Um longo texto do site Pitchfork quer lhe fornecer informações suficientes para chegar a uma conclusão: Rihanna é a cantora pop mais influente da última década.
Logo de cara, o Pitchfork pede que você elimine descrições já feitas à cantora como de voz limitada e sem alcance. Para eles, o que importa aqui é a influência exercida pela cantora, sua voz e seus hits mesmo quando não está trabalhando. “Quando você ouve rádio, quando Rihanna não está – o que não é comum – você ouve moléculas do estilo vocal dela em todo lugar. Cada tom, a rouquidão anasalada (…) essencialmente livre de sotaque – isso descreve muitas das músicas pop no momento de um monte de gente. Meu ouvido se animou recentemente no início de ‘Green Light’, da Lorde”, explica Jayson Greene em seu texto.
O jornalista segue citando ainda “Lean On”, do Major Lazer; “Sorry”, do Justin Bieber, “So Good”, da Zara Larsson; e “I Got You”, da Bebe Rexa, como faixas possíveis se serem cantadas por Rihanna.
“A voz da Rihanna se tornou uma ideia, uma propriedade criativa como o Korg synth [sintetizador] ou o LinnDrum que rapidamente trabalha na argamassa da indústria pop. A rádio pop é simplesmente a matriz de placas intercambiáveis, todas elas regadas levemente com a voz da Rihanna”, defende o texto. “Ouça como ela canta ‘oh-na-na, what’s my name’, ela exagera o ‘what’ para que ele se torne ‘oo-what’. Um tipo de som que usualmente nos diz que o cantora perdeu a compostura ou está lutando para mantê-la. Mas a pegadinha acontece exatamente no mesmo local, no mesmo momento, na mesma palavra, todas as vezes. É deslumbrante”, continua.
“Quem sabe dizer quantas vezes Rihanna praticou aquele vocal até que ela tenha dominado todas as emoções – suplicante e brincalhona, cansada e sensual, até mesmo um pouco de zombaria – nessas três sílabas, em looping perfeito. Mas ela fez e você pode ouvir basicamente todo o espectro da Rihanna sem ela precisar muito da sua voz. Não interessa quem pedir emprestado sua voz, apenas ela pode fazer isso”, o texto continua.
O texto encerra dizendo que no “ANTI”, Rihanna ainda apresentou novos lados de sua voz e cita faixas como “Love On The Brain”, “Higher” e “Consideration”.
“É isso o que as estrelas pop fazem por nós (…) Nós imploramos pela emoção que você só vai ter obter quando uma dúzia de boas idéias se manifestam em uma única voz. Nos últimos 10 anos, essa voz tem sido mais ou menos Rihanna. Provavelmente ela vai gerar um novo caminho para as Rihanna-bes. Inevitavelmente, nenhuma delas vai levar o peso, o calor da coisa real”, defende.
Leia o texto na íntegra aqui.