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Rock in Rio 2019 em números: 700 mil visitantes, 300 horas de música e R$1,7 bilhão em impacto econômico; saiba mais

Divulgação/Rock in Rio
Rock in Rio 2019 / Divulgação

Divulgação/Rock in Rio

Chegou ao fim na madrugada desta segunda-feira (7) a 20ª edição do Rock in Rio, a oitava em solo brasileiro. O maior festival de música e entretenimento do mundo recebeu 700 mil visitantes ao longo dos sete dias de evento, numa Cidade do Rock com 385 mil metros quadrados – 60 mil metros a mais que em 2017 –, ainda mais confortável e com mais atrações: foram 17 áreas, incluindo a ocupação das três arenas olímpicas e nove palcos e um total de 300 horas música.

O que não faltaram foram momentos impressionantes. Teve banda que levou um avião cenográfico ao Palco Mundo, cantora que sobrevoou o público da Cidade do Rock presa a extensos cabos de aço, vocalista descendo na Tirolesa durante a abertura do show, o público convidado para dançar no enceramento da apresentação, pedidos de casamentos e muito artista descendo para a plateia.

Foram dias de muita emoção e momentos emblemáticos no Rock in Rio. No Palco Mundo, de Iron Maiden à Pink, passando por Black Eyed Peas, Nile Rodgers & CHIC, Bon Jovi e Ivete Sangalo, além das estreias de Anitta em uma edição brasileira e de Alok no festival, teve música para todos os públicos, gostos e idades.

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Foto: P!nk no Rock in Rio 2019 | Créditos: Divulgação/Rock in Rio

 

Já no Sunset, encontros como Pará Pop (Dona Onete, Fafá de Belém, Gaby Amarantos, Jaloo e Lucas Estrela ), Iza e Alcione, Detonautas, Anavitória e Saulo, além de Jessie J e Charlie Puth, entre muitos outros, conquistaram o público.

Neste sábado, o Sunset teve recorde de público presente logo no primeiro show – Funk Orquestra com Ludmilla, Fernanda Abreu e Buchecha.

E o New Dance Order, o novo espaço dedicado a dance music, surpreendeu a todos e, nos sete dias, teve um grande volume de público, que lotou toda a área. Entre os destaques estão toda a narrativa apresentada para o público com vídeos em telões, as performances de bailarinos, e, claro, os shows de Alesso, Vintage Culture, com sua legião de fãs, entre outros. 

No total, o Rock in Rio recebeu 250 atrações – incluindo as apresentações no Palco Mundo, Sunset, Cariocas, Rock District, além dos novatos, Highway Stage, na Rota 85, SuperNova, Rock Street Asia, Espaço Favela, New Dance Order e Supernova.

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Foto: Anitta no Rock in Rio 2019 | Créditos: Divulgação/Rock in Rio

 

E o público gostou do que viveu: a média das notas dadas pelas pessoas neste segundo fim de semana de festival foi de 9,3. Esta foi a maior nota desde 2011. 

 

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Foto: Scorpions no Rock in Rio 2019 | Créditos: Divulgação/Rock in Rio

 

“A escolha dos artistas foi muito assertiva. Nomes que nunca se apresentaram garantiram espetáculos inacreditáveis, como a P!ink, ontem. Ela surpreendeu! Tivemos shows de tirar o fôlego mesmo.

Iron Maiden e Scorpions saindo do óbvio e arrebatando uma Cidade do Rock inteirinha para eles. E o que falar dos encontros do Sunset e ainda do Espaço Favela? Se o primeiro já está consolidado e nas graças dos fãs, o Favela reforçou toda a sua relevância e expressividade com nomes que de fato são impressionantes.

Este ano trouxemos um parque completo, com atrações que extrapolam o universo da música, mas ainda sim elas são muito presentes, como na Nave e no Fuerza Bruta. Mas se eu tivesse que resumir esta edição em uma única palavra, eu diria: Público.

São os fãs que trazem esta energia positiva e contagiante e, de fato, em 2019 eles reinaram aqui, mais que qualquer área ou atração. Foram dias de paz, reforçando que é possível construir um Rio de Janeiro melhor para todos”, disse Roberto Medina, presidente do Rock in Rio.

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Foto: Rock in Rio 2019 | Créditos: Divulgação/Rock in Rio

 

E Roberta Medina reforça o discurso do fundador do Rock in Rio neste fechamento de edição. “A marca desta edição foi a alegria das pessoas. Foi lindo ver o público cantando, aproveitando as atrações e dançando junto, felizes.

A Cidade do Rock se consolidou definitivamente como um grande parque temático onde a experiência do público é guiada pela música e passa por diversas e complementares propostas de entretenimento. Encerramos com a sensação de dever cumprido e já ansiosos para a próxima edição, em 2021”, comemora a vice-presidente do Rock in Rio, Roberta Medina.

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Foto:Alcione e IZA no Rock in Rio 2019 | Créditos: Divulgação/Rock in Rio

 

Luis Justo, CEO do Rock in Rio, lembra que a diversidade de atrações garante que o público possa se reunir na Cidade do Rock e assistir conteúdos completamente diferentes.

“A cada ano estamos investindo em novos conteúdos e a complementaridade dos atrativos é o que faz com que tantas pessoas estejam unidas aqui na Cidade do Rock.

Crescemos, viramos um parque cheio de atrações para idades diferentes e gostos dos mais variados – da Oi GamePlay Arena by Game XP aos brinquedos, arenas, palcos e tudo mais. O artista tem o lugar dele garantido, mas o que buscamos sempre é surpreender o público”, fala Justo.

