O ano de 1998 é lembrado na música pop não só pelo clímax das Spice Girls, mas também pela saída da Ginger Spice, Geri Halliwell, levando a banda à desestrutura, fazendo com que as outras garotas optassem, alguns anos depois, pela carreira solo.
À época vários rumores circularam na imprensa enquanto a saída de Geri era divulgada em todas as mídias. Desapontados com uma rachadura no “Girl Power”, ou “poder feminino”, uma das grandes marcas do grupo, tendo Geri como líder e maior defensora, os fãs questionavam rumores mirabolantes que envolviam a saída da ruiva. No entanto, 12 anos após ter deixado as Spice Girls, período que inclui uma volta concretizada do grupo para celebrar seus 10 anos e uma possível nova reunião, Geri Halliwell finalmente explicou os motivos que a fizeram deixar a banda feminina mais popular do fim dos 1990 durante seu ápice.
As confissões de Geri foram feitas ao apresentador Piers Morgan, do programa Life Stories e devem ser transmitidas na íntegra em uma entrevista neste sábado, mas o jornal britânico Daily Mirror obtive prévias promocionais do programa e comentou revelações da cantora. De acordo com a publicação, Geri teria dito que apenas conseguiu se destacar nas Spice Girls devido à morte de seu pai: “Não havia ninguém que me consolasse então eu resolvi pensar ‘Ok, vou fazer isso acontecer’ como uma forma de suportar a dor que eu estava passando”, diz a cantora sobre sua entrada na banda. Geri comenta ainda que uma das conseqüências da perda de seu pai foi ter ficado anestesiada durante todo o percurso com as suas companheiras de banda e que assim não conseguia entender sua posição no grupo, nem visualizar sua real popularidade entre fãs, ficando surpresa ao saber que em pesquisa recente foi eleita a mais popular das cinco integrantes. “Eu achava que era mais fácil gostar de Emma do que de mim, me via sempre em segundo lugar, seguida por Mel C”, relata. Quanto às outras duas componentes, Geri adiciona: “Victoria ou você ama ou odeia e Mel B tem um jeito mais difícil, não era fácil.”.
Apesar de estarem no auge de sua popularidade, no fim dos anos 90 os CDs já demonstravam queda nas vendas devido ao inicio do MP3. Assim, economicamente o segundo álbum das meninas, “Spice World” (1997), não foi tão rentável quanto o primeiro. No ano seguinte, após várias discussões com as outras integrantes, Geri foi convidada a dar uma entrevista e a colaborar com a campanha do câncer de mama. Já que havia encontrado um nódulo nos seios em anos anteriores, Ginger sentiu-se como a pessoa ideal para defender a causa e resolveu não incluir as meninas nos seus planos de divulgação. Desapontadas com a sua atitude, o grupo declarou: “ou a gente faz com você ou então você não fará sozinha”, revela Geri ao Life Story. “E então eu pensei: ‘Quer saber? Não vim tão longe nesse jogo para ter que ouvir o que eu posso ou não fazer sozinha”, exclama a cantora, ao destacar esse como o momento decisivo para sua saída do jogo.
“Nós estávamos todas em um jatinho indo para Londres e ao descer eu disse ‘Tchau, meninas’. E eu pensei que talvez elas pudessem ser mais felizes sem mim. Eu não disse nada naquele momento que sairia do grupo, mas no dia seguinte eu veio o momento, e então falei: ‘Não vou mais voltar para a banda’. O resto da história vocês sabem.”.
A entrevista completa com Geri Halliwell será exibida por volta das 1:25 horas da manhã, horário de Brasília, no programa Life Stories do canal ITV1, e você poderá ver a Spice Girl completamente emocionada ao chorar em alguns momentos. Atualmente Geri Halliwell está em estúdio preparando material para um novo álbum solo.