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Retrospectiva POPLine: O ano da Adele, morte de Amy Winehouse, Katy Perry e seus recordes, exageros de Lady GaGa e muito mais!

Leia a resenha final sobre o ano que passou no universo pop.

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Se em 2010 muitos nomes construíram um ano diversificado e múltiplo, 2011 foi uno e poderá ser resumido, em um futuro próximo, a um único nome: Adele. A cantora britânica lançou, no começo do ano, o álbum que se tornou o disco mais vendido do século no Reino Unido. Com vários quilos acima do ideal, sem coreografias e com talento para dar e vender, “21” foi o cd mais bem sucedido de 2011 em todo o planeta, aproximando-se da marca das 15 milhões de cópias vendidas. O single “Rolling In The Deep” foi #1 no chart de fim de ano da “Billboard”, além de fechar o ano como a música mais tocada nas rádios e o single mais vendido nos EUA. Na Europa e no Brasil “Someone Like You” foi quem liderou os charts de vendas digitais de 2011. Publicações de renome como a “Rolling Stone” e a própria “Billboard” elegeram a jovem de apenas 23 anos como o maior nome da música no ano. Nada mais coerente para encerrar o ano, que também veio acompanhado com seis indicações ao Grammy 2012.

Desde 2008 um artista britânico não é o nome mais comentado do Grammy como Adele. A última a conseguir tal feito foi Amy Winehouse, a maior perda musical de 2011. A cantora foi encontrada morta no quarto da casa onde morava em Londres. Aos 27 anos, Amy morre deixando uma discografia impecável de apenas dois álbuns lançados em vida e muitas promessas que nunca serão cumpridas.

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Também aos 27 anos de idade mas saúde de encher os peitos, Katy Perry pode se gabar de um ano e tanto em sua carreira: a californiana entrou para a história da música ao igualar o recorde de Michael Jackson, emplacando 5 hits de um mesmo álbum em #1 no chart da Billboard. A artista também deixou nomes como Rihanna e Ke$ha para trás no Rock In Rio, sendo o maior destaque pop do evento que voltou ao Rio de Janeiro depois de 10 anos.

Depois de dominar os charts mundiais em 2009 e 2010, Lady GaGa lançou o tão aguardado álbum “Born This Way”, que chegou a ser vendidos por 24 horas na semana de lançamento pela bagatela de 99 centavos. O exagerado buzz e as promoções ajudaram o disco a atingir o debut superior a 1 milhão de cópias em 7 dias apenas nos EUA. GaGa, entretanto, não conseguiu manter os holofotes sobre seu nome ao longo do ano, conheceu o fracasso com o single “Judas” e quebrou sua sequência de dez singles consecutivos no Top10 da Billboard com o desempenho fraco de “Marry The Night”.

Além de emplacar 3 singles do álbum Loud (lançado no final de 2010) em #1 na Billboard, Rihanna não tirou folga e, às pressas, gravou o disco “Talk That Talk”. Por mais que muitos afirmassem que a cantora estivesse exagerando no número de lançamentos consecutivos, a jovem de Barbados emplacou “We Found Love”, que acabou se tornando um dos maiores hits de sua carreira. 2011 foi um ano e tanto para a cantora (e para sua gravadora, que agradece à maior máquina caça níqueis de seu cast).

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O Coldplay voltou à ativo após o bem sucedido “Viva La Vida” com o aguardado “Mylo Xyloto”. O grupo se consolidou de vez como um eficaz conjunto de capacidade melódica à altura de nomes históricos como o U2. Na semana de lançamento, o disco decolou direto para o #1 dos charts mais importantes do planeta como os EUA, Reino Unido, Bélgica, Alemanha, França, Nova Zelândia, Irlanda, Itália, Polônia, Austrália, Suíça e Suécia.

Uma das grandes surpresas do ano foi Bruno Mars. O cantor se destacou em 2010 com suas parcerias de sucesso ao lado de nomes como B.o.B. e Travie McCoy. Em 2011 ele se consolidou em carreira solo emplacando os hits globais “Just The Way You Are”, “Grenade” e “The Lazy Song”.

Kanye West e Foo Fighters também se destacaram perante a crítica global com os ótimos trabalhos lançados e trabalhados em 2011, respectivamente, “My Beautiful Dark Twisted Fantasy” e “Wasting Light“.

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Em 2011 vimos muitos artistas tentando sair do calabouço do esquecimento e fazendo o que estivesse a seu alcance para voltar à fama. A tática mais usada foi, explicitamente, a de se tornar jurado de programas de calouros. O exemplo mais bem sucedido nesta linhagem foi a cantora Jennifer Lopez. A latina tentava há alguns anos, sem sucesso, voltar ao cenário musical. Em 2011, ao se juntar à bancada do American Idol, conseguiu visibilidade o suficiente para emplacar o hit “On The Floor”, que ganhou proporções mundiais, se tornando o videoclipe feminino mais visto da história do Youtube. Christina Aguilera também se tornou jurada do The Voice, mas acabou chamando mais atenção da mídia por sua silhueta robusta, semi-tombo no Grammy 2011 e por sua participação em um single do Maroon 5, cujo vocalista também decidiu tornar-se jurado de calouros. Nicole Scherzinger também tentou: virou jurada do X Factor nos EUA mas não conseguiu emplacar um hit sequer no país e continuou a ser apenas a Ex-Pussycat Doll que nunca deu certo.

