Troye Sivan comprou uma briga com a revista OUT, voltada para o público LGBTQI+, ao criticar o repórter que perguntou se ele era ativo ou passivo no sexo durante uma entrevista. O veículo publicou um texto chamando-o de hipócrita, porque ele “escreveu um álbum inteiro sobre ser passivo”. Segundo a revista, Troye usa sua sexualidade como tema de músicas e entrevistas como marketing quando quer promover um álbum, e diz que é inapropriado ser perguntado sobre isso. “É 2019 e falar sobre sexo anal não deveria ser um tabu, especialmente na mídia queer”, diz a OUT.
Em resposta, Troye Sivan escreveu um textão dividido em vários tweets, nesta quinta (29/8). O cantor se disse decepcionado com a revista, por ser uma publicação LGBTQI+ e não entender o ponto da questão. “Em primeiro lugar, ‘Bloom’ é um álbum sobre amor. Eu falei isso em todas as entrevistas que dei sobre o álbum. Sugerir que fiz um álbum inteiro sobre ser passivo é sexualizar demais a mim e ao meu trabalho. É redutivo. Eu falo sobre sexo na minha música, nos meus termos, quando estou no controle, compondo músicas que estarão próximas ao meu coração para sempre. Isso não abre as comportas nem dá um passe livre para alguém abandonar as boas maneiras e perguntar sobre detalhes do que faço na cama”, escreveu o artista.
O cantor também levantou outro ponto: será que artistas heterossexuais ouviriam esse tipo de pergunta? Ele acredita que não. “Eu duvido que alguém faça perguntas explícitas sobre quem faz o que na cama a qualquer um dos meus colegas heterossexuais, não importe o conteúdo de suas músicas. Eu não acho que artistas devam esperar ser questionados sobre isso quando aparecem para trabalhar pela manhã. Não há vergonha alguma no sexo anal ou em qualquer tipo de sexo – eu só não quero falar sobre isso por telefone com um completo estranho. Out Magazine, eu amo vocês e todo o trabalho que fazem, mas não achei que isso foi uma boa ideia. Okaaaaay. Eu terminei e nunca mais falo sobre isso, porque meus pais leem essas coisas e eu me sinto estranho. Amo vocês todos!”, escreveu.