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Resenha: Pet Shop Boys faz uma verdadeira viagem pelos 30 anos de carreira no Rock In Rio

O Rock In Rio tem o costume de misturar vários estilos musicais em uma única noite e eventualmente chega a buscar dentro de um mesmo gênero, atrações para agradar do novinho a quem já está nesta estrada pop há alguns anos.

Se em 2011, Elton John deu uma aula para fãs da Rihanna e Katy Perry que esperavam suas musas, na noite desta sexta-feira (15) foi a vez do Pet Shop Boys mostrar que muito antes de Little Monsters pregarem a diversidade e liberdade entoados pela mãe Lady Gaga, Neil Tennant e Chris Lowe já batalhavam espaço e hasteavam a bandeira colorida.

O visual brilhante e com capacetes gigantes sempre foi uma das marcas dos britânicos e nos shows, a pirotecnia é tratada quase como um terceiro integrante. Um investimento que inspirou o que são hoje os grandes shows de música eletrônica e é isso o que o Pet Shop Boys se propõe a fazer em mais de 30 anos de estrada e levou para o Rock In Rio! Uma ampliada versão do Palco Eletrônica.

Depois de abrir o show com “Inner Sanctum”, faixa do 13º disco de estúdio da banda liberado ano passado, a dupla foi direto para o início dos anos 1980 com “Opportunities” para mostrar de cara a farta bagagem. Esse vai e vem se estendeu durante todo o show que começou a esquentar para a maior parte da plateia apenas em “West and Girls”, algo esperado já que é uma das músicas mais famosas do PSB, e quando Neil falava em português. “Brasil, nós somos o Pet Shop Boys (em português). Esta música você nos deu”, disse já em inglês sobre a canção de 1996 “Se a Vida É”, inspirada nos ritmos brasileiros, e que claramente não poderia faltar no setlist.

“Inner Sanctum”
“Opportunities (Let’s Make Lots of Money)”
“Burn”
“Se A Vida É (That’s The Way Life Is)”
“West and Girls”
“Home and Dry”
“The Enigma”
“Vocal”
“Sodom and Gomorrah Show”
“It’s a Sin”
“Devices”
“Go West”
Bis:
“Domino Dancing”
“Always On My Mind”

Para quem conhece a banda a finco, o show é um resumão da contribuição do Pet Shop Boys à música pop, que deve ser enaltecida, e uma prova da longevidade respeitável da dupla. Para os mais novos, acostumados com shows movimentados, trocas de figurino e de cenário, ver Neil quase careca e com os poucos fios já brancos pode ter sido monótono e com raras lembranças de alguma música aqui ou ali. Mas aqui está a beleza dessa mistura de festival!

Em uma época que a música é tão efêmera, que se não entrar para o chart na próxima semana já está velha e fãs pedem o próximo “hino”, ver as bandas e clássicos ao vivo, verdadeiros hinos mesmo de uma geração, é louvável. Um pouco de história sempre é necessário.

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