O retorno de Beyoncé, após do bem sucedido “I Am… Sasha Fierce” era uma das maiores apostas para 2011. Com o lançamento do álbum “4”, entretanto, as expectativas foram por água abaixo. A esposa de Jay Z teve seu primeiro trabalho sem um hit relevante. “Run The World”, faixa principal do disco, fracassou em todos os 4 cantos do planeta e a gravidez da cantora acabou por roubar todas as atenções que poderiam ter sido empregadas em seu trabalho.

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Britney Spears, que num passado distante lançava moda, acabou indo por um caminho um pouco mais óbvio: seus produtores decidiram por seguir a linha pop-dance genérica autotunada com o álbum “Femme Fatale”, cuja maior influência parece ter sido a sofrível cantora Ke$ha. O resultado? Sucesso nos charts americanos com os singles “Till The World Ends” e “I Wanna Go”. As vendas do disco, entretanto, deixaram a desejar, assim como o desempenho da dançarina no resto do mundo. A turnê de Britney Spears passou pelo Brasil, onde foi, ao mesmo tempo, massacrada pela crítica e endeusada pelos fãs.

No cenário Rap, tivemos 4 destaques em 2011: a parceria entre Jay Z com Kanye West, Drake e Lil Wayne continuaram a ter os bons desempenhos corriqueiros em suas carreiras. O grande nome do gênero em 2011, entretanto, foi feminino: Nicki Minaj conseguiu se consolidar como um dos maiores destaques do rap feminino de todos os tempos, atrás apenas de Missy Elliott e Lil Kim.

A dupla LMFAO conseguiu emplacar 2 hits mundiais com o descontraído gênero que ganhou apelido de ‘Dance Farofa’. “Party Rock Anthem” e “Sexy and I Know It” reinaram nos charts de todo o planeta, mesmo sendo fuziladas por toda a crítica.

Em 2011 pudemos conhecer Rebecca Black, uma jovem de 13 anos que ganhou um videoclipe de aniversário. “Friday”, acabou sendo eleita a pior música e o pior videoclipe de todos os tempos, bateu o recorde de rejeição no Youtube e teve quase 200 milhões de visualizações no mundo. A polêmica rendeu à cantora um milhão de dólares até o mês de outubro e aparições na turnê e videoclipe de Katy Perry. Rebecca entrou em uma batalha judicial com a empresa que produziu o videoclipe, tendo que retirá-lo da internet.

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No Brasil, um dos maiores destaques de 2011 foi a chegada no iTunes. A loja virtual mais relevante de todo o planeta começou a operar no país em Novembro. O resultado em vendas, pelo menos até o final do ano, foi acima do esperado. Como previsto, a artista que mais vendeu downloads no Brasil até o final de 2011 foi Adele.

O hit nacional de 2011 acabou sendo de um artista relativamente novato: Michel Teló emplacou “Ai Se Te Pego”. O sucesso da canção foi tão grande que ultrapassou as barreiras do oceano Atlântico: a música acabou parando no #1 de países como Portugal, Itália e Espanha, ganhando até uma versão em inglês, com lançamento previsto para 2012.

Quem deve ter ficado triste com o sucesso espontâneo de Michel Teló foram as persistentes Wanessa Camargo e Cláudia Leitte: ambas continuam na luta incessante pelo reconhecimento internacional: Wanessa se consolida cada vez mais como cantora dance focada para o público gay. Cláudia Leitte, por sua vez, se consolida como uma das cantoras que mais gera motivos para piada na música brasileira. Só em 2011, ela foi massacrada pelo videoclipe “Samba” ao lado de Ricky Martin e foi considerada o vexame do Rock In Rio com sua despedida, na qual se enrolou com cordas ao tentar voar e ficar pendurada de cabeça para baixo para mais de 100 mil pessoas.

Se a MPB se decepcionou com o novo álbum de Chico Buarque, pôde se alegrar com a surpresa do ano, o cantor Criolo, que lançou o álbum “Nó Na Orelha” com a excelente faixa “Não Existe Amor Em SP”. Outros lançamentos de destaque qualitativo em 2011 no Brasil foram “Toque Dela” de Marcelo Camelo, que foi todo produzido pelo próprio cantor; “Pitanga” de Mallú Magalhães e “O Que Você Quer Saber De Verdade” da cantora Marisa Monte, que não lançava material inédito há cinco anos.

O destaque popular de 2011 foi a antipática cantora Paula Fernandes. Nem Luan Santana, Nem Ivete Sangalo e nem Padre Marcelo Rossi foram páreo para o ex affair de Roberto Carlos. O cd “Paula Fernandes ao Vivo” vendeu a incrível marca de 1,5 milhão de cópias apenas no Brasil, sendo indicado ao Grammy Latino.

Que seja bem-vindo 2012!

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