Mais um ano se encerrando e não tem como fugir: é hora de olhar para trás! Desde o início de dezembro vários veículos liberaram suas listas de retrospectiva e, como também é tradição por aqui, o POPline vai passar o ano a limpo em 19 grandes momentos que marcaram 2019. Uma coisa importante a salientar: os eventos não estão listados em ordem de prioridade.
Oscar Lady Gaga
Virou o ano, entra o que os veículos de entretenimento norte-americanos chamam de “red carpet season”. É quando é realizada grande parte das premiações de TV, cinema e música nos Estados Unidos. A mais importante delas, o Oscar, aconteceu no final de fevereiro e premiou quem todo mundo mais torcia: Lady Gaga. A cantora junto com Mark Ronson receberam o prêmio de Música Original por “Shallow”, música tema do filme também protagonizado pela artista, a nova versão de “Nasce Uma Estrela”. Foi a cereja do bolo de cinco meses de muita divulgação, prêmios e excelente críticas.
Além do Oscar, “Shallow” ainda venceu o Hollywood Music in Media Awards, Satellite Awards, Los Angeles Online Film Critics Society, Critic’s Choide Move awards, Globo de Ouro, Grammy de “Gravação do Ano”, “Música do Ano”, “Melhor Performance de Duo/Grupo” e um BAFTA, entre outros prêmios, além de ter sido eleita, ainda ano passado, uma das melhores faixas do ano e colocando Lady Gaga e Bradley Cooper também nas listas de retrospectiva.
“Juntos e Shallow Now”
Pegando carona no sucesso de “Shallow”, Paula Fernandes deu ao Brasil em maio a sua própria versão do super hit de Lady Gaga. Batizada de “Juntos”, a versão brasileira teve o aval da cantora norte-americana e gerou uma série de memes pela inclusão da frase “shallow now”, em inglês mesmo, na letra. A composição ganhou rapidamente as redes sociais e virou tema até de campanhas publicitárias de várias marcas. Todo mundo quis um pedaço da repercussão. “Não é uma tradução, é uma versão adaptada. Eu tentei colocar palavras em português, mas não ia funcionar para mim. Completei com a palavra que é o nome da música, que é forte. E o ‘now’ terminando a frase. Musicalmente ficou perfeito”, explicou a cantora na época.
A parceria de Paula com Luan Santana acabou também por mudar os planos da equipe da cantora que gravou o videoclipe ao vivo em Sete Lagoas (MG) sem Luan. No final, Paula sorriu. Na semana do Natal “Juntos” bateu 10 milhões de reproduções apenas no Spotify. Confira outros números: quase 27 milhões de visualizações no YouTube (somando os lyrics videos e ao vivo), mais de 20 mil pessoas cantando junto na gravação do clipe no projeto audiovisual, duplo single de platina, trilha sonora da novela “Bom Sucesso”, da Rede Globo, e um dos termos mais pesquisadas no Google em 2019. “É impossível descrever essa sensação, uma felicidade que não cabe em mim. Cada conquista é mais uma prova de que atingi meu objetivo: tocar as pessoas. Só tenho a agradecer cada um que escuta, baixa e canta comigo. Muito gratidão!”, celebrou.
Gringos caíram de amores pelo Brasil – principalmente o funk
Não foi apenas Paula Fernandes que ganhou o aval de um grande artista gringo em 2019. Este foi provavelmente o ano que o país mais foi visto por cantores e rappers internacionais de peso. Madonna, Drake, Cardi B, Post Malone e Ciara foram apenas alguns dos que se aproximaram da gente com ajuda de um artista brasileiro e através de um ritmo brasileiro que, finalmente, sucesso após sucesso, vem quebrando a exclusividade das periferias e chegando a todos os cantos do país.
A expansão do funk carioca foi reconhecido essa semana por Kevin o Chris, que começou o ano em cima do palco do Lollapalloza ao lado de ninguém menos que Post Malone. “Não podia deixar de lembrar desse momento foda com o brabo Post Malone, Lollapalooza Brasil, 2020 tamo aí de novo”, escreveu ele. E não podia mesmo, mas nem o próprio Kevin podia acreditar que apenas meses depois outro gigante da música se interessasse pelo seu trabalho. Drake praticamente se convidou para um remix de “Ela é do Tipo”, que foi número um no Spotify Brasil ainda em abril. A nova versão foi lançada no início de novembro após a passagem do canadense pelo Rock in Rio e ganhou força nos mercados de Portugal e do Paraguai.
