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Rincon Sapiência elogia Ludmilla e fala sobre a relação entre rap e funk em entrevista ao “Portal KondZilla” no YouTube


Foto: Reprodução/YouTube

Nesta quinta-feira (22) entrou oficialmente no YouTube o canal “Portal KondZilla”, criado especialmente para os jovens de favela e com objetivo de abordar o comportamento do jovem de favela, sempre com relevância e alinhados com o discurso desse público. Temas como funk, empreendedorismo, diversidade, tendências, dança, moda, educação e bastidores de videoclipes estarão no foco. E a estreia aconteceu após atingir 1 milhão de inscritos, mas sem nenhum vídeo publicado.

Após a meta alcançada foram publicados 30 vídeos, sendo que 10 deles só podem ser acessados com exclusividade para cadastrados no portal. Entre eles, um bate-papo com Rincon Sapiência. O artista contou sua relação entre rap e funk: “Quando o funk chegou forte em São Paulo, ele carregava muito do signo do rap. De comportamento, de falar da realidade da periferia e tal”, revela o rapper, que ainda elencou alguns nomes que admira – entre eles Ludmilla, que iniciou a carreira no universo funk e hoje é uma das artistas pop mais requisitadas do Brasil.

“Sempre me soa natural essa conexão. E depois que fui aprendendo produção musical, fui colocando isso no meu trabalho. A música que me deu uma amplitude maior foi ‘Ponta de Lança’, que tem essa conversa de funk com rap. Gosto de muita gente boa como Cidinho e Doca, Claudinho e Buchecha, Kekel, Caxeta – que é letrista e muito bom cantor -, MC Rita, Ludmilla… Estou sempre perto dos mais novos porque eles são muito mais conectados com o funk. Cada hora eles trazem uma novidade e eu sou um pesquisador de ritmos.”

O funk trouxe a figura do homem na dança e foi essa identificação que o fez levar essa “energia” para o rap, ele conta. “O ‘passinho do romano’ me lembra muito dança afro, candomblé, o jeito de se movimentar. A ideia que se tinha de dançar era das mulheres rebolando, e quando o ‘passinho do romano’ veio, trouxe esse lance dos homens na dança. Foi a partir daí que criei o ‘passinho manicongo’, depois o afrorap e tudo mais. Tudo muito influenciado por esse movimento vindo do funk.”

Assista à entrevista na íntegra: