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Resenha ROCKline: Shows de Slipknot e Bring Me The Horizon no Rio

Slipknot | Foto: Daniel Croce

Quinta feira, 15 de dezembro de 2022. Faltam 10 dias para o natal e os fãs de metal ganharam o presente do Papai Noel antecipadamente: os dois shows incríveis do Bring Me The Horizon e do Slipknot na Jeunesse Arena no Rio de Janeiro.

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Fazendo jus as suas origens, o Bring Me The Horizon entrou no palco com pontualidade britânica: eram 20h30 e Oli Sykes e seus companheiros encararam um público que também estava ali por eles e não somente por Corey Taylor e seus amigos mascarados. Com a galera nas mãos, o show foi um desfiles de hits e deixou ainda mais claro que o tamanho da banda hoje – gigante – é inquestionável!

Resenhas dos shows de Slipknot e Bring Me The Horizon no RJ | Foto: Instagram (@bringmethehorizon)

Você olhava ao redor e era todo mundo cantando junto, numa sintonia que entregava que a noite perfeita estava acontecendo sim! Em vários momentos, chegava a ser difícil ouvir Oli cantando devido ao coro que ecoava no local. Com um palco robusto, projeções em vídeo que hipnotizavam até o mais reticente dos metaleiros e um som nítido, o Bring Me The Horizon se consolidou de vez como uma atração que, em um futuro show solo por aqui, pode repetir uma Jeunesse Arena sem medo de ser feliz. Com Sykes interagindo em português na maioria do tempo – hoje o cara mora em Taubaté/SP com a esposa brasileira, a modelo Alissa Sals – a conexão ficou ainda mais profunda com o público.

A troca de palco durou exatos 30 minutos. Eram 22h quando “For Those About To Rock” do AC/DC começou a tocar, as luzes se apagaram e essa foi a senha para alertar a todos que o Slipknot estava chegando. E se tem uma coisa que nunca dá as caras em um show dos americanos é a decepção. Com um setlist que abraçou todas as fases da banda, o Slipknot já não faz mais um show e sim um culto.

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Resenhas dos shows de Slipknot e Bring Me The Horizon no RJ | Foto: Daniel Croce

Você olha ao redor e todo mundo está em transe, numa sintonia que poucos artistas na história da música conseguem. Corey Taylor sabe disso e comanda a “missa” com uma segurança que impressiona. Cada pedido é uma ordem e isso torna a experiência ainda mais intensa, catártica. E no final, todo mundo sai suado, feliz e com a certeza de que, se a banda resolvesse tocar noite adentro, ninguém ia reclamar, muito pelo contrário. Mas o culto termina com a sensação de quero mais…

A lamentação fica por conta do Knotfest não ter uma data carioca. O Rio de Janeiro tem o local para que ele aconteça, que é a Jeunesse Arena. Tem a banda que arrasta a multidão – a anfitriã – só não tem uma justificativa para não acontecer. Nós merecíamos isso. Quem sabe, na próxima edição, os fãs do Rio não sejam agraciados com esse presente? A gente fica aqui na torcida!

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