Ciara também se rendeu ao Brasil pela primeira vez. A cantora veio ao país para o Carnaval, sambou para o POPline e terminou o ano com Iza e Major Lazer (o grupo de música eletrônica já amante da nossa música há mais de uma década) em “Evapora”. Não bastando ter arrasado na colaboração, Ciara ainda se arriscou no português. “A repercussão da Ciara cantando em português foi sensacional! Ela foi muito respeitosa, sabe? E eu acho que é assim que o Brasil tem que ser tratado. Temos o mundo inteiro cantando ‘Garota de Ipanema’, sabe? Eu acho que a gente tem que ensinar mais português para os gringos!”, disse Iza para gente em entrevista.
Mas se a Ciara veio ao Brasil para se apaixonar de vez pela nossa cultura, teve uma artista que nem pisou aqui e colocou Anitta e Ludmilla em sua playlist diária! A gente perdeu as contas quantas vezes Cardi B ouviu as nossas cantoras e compartilhou com seus 56 milhões de seguidores. Isso antes mesmo de entrar em estúdio com as duas! E o mais legal: em ambas as canções a produção também é de brasileiros. No caso de Cardi B e Anitta, a faixa tem batida de Papatinho. E de Cardi B e Ludmilla, de Rennan da Penha. A expectativa é que as duas músicas saiam em 2020 e a gente está mais do que ansioso para ver a repercussão do mercado internacional!
Para finalizar a gente não podia deixar de citar a Rainha maior: Madonna! A cantora sempre foi de experimentar estilos, misturar ideias e para o “Madame X” ela convidou Anitta para gravar um funk produzido por uma artista brasileira radicada em Portugal: Blaya. Da troca de experiências saiu uma nova versão de “Faz Gostoso” que, apesar de todos os apelos dos fãs, não ganhou videoclipe.
Funk in Rio
O crescimento do funk foi tão nítido que o gênero ganhou um show inteirinho em sua homenagem no Rock in Rio – além claro de Anitta no Palco Mundo. No Palco Sunset, a Funk Orquestra, formada por 28 jovens músicos de algumas das principais orquestras sinfônicas do Rio de Janeiro, além de Buchecha, Fernanda Abreu, Cidinho e Doca e Ludmilla quebraram tudo levando uma multidão (mesmo! Era quase impossível transitar por perto) para o palco secundário do festival. O Rock in Rio ainda colocou no line-up deste ano nomes como Lellê, Heavy Baile e Tati Quebra barraco. Logo após o encerramento do festival, Ludmilla liderava uma enquete para possíveis atrações de 2021 com votação popular. Será que o funk vai ter ainda mais espaço na próxima edição?
P!nk
Demorou 20 anos para que P!nk incluísse o Brasil em uma de suas turnês e cada minuto da apresentação da cantora no Rock in Rio valeu a espera. P!nk mostrou aqui o que a faz ser uma das artistas mais talentosas de sua geração: ela repassou grandes hits, fez discursos inclusivos, muita simpatia e carisma e… VOOU! A cantora terminou o show por cima dos fãs que se amontoavam entre as torres de retransmissão do Parque dos Atletas. No final das contas, P!nk e Anitta tiveram os shows que mais impactaram as redes sociais e impulsionaram até a audiência da TV Globo no horário da madrugada.
Sandy & Junior
Se o Rock in Rio coloca 100 mil pessoas para, em média, 20 atrações diárias, que tal o mesmo público para ver apenas dois artistas? Sandy & Junior fizeram exatamente isso no que foi apenas o show final de uma super turnê lucrativa. “Mais de 100.000 pessoas reunidas celebrando, cada uma do seu jeito, na mesma sintonia. Tudo isso vai deixar uma saudade imensa e lembranças incríveis! Obrigado a cada um que viveu esse sonho com a gente. Obrigado a cada pessoa que fez tudo isso ser possível!”, escreveu Junior no show de encerramento, o 19º de um montanha-russa de emoções. Para eles e para os fãs.
Claro que toda essa movimentação e emoção foi capitada em vídeo e em 2020 a gente ainda vai reviver a turnê “Nossa História” através de uma série para o Globoplay. Um DVD também é aguardado para o ano que vem.
Clima nostálgico no ar
O clima de nostalgia que o Brasil experimentou com Sandy & Junior também aconteceu lá fora e especialmente duas girlbands, que quase sempre deixaram os fãs na esperança entre muito disse-me-disse nas redes sociais, confirmaram um reencontro. As Spice Girls foram as primeiras e, mesmo sem Victoria Beckham, saíram em turnê pelo Reino Unido com ingressos esgotados e promessa de mais shows em 2020 – fala-se até em Brasil, não é Melanie C?
O Brasil pode também estar na rota do outro grupo feminino. As Pussycat Dolls estão de volta ao estúdio e, ao contrário das Spice Girls, não vão limitar o retorno apenas aos palcos. Um trecho de uma canção inédita foi apresentada ao vivo no “X-Factor Celebrity”, que marcou o reencontro público de cinco das seis integrantes, e um EP deve sair logo no início do próximo ano.
“Never Really Over”
Uma outra veterana que não nos deixou órfãos em 2019 foi Katy Perry. A cantora fez este ano algo que ainda não havia feito em pouco mais de uma década de carreira: lançar singles avulsos. A estratégia é completamente justificada após muitas críticas (errôneas ou não) ao último projeto lançado pela artista, o “Witness” (2017). Além das ótimas “Never Really Over”, “Small Talk” e “Harley’s In Hawaii”, Katy ainda participou de um remix do super hit “Calma”, de Daddy Yankee e Snow, e voltou às paradas no final do ano ao liberar para outras plataformas uma música de exclusividade da Amazon até então: a temática “Cozy Little Christmas”. Perguntada diversas vezes sobre um novo álbum, Katy chegou a dizer que não pensava nisso, mas voltou atrás na mesma rapidez devido à repercussão das faixas entre os fãs e novas inspirações.
Reconstruído
Certamente o ano de 2019 foi um ano de retornos. Voltando ao Brasil e de surpresa total, Tiago Iorc encerrou em maio com 13 faixas inéditas, todas cantadas em português e um clipe para cada uma. Tiago estava afastado da mídia e das redes sociais desde janeiro de 2018, quando anunciou seu período sabático. Ninguém sabia de seu paradeiro além de pessoas muito próximas ao artista. Na surdina, ele ainda produziu o álbum “O Tempo É Agora”, da Anavitória, e o novo projeto. Com “Reconstrução” veio um MTV Unplugged, o primeiro produzido no Brasil após o retorno oficial do projeto, uma turnê e vitória de “Desconstrução” no Grammy Latino deste ano.
Primeiros números #1
O ano de 2019 nos trouxe alguns artistas à ativa, incluindo dois que voltaram e já bateram no topo da Billboard. Com o single “Sucker” e o álbum “Happiness Begins”, os Jonas Brothers colecionaram primeiras vezes e premiações. A música estreou direto na Hot 100, a principal parada de singles dos Estados Unidos, dando aos irmãos o primeiro número um no ranking. Além disso, os Jonas Brothers também apareceram pela primeira fez na liderança da Artist 100, a parada social da Billboard.
O álbum fez bonito nas paradas também dando mais um número um na Billboard 200, o ranking de álbuns dos EUA e estreou em 2º no Reino Unido. O retorno ainda tem chance de ganhar um Grammy. Depois de aparecer na premiação como candidato a “Melhor Artista Revelação”, para 2020 “Sucker” pode levar o prêmio de “Best Pop Duo/Group Performance”.
Selena também voltou e levou seu primeiro número um na Hot 100. A balada “Lose You to Love Me” levou a melhor em termos de popularidade em novembro. Até então a melhor colocação de Selena no ranking havia sido em quinto lugar com as músicas “Same Old Love” em 2016 e “Good For You” em 2015. A repercussão coloca mais expectativa para o primeiro álbum da cantora desde 2015. O “Rare” sai no dia 10 de janeiro. “O álbum levou anos para ficar pronto. Coisas que começaram lá no início estão sólidas e ainda fazem parte do meu álbum. Outras apareceram naturalmente. Foi tão fácil. Eu não deveria dizer isso, porque na verdade foi um pesadelo, mas foi muito fácil para mim, quando me sentei e ouvi: ‘é exatamente assim que deveria soar’”, declarou sobre o novo projeto.
