O ex-vocalista do Raimundos, Rodolfo Abrantes, revelou que ele e a esposa, Alexandra Abrantes, sofreram abusos de membros da igreja Bola De Neve – Balneário Camboriú. Fora da congregação há 13 anos, o artista relembrou o período traumático após escândalos recentes envolvendo o ministério.
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“O pior é o peso que ainda sentimos, as feridas e traumas que demoram demais pra curar e ainda doem.”
No comunicado divulgado nas redes sociais, Rodolfo explicou o desabafo. “Já fazem 13 anos que nos desligamos desse ministério. Em razão de não ter anunciado à época a nossa saída, muitas pessoas, principalmente na nossa cidade, ainda acham que estamos lá.”
O artista compartilhou alguns momentos difíceis do período e esclareceu algumas acusações.
“Só posso falar do vivemos e sofremos através de um sistema, infelizmente, abusivo e opressor. Minha tentativa de ser discreto pra não fazer mais barulho não foi recíproca. Fomos cancelados por pastores que tínhamos como amigos, minhas músicas proibidas de tocar em cultos, minha esposa foi chamada de Jezabel pra baixo, fui acusado de uma dívida com o selo musical da igreja (o que através de uma prestação de contas foi comprovado que eu não devia nada), tudo isso, talvez com o intuito de se preservar e manter esse sistema funcionando.”
Veja a nota completa abaixo:
Saída do Raimundos
Rodolfo deixou o Raimundos de surpresa no ano de 2001, enquanto a banda estava no auge. Durante uma transmissão ao vivo realizada em 2020 com o pastor André Fernandes, ele disse que não se arrependeu da decisão, mas sim como conduziu a situação
“Creio que tudo acontece debaixo de uma permissão de Deus, mas se tivesse perguntado para Ele algumas coisas, elas seriam diferentes. Eu sairia do Raimundos diferente. Sairia, mas diferente. Eu prepararia o pessoal da banda. Fui tomado muito de surpresa pelo evangelho na minha vida, com cura e com a presença de Deus, e partindo do Espírito Santo. Saí da banda de uma vez e sei que isso ofendeu muito a eles de certa forma que a gente não tem relacionamento até hoje [nota: à época, Rodolfo e Digão ainda não haviam se reconciliado].”