas faculdades que o Facebook lhes concedeu”. E a assessoria do Royal Bank of Cada contestou que o banco tivesse tal acesso.

Já o Spotify, enviou o seguinte comunicado para a Variety: “a integração do Spotify com o Facebook sempre foi sobre compartilhar e descobrir músicas e podcasts. O Spotify não pode ler as mensagens privadas da caixa de entrada do Facebook dos usuários em qualquer uma das nossas integrações atuais.

Anteriormente, quando os usuários compartilhavam músicas do Spotify, eles podiam adicionar texto visível ao Spotify. Isso já foi descontinuado. Não temos evidências de que o Spotify tenha acessado as mensagens privadas do Facebook dos usuários”.

 

O Facebook emitiu um comunicado a partir do Diretor de Privacidade e Políticas Públicas do Facebook, Steve Satterfield, que disse:

“Nenhuma das parcerias violou a privacidade dos usuários ou os regulamentos da FTC (Federal Trade Commission), e as empresas foram obrigadas a cumprir as políticas do Facebook. Pelos acordos, o Facebook considerou as extensões externas de si mesmo como métodos para os usuários interagirem com seus amigos e, como resultado, não precisaram buscar permissões adicionais dos usuários”.

Outro porta-voz disse ao Times que o Facebook não encontrou evidências de abuso por parte das empresas. Mas, admite que não estava vigilante sobre o gerenciamento das parcerias e que algumas empresas conseguiram continuar acessado os dados apesar dos recursos que exigiar sua inutilização.

 

A força da era digital traz consigo a importância da proteção de dados dos usuários e o questionamento sobre a relação público x privado em meio ao universo da Internet. 

Mas, como isso pode afetar a indústria da música? Simples, já afetou. A comprovação de que dados foram acessados reflete em inúmeras formas de gerenciamento de conteúdo e na influência direta sobre o que é consumido. Mesmo que ainda não comprovado quais formas eram utilizados esses dados pessoais.

Porém, podemos ampliar a discussão para a gestão de playlists das “Descobertas Musicais” ou aparecimento de campos de publicidade específicos, além de inúmeros outros aspectos que seriam facilitados pela presença de dados pessoais.

A polêmica com o Facebook pode ser apenas a ponta do iceberg que irá afetar toda uma cadeia do consumo digital, principalmente, na música. Aguarde os próximos capítulos.




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