Taylor x Scooter
Não dá para falar de 2019 sem uma das maiores polêmicas do ano. No final de junho, Taylor surpreendeu a todos ao publicar uma carta aberta informando a todos que sua ex-gravadora, a Big Machine Records, havia sido adquirida pelo empresário Scooter Braun – que gerencia carreiras como Justin Bieber, Ariana Grande, Demi Lovato e J Balvin. “Por anos eu pedi, implorei por uma chance de ser dona do meu trabalho. Em vez disso, tive a oportunidade renovar com a Big Machine Records e ‘ganhar’ um álbum de volta de cada vez, um para cada novo que eu entregasse. Eu fui embora porque sabia que uma vez que assinasse esse contrato, Scott Borchetta venderia a gravadora, vendendo assim a mim e meu futuro. Eu tive que fazer a escolha excruciante de deixar para trás o meu passado. Músicas que escrevi no chão do meu quarto e vídeos que sonhei e paguei com o dinheiro que ganhei tocando em bares, depois clubes, depois arenas, depois estádios. Algumas curiosidades sobre as notícias de hoje: soube da compra das minhas gravações originais pelo Scooter Braun, conforme anunciado ao mundo. Tudo o que eu conseguia pensar era no incessante e manipulador bullying que eu recebi de suas mãos por anos. Quando deixei meus ‘masters’ nas mãos de Scott, fiquei em paz com o fato de que, eventualmente, ele os venderia. Nunca em meus piores pesadelos imaginei que o comprador seria Scooter”, escreveu Taylor. A polêmica se desenrolou em ameaças de morte, disse-me-disse e negação de ambas as partes. “Eu me coloco disponível a qualquer momento que funcionar para você. Muitos falaram que uma reunião nunca aconteceria e isso não é sobre verdade ou solução”, disse Braun.
O assunto se estendeu até recentemente quando Taylor foi a “Artista da Década” da Billboard. Em seu discurso, Taylor afastou a rixa com Scooter e focou em um debate mais amplo enfatizando a importância dos artistas serem donos de sua própria arte. O assunto também foi pauta de uma longa entrevista dada à revista da Billboard. “Nós temos que pensar em como lidar com gravações master, porque isso não é certo. Quando eu me posicionei e falei sobre isso, eu vi muitos fãs dizendo, ‘espere, os criadores desse trabalho não são os donos desse trabalho?”, disse. Uma solução pode começar a tomar forma em 2020 que é quando Taylor será liberada por contrato e poderá regravar sua discografia (ou parte dela) e se tornar dona das “novas” masters.
Taylor e Katy em paz
Polêmica com Scooter Braun à parte, felizmente o ano de 2019 foi um ano colorido para Taylor Swift. A cantora usou uma metáfora – a cobra (lá do álbum “Reputation”) virando borboleta (presente nas ilustrações do novo “Lover”) – para fortalecer sua mudança de postura. A cantora veio mais leve, mais sorridente, menos agressiva e voltando a momentos no passado para resolver pendências. Uma delas foi bastante debatida em 2015 quando “Bad Blood”, música do álbum “1989” saiu. Para muitos, a faixa e o clipe eram uma direta sobre seu até então relacionamento com Katy Perry. Mas tudo isso são águas passadas e as duas selaram publicamente a paz se abraçando no vídeo de “You Need to Calm Down”, um hino destinado aos haters.
“Eu posso confiar nela e ela pode confiar em mim. E vamos nos ver nos corredores da indústria da música e não vamos nos evitar, vamos abraçar isso. Eu acho que essa é uma ótima oportunidade de mudança e espero que as pessoas possam aprender com isso”, disse Katy sobre o novo momento para uma rádio norte-americana. Ah, e ambas estão abertas a uma colaboração musical.
Brumilla
O 2019 foi um ano libertador para Ludmilla, em vários sentidos. O início de uma mudança na vida pública da cantora veio em junho quando a cantora de “Verdinha” assumiu para os seguidores e mídia o seu namoro com a dançarina Brunna Gonçalves dizendo que “Espelho”, que está no projeto “Hello Mundo”, foi composta para ela. Após o anúncio, Lud ainda enfrentou preconceitos não apenas via redes sociais e confessou também ter perdido contratos publicitários.
