Todas as reverências desta segunda-feira (19) são para Roberto Carlos e seus 80 anos. Não há neste país quem nunca tenha cantarolado uma música do rei em algum momento da vida. Muitos artistas sonham com a oportunidade de estar em sua presença e dividir o microfone, mas esta é uma posição para poucos. Por isso o POPline reuniu 8 feats inusitados e que talvez você nem lembrasse que aconteceram.
Roberto Carlos e Jennifer Lopez – “Chegaste”/”Llegaste”
A primeira vez que Jennifer Lopez cantou em português foi em “Chegaste”, um dueto com Roberto Carlos que pegou muita gente de surpresa. A versão original foi composta pela cantora porto-riquenha Kany García e também ganhou registro de Roberto e J.Lo. Mas é mesmo a gravação em nossa língua que figura – no levantamento do Ecad – como a quarta música mais tocada nas rádios nos últimos cinco anos. “É uma grande honra para mim trabalhar com o rei. Eu sinto como um sonho que se tornou realidade“, disse a cantora à época do lançamento, no fim de 2016.
Roberto Carlos e Anitta – “Força Estranha” / “Olha”
Anitta teve seu momento no palco com o rei no especial de Natal de 2013. Em um número com Tatá Werneck, ela adentrou o palco cantando “Força Estranha”, revelando ser a “voz original” da atriz, que à época havia acabado de ser contratada pela Globo. Na sequência apresentaram uma versão cheia de ternura para “Olha”, além de um mashup de “Show das Poderosas” e “Se Você Pensa”. Sim, o rei se aventurou no funk!
Roberto Carlos e Ludmilla – “Café da Manhã”
Em 2015, Ludmilla ascendia ao time A das cantoras de pop/funk e também foi recebida por Roberto Carlos em seu especial de fim de ano. Juntos apresentaram a sensual “Café da Manhã”, lançada em 1978. A cantora surpreendeu pelo desempenho vocal, mas o que realmente foi assunto na imprensa foi a ousadia de Lud ao vestir vermelho, deixando de lado as cores branca, azul e tons de bege que costumam ser usadas pelas convidadas. Uma quebra de protocolo digna!
Roberto Carlos e Thiaguinho – “Além do Horizonte”
Também em 2015, Thiaguinho dividiu os vocais com Roberto em “Além do Horizonte” (1975), uma das canções mais conhecidas do público jovem e regravadas do repertório do rei – de Jota Quest a Ivete Sangalo.
Roberto Carlos e Michel Teló – “Ai Se Eu Te Pego”
Antenado com os “novos sucessos”, Roberto Carlos recrutou Michel Teló para seu especial de 2012. O cantor estourou com o sucesso “Ai Se Eu Te Pego” e foi convidado pelo rei para dividir o palco. Para um dos técnicos do “The Voice”, o momento foi tão importante em sua carreira que ele emoldurou o terno usado no show.
Roberto Carlos e Erika Ender – “Despacito”
Mais uma prova de que nos últimos anos o rei esteve atento ao que estava em alta nas paradas. “Despacito” foi o maior sucesso de 2017 e fez do reggaeton um gênero conhecido no mundo inteiro. Em seu Especial de Natal daquele ano, Roberto Carlos convidou uma das compositoras do hit, Erika Ender, e apresentou uma versão mais lenta da música que ficou conhecida na voz de Luis Fonsi.
Roberto Carlos e MC Leozinho – “Se Ela Dança, Eu Danço”
Em 2006, MC Leozinho estava em alta com o hit “Se ela dança, eu danço” e ia na contramão dos funks com teor mais erótico. A letra que falava sobre uma menina que “dança, fascina e só pensa em beijar” chamou atenção de Roberto Carlos, que convidou o funkeiro para seu especial de Natal. Pelo visto, o rei curtiu a energia do momento. Tanto que, no ano seguinte, abençoou a regravação de Leozinho para “Negro Gato”, composta por Getúlio Cortes e imortalizada na voz de Roberto em 1966.
Roberto Carlos, Fundo de Quintal, Jovelina Pérola Negra, Almir Guineto e Zeca Pagodinho – “Pagode do Rei”
Essa vem do fundo do baú. Ou melhor: do fundo do quintal. O Brasil acompanhou a explosão do pagode em 1986, que alavancou nomes como o Grupo Fundo de Quintal, Almir Guineto, Jovelina Pérola Negra e Zeca Pagodinho. O rei convocou todos para seu especial daquele ano e, juntos, apresentaram o “Pagode do rei”, no melhor estilo partido-alto, com versos de improviso. E um detalhe: o menino ao lado de Roberto Carlos é Anderson Leonardo, que anos depois se tornaria vocalista do Grupo Molejo.