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Foto: Alok no Rock in Rio 2019 | Créditos: Divulgação/Rock in Rio

 

Festival injeta R$ 1,7 bilhão na economia da Cidade

 

O Rock in Rio também provou mais uma vez a importância de grandes eventos para a cidade. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas, a projeção de impacto econômico do festival para a Cidade é de R$ 1,7 bilhão, gerando mais de 25 mil empregos.

A rede hoteleira da cidade também foi beneficiada, com os cerca de 60% dos visitantes vindo de fora do Rio. Segundo o Sindicato dos Meios de Hospedagens do Município, no primeiro fim de semana do Rock in Rio a média de ocupação foi de 78% – sendo os bairros de Ipanema e Leblon os preferidos dos turistas, com 87%, seguidos por Barra e São Conrado, com, 83%, e Copacabana e Leme, com 81% de ocupação.

Já na segunda semana de festival, a média de leitos ocupados subiu para 84% – com Flamengo e Botafogo saindo na frente como os bairros mais procurados, 92%, Ipanema e Leblon no segundo lugar, com 85%, e Barra e São Conrado na terceira posição, 84%.

A pesquisa mostrou, ainda, que a maioria das pessoas vieram de outros estados brasileiros como São Paulo, Minas Gerais e Bahia. Já entre os estrangeiros, os norte-americanos, argentinos e franceses foram a maioria.

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Foto: Ivete Sangalo no Rock in Rio 2019 | Créditos: Divulgação/Rock in Rio

 

Com tanta gente vindo de fora, a Rodoviária do Rio e o Aeroporto Santos Dumont permaneceram movimentados nos últimos dias. Até o fim desta edição, mais de 210 mil passageiros e turistas desembarcam pelo segundo maior terminal rodoviário da América Latina.

Desse total, estima-se que de 40% a 50% seja composto pelo público que participa do festival. Já o aeroporto precisou reforçar as equipes de segurança, limpeza e atendimento ao público.

Isso porque o terminal carioca recebeu mais de 345 mil passageiros, cerca de 45 mil a mais que os 301.865 contabilizados durante o período da última edição. Além disso, são estimadas 3.349 operações de pousos e decolagens no Santos Dumont, 551 a mais que as 2.798 registradas nos 12 dias de 2017.

 

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Foto: Alesso no Rock in Rio 2019 | Créditos: Divulgação/Rock in Rio

 

Atrações movimentaram arenas olímpicas e velódromo

 

Pela primeira vez, o Rock in Rio se apropriou da área do velódromo com a NAVE – Nosso Futuro é Agora. Já duas das três arenas olímpicas foram ocupadas atrações do festival: a inédita Fuerza Bruta e a Oi Game Play Arena by Game XP – que retorna após o sucesso de 2017, que acabou por transformar a Game XP em um evento independente.

A área de games contou com 163 estações de jogos – incluindo as primeiras mobile 5G do Brasil –, lançamentos de três games (Contra Rogue Corps / COD Mobile / Ghost Recon Breakpoint) e espaço para 12 desenvolvedores cariocas independentes.

Sucesso entre os fãs de e-Sports, a realidade virtual também esteve presente no evento com 6 arenas de jogos imersivos.

“Tivemos cerca de 20 mil pessoas por dia passando pela Oi Game Play Arena By Game Xp no Rock in Rio. Esse número mostra um sucesso absoluto desse conteúdo de games entre os amantes da música. Nessa área, todos puderam experimentar lançamentos da indústria, assim como jogos de arcade, jogos de VR (realidade virtual) e jogos de programadores independentes. Com a experiência desses sete dias, fica claro que games e música têm tudo a ver”, contou Roberta Coelho, CEO da Game XP.

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Foto: Fuerza Bruta no Rock in Rio 2019 | Créditos: Divulgação/Rock in Rio

 

Mais de 50 mil pessoas passaram pela Arena Carioca 3, para curtir o espetáculo do Fuerza Bruta. Com um show que contou a trajetória do Rock in Rio, a companhia argentina convidou integrantes do AfroReggae e dois cantores da periferia carioca para fazer parte do show.

Entoando sucessos da edição de 1985, com músicas de AC/DC, Queen e Paralamas do Sucesso, o público viajou na história e reviveu até mesmo a memorável chuva da primeira edição.

Nas cinco sessões diárias, o público se encantou com as acrobacias, as performances dos dançarinos e dos cantores, e caiu debaixo d’água na cena final do show. “Achamos o Fuerza Bruta maravilhoso, não sei como eles conseguem fazer aquilo tudo. É um espetáculo imperdível e que todo mundo deveria ver”, contou Renata Machado, 40 anos, que veio do Paraná para curtir primeiro Rock in Rio. 

Por fim, a Nave – Nosso Futuro É Agora, outra novidade desta edição do festival e uma cocriação  com a Natura, foi um sucesso entre o público: ao longo dos sete dias, a atração recebeu 100 mil espectadores.

A experiência materializa o discurso de que para construir o futuro é preciso mudar o presente, a partir de projeções, efeitos cenográficos e especiais, música e cheiros para estimular um olhar para o futuro.

As irmãs Renata, 31 anos, publicitária, e Roberta Jardim, 27, engenheira, vieram para seu quarto Rock in Rio e a primeira parada foi na Nave. “Gostamos muito dessa experiência sensorial. Música, cheiros e tecnologia que nos fazem viajar na mensagem para um mundo melhor”, comentaram.

Ao longo dos sete dias de festival, a expectativa da produção era recolher, aproximadamente, 350 toneladas de resíduos na Cidade do Rock.

Todo material será encaminhado para cooperativas que dão um destino mais sustentável aos materiais, a partir da quantidade e da qualidade de material gerados.

Em tempo, durante o festival Roberto Medina assinou o acordo de intenção com o governo chileno para a realização do Rock in Rio Santiago. Clique aqui e veja mais detalhes.