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Roland e Universal Music tornam-se parceiras para uso ético de IA na criação musical

Parceria estratégica aposta no desenvolvimento de pesquisas e hub de inovação para o uso ético e transparente de IA na criação de músicas.

Roland e UMG lançam princípios por uso de inteligência artificial na música. Foto: Divulgação

A Roland Corporation e o Universal Music Group (UMG) anunciam nesta quarta-feira, 20, uma parceria estratégica para o uso de inteligência artificial (IA) no mercado fonográfico. O primeiro sinal desta junção é publicação do guia “Principles for Music Creation with AI”, que reúne valores para o uso da tecnologia no setor musical. As empresas trazem ao cenário o argumento de produção “humana” e o uso ético, confiável e transparente das tecnologias de IA.

> Acesse aqui o guia “Principles for Music Creation with AI”! 

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Estratégias para o mercado

Roland e UMG almejam trabalhar conjuntamente com organizações e agentes do mundo da música. Um dos pontos altos da estratégia das gigantes musicais é integrar os produtos e serviços da Roland a instalações de produção musical de propriedade da Universal.  

Segundo o pronunciamento oficial da parceria estratégica, as companhias vão priorizar o investimento em pesquisas capazes de desenvolverem métodos de identificação sobre a origem e autoria das criações por IA.

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Masahiro Minowa é Chief Innovation Officer da Roland Corporation. Foto: The Org / Divulgação

“Como empresas que partilham uma história mútua de inovação tecnológica, tanto a Roland como a UMG acreditam que a IA pode desempenhar um papel importante no processo criativo de produção musical. Também acreditamos profundamente que a criatividade humana é insubstituível e é nossa responsabilidade proteger os direitos dos artistas”, afirma Masahiro Minowa, CIO da Roland.

Em meio às críticas sobre o impacto da IA nos direitos autorais, o argumento central da dupla de empresas parte do interesse em aprofundar o uso da tecnologia nos processos de criação musical. Ambas defendem que os artistas podem se beneficiar das aplicações e acenam para a indústria o caminho de proteção à camada artística.

Naoshi Fujikira é presidente da UMG Japão. Foto: Linked-in / Divulgação.

“O Japão tem uma história única de pioneirismo em tecnologia de ponta que desempenhou um papel importante na formação da cultura musical em todo o mundo. Vejo oportunidades semelhantes com a IA generativa, desde que comecemos a partir de uma base de proteção da criatividade humana e da garantia dos interesses dos nossos artistas. Espero que, juntamente com a Roland, possamos desenvolver o nosso legado de inovação e continuar a melhorar a criatividade e a produção musical nos próximos anos”, afirma Naoshi Fujikura, presidente e CEO da UMG Japão.

Entre os valores dos princípios sobre IA na indústria musical, Roland e UMG listam a centralidade no processo musical, a relação profunda entre música e humanidade e uso da IA para ampliação da criatividade. Confira todos a seguir:

  • Acreditamos que a música é fundamental para a humanidade.
  • Acreditamos que a humanidade e a música são inseparáveis.
  • Acreditamos que a tecnologia há muito apoia a expressão artística humana e, aplicada de forma sustentável, a IA amplificará a criatividade humana.
  • Acreditamos que as obras criadas pelo homem devem ser respeitadas e protegidas.
  • Acreditamos que a transparência é essencial para uma IA responsável e confiável.
  • Acreditamos que as perspectivas dos artistas musicais, compositores e outros criadores devem ser procuradas e respeitadas.
  • Estamos orgulhosos de ajudar a dar vida à música.