No fim, O AMOR! Lud e Brunna se casaram após um ano de namoro, no aniversário da dançarina, e de surpresa! Ludmilla surpreendeu Brunna em uma festa que ela achava que apenas celebraria mais um ano de vida e providenciou um casório no jardim de casa com presença de amigos e familiares. “Por mais que desde o primeiro beijo eu realmente soubesse que você era a minha alma gêmea, eu nunca pensei que você poderia fazer tudo do jeito mais perfeito que nem nos meus melhores sonhos eu consegui imaginar”, escreveu Brunna agora Oliveira no Instagram. A gente só tem a desejar mais amor ainda para vocês duas! <3
Adeus no auge
Enquanto a gente celebrou a união de uma das cantoras mais queridas do Brasil, a gente se despedia de uma grande promessa. No auge do sucesso, Gabriel Diniz nos deixou no final de maio após um acidente de avião. O cantor havia tomado um voo fretado em Salvador, depois de um show na cidade de Feira de Santana, também na Bahia, e estava retornando para casa para fazer uma surpresa para a noiva. A repercussão foi imediata já que Gabriel havia acabado de tomar o Brasil com a música “Jenifer”.
Uma das respostas mais bonitas veio através de música. Whindersson Nunes chorou a morte do amigo com um vídeo no Instagram e que posteriormente ganhou uma versão em estúdio e com participação de Priscilla Alcântara. “Girassol” estreou no Top 5 do Spotify Brasil com 546 mil reproduções em apenas 24 horas. “Acho que vocês fizeram isso pelo impacto que a própria música teve na vida de vocês. Vocês só estão passando pra frente aquilo que sentem. Isso é o que eu mais desejo pra minha arte, o que é honesto, verdadeiro e orgânico”, comentou Priscilla sobre o sucesso orgânico da parceria.
Que eu seja eternamente como um girassol, de costas pro escuro e de frente pra luz
Crescimento K-POP
Ano após ano, o mercado do pop coreano registra crescimentos exponenciais mundiais e é fato afirmar que quem até então não havia sido impactado não escapou em 2019. O ano foi exatamente assim, de mais recordes, de mais expansão e de mais conquistas. O gênero dominou as paradas mundiais de álbuns, registrou seu primeiro videoclipe com 1 bilhão de visualizações no YouTube (“DDU-DU DDU-DU”, do BLACKPINK), virou categoria no VMA 2019, pisou pela primeira vez no palco do Coachella com o BLACKPINK e ganhou atenção de artistas de outros gêneros e segmentos que se uniram em parcerias como Halsey, Zara Larsson, Charli XCX, Lauv e Juice Wrld.
E os grandes méritos não vem se resumindo só a BTS ou BLACKPINK. Outros grupos vem pegando carona nesses dois, indiscutivelmente os mais populares, e abocanhando um pedacinho da atenção e mercado mundial. A RCA Records, por exemplo, entrou no filão do K-Pop e contratou o seu próprio grupo, o ATEEZ. A Billboard colocou o EXO no topo das melhores músicas de k-pop de 2019, lista que ainda tem GOT7, Red Velvet e TWICE, além de novidades como o grupo TXT.
No entanto, não só de manchete positiva viveu o k-pop em 2019. Vários foram os casos de denúncia de acusações de abuso sexual, de assédio moral, trabalho excessivo e até suicídios.
Ariana Grande
Um segundo álbum em seis meses logo após o rompimento de um noivado. O que tinha tudo para se um trabalho afobado se tornou no maior acerto da carreira da Ariana Grande. Tanto o álbum quanto a música “thank u, next” estão entre os lançamentos mais bem sucedidos e vendidos de 2019 com muitas quebras de recordes e indicações em diversos prêmios musicais. Ari é uma das maiores forças musicais da era do streaming e além de ser a cantora mais ouvida da década no Spotify, ultrapassou já em dezembro a marca de 62 milhões de ouvintes mensais retomando o recorde de maior número de ouvintes mensais de uma artista feminina no Spotify.
Para a revista People e para o site da Billboard, “thank u, next” foi o melhor álbum do ano e o projeto foi incluído em praticamente todas as listas de finais de ano. Para coroar uma turnê lucrativa e um álbum ao vivo – quebrando ainda mais recordes: o segundo maior álbum ao vivo do Spotify, pelo menos quando se trata da estreia, com 8,5 milhões de reproduções apenas no primeiro dia. Ari é outra artista que pode coroar o trabalho de 2019 com um Grammy. Ela concorre em cinco categorias incluindo “álbum do ano” e “gravação do ano” por “7 rings”.
