Novidade na Netflix, a série “Maldivas” traz o ator e cantor Romaní na pele do policial Denilson. Na história, além de investigar o assassinato de Patrícia Duque (Vanessa Gerbelli), ele também flerta com Liz (Bruna Marquezine). “Foi incrível trabalhar com a Bruna. Aprendi muito com ela. É uma profissional excelente e uma boa amiga”, Romaní conta ao POPline.
“Guardo com muito carinho tudo que aprendi com ela, dentro e fora do set, nas conversas de camarim. Uma pessoa que tem espiritualidade, tem a mente para frente e que, com certeza, merece estar onde está hoje, representando o nosso país lá fora, em um lugar de excelência como atriz que só levanta a nossa cultura”, elogia.
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De bandido a policial
As gravações aconteceram durante a pandemia do coronavírus, com vários protocolos. “Todo mundo sempre com o pé atrás para poder se abraçar”, lembra Romaní. Mas o maior desafio foi se preparar para fazer um policial, algo que o ator não tinha muita referencia. “Geralmente me escalam para fazer bandido e essas coisas, e isso era um pouco mais fácil. Eu não preciso nem dar continuidade nesse assunto, porque é algo bem recorrente no Brasil”, explica Romaní.
“Mas, de um tempo para cá, começaram a me ver diferente no mercado e ‘Maldivas’ foi, com certeza, o que mais quebrou isso. Convidaram-me para fazer algo com uma pegada fora do comum, além de que toda a equipe teve um carinho muito legal comigo. Foi um desafio, mas muito maneiro”, diz o ator.
“Forasteiro”: Romaní lançará música e clipe no dia 24 de junho
Na série, Romaní contracena principalmente com Marcelo Várzea, que também faz um policial. Os dois tiveram muita afinidade e Romaní o convidou para participar do clipe de sua música nova, “Forasteiro”. Marcelo repete o papel de policial no vídeo.
“Forasteiro” se remete muito à trajetória pessoal de Romaní, que é filho de cigana e chegou a morar em um caminhão. Despedidas e saudade marcaram sua infância. “Acho que fui aprendendo a lidar melhor com a saudade, principalmente por estar sempre longe de alguns amigos, porém sempre perto de novos, novos encontros e desencontros da vida”, conta o artista.
“As lembranças de quando eu morei num caminhão são diversas, mas as mais marcantes são de quando eu estava no nordeste com meus pais, em Maceió, eles sempre contam essa. Eu tinha no máximo dois anos e estava num carrinho de bebê enquanto minha mãe vendia sanduíches na praia e meu pai tacho de cobre, quando passou alguns repentistas fazendo o freestyle do nordeste, cantando com o pandeiro, fazendo rimas de improviso, e na hora que passaram do meu lado eu já comecei a me mexer todo, me sacudindo, então minha mãe falou ‘realmente vai ser músico esse aí, não tem jeito’. Dito e feito”, lembra.
O que esperar de “Forasteiro”?
Na música, ele canta: “sou forasteiro / pulo de amor e cidade / dinheiro nunca vai valer mais que conselhos / os meus eu vendo caro”. O clipe foi gravado em três diários em São Paulo e teve uma gravação complementar – para uma introdução – no Rio de Janeiro.
A música e o clipe vão resgatar a essência cigana de Romaní. Toda a produção foi feita com atores ciganos. Segundo o cantor, ele tenta manter ao máximo a conduta e os princípios de educação e tradição ciganos. Os primos e tios mais velhos passam ensinamentos para ele constantemente.
“O romanês, nosso dialeto, é sempre bom estar praticando, estar sempre próximo da cultura, como ir às festas ciganas e estar próximo de quem ‘fecha comigo’. A parte da ‘roma’ que eu me identifico e se identifica comigo, estamos sempre perto. Isso, no nosso meio, é o que é mais importante de manter como cigano – os seus princípios – porque onde quer que eu vá eu vou ser cigano. Tem uma frase em romanês que fala isso ‘Kay amem jas ya men sam roma’. De resto eu não penso em ser, eu apenas sou. Meu jeito de viver e levar a vida, de valorizar a família e respeitar os mais velhos, que é algo muito importante e forte para os ciganos, além de valorizar muito o trabalho honesto e conhecer o mundo, as pessoas”, conclui.