Os “novatos”
Ariana foi uma que dominou 2019. Isso é fato, mas a cantora dividiu a atenção com uma leva de novatos que revirou as paradas e trouxe frescor para a programação das rádios. Billie Eilish antes mesmo de completar 18 anos tinha 6 indicações ao Grammy (e é a favorita ao prêmio em janeiro), tapete vermelho da indústria totalmente estendido para ela com altos elogios e quebras de recordes. Ela é a dona do álbum mais vendido no mundo em 2019, o melhor do ano pelo NME, a artista do ano e a melhor música pela Billboard, pela Variety, fez nossa felicidade marcando logo sua vinda ao Brasil para 2020 (eba!) e todo mundo quis um pedacinho dela – fala-se em possíveis colaborações de BTS passando por Rosalía e Camila Cabello.
Assim como Billie, Lizzo também batalhou para finalmente ter o reconhecimento que merece. A cantora lançou seu terceiro álbum de estúdio, o “Cuz I Love You” em 2019, mas uma cena de um filme da Netflix mudou sua vida e a faixa de 2017 voou. “Truth Hurts” conseguiu engajamento da mídia norte-americana, das redes sociais e parou no topo da Billboard em setembro. A cereja do bolo na verdade foram oito – oito indicações ao Grammy incluindo “Artista Revelação”, “Álbum do Ano” e “Gravação do Ano”.
Se Billie e Lizzo já possuíam músicas antes de estourar 2019, Lil Nas X mal tinha saído da casa dos pais. O artista ainda morava de favor na casa da irmã quando comprou uma base, criou “Old Town Road” e viralizou através do Tock Tok. Depois veio Billy Rae Cyrus e a dominação na Hot 100 quebrando um recorde desde 1995: a parceria superava as 16 semanas de “One Sweet Day”, da Mariah Carey e Boyz II Men, e se tornava a música com mais tempo de permanência no topo do ranking por 19 atualizações! Não foi apenas na Hot 100 que ele quebrou recordes: também com 19 semanas no primeiro lugar das paradas Hot R&B/Hip-Hop Songs e Hot Rap Songs, “Old Town Road” agora tem sozinha o recorde de música com o maior número de semanas no topo dessas duas listas da Billboard.
19x Mariah
Mariah Carey encerrou a década conquistando sua 19ª liderança na Billboard Hot 100, a parada de singles dos Estados Unidos. É um recorde e se deu em contexto inusitado. A chegada ao topo se deu com “All I Want For Christmas Is You”, seu clássico natalino lançado em 1994. A música nunca havia alcançado o 1º lugar da parada e se beneficiou dos métodos contemporâneos de contagem das paradas da Billboard – que levam em conta os streamings e ignoram se a música é, de fato, um single ou não.
“All I Want For Christmas Is You” é uma tradição do Natal e, chegado dezembro, o número de streams da música tende a aumentar. Mariah, inclusive, quebrou um novo recorde: música com mais streams em um dia. No dia 24 de dezembro, a faixa registrou 12 milhões de reproduções no Spotify, sendo a mais ouvida do mundo. Para comemorar o sucesso da canção, 25 anos após seu lançamento, Mariah estreou um clipe atualizado – e ele já está com 30 milhões de visualizações.
Eterno fenômeno
O grupo RBD lançou seu último álbum em 2009, mas os fãs nunca deixaram o nome do sexteto morrer e cair no esquecimento. Os pedidos de reunião são diários e, em 2019, o empresário e produtor por trás do RBD, Pedro Damián, alimentou tais esperanças. Em entrevista ao POPline, o mexicano disse ter sido sondado por produtores brasileiros para a realização de uma miniturnê de quatro shows aqui no país. A declaração foi o suficiente para um frisson mundial: RBD nos palcos novamente? Como assim?
Para completar, no mesmo período, a então sumida Anahí voltou aos holofotes com um podcast semanal. No programa, já recebeu Christian Chávez e, juntos, cantaram músicas como “Rebelde” e “Feliz Cumpleaños”. Mas dava para melhorar. De surpresa, Alfonso, Anahí, Christian, Christopher, Dulce e Maite postaram a mesma foto ao mesmo tempo no Instagram, mostrando para os fãs que todos haviam se encontrado pela primeira vez em 11 anos. A geração rebelde agradece!