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“Reputation”: Taylor Swift escreve textão em prólogo do álbum. Leia!


O álbum novo da Taylor Swift, “Reputation”, sai na próxima meia-noite: é o lançamento mundial mais aguardado do fim deste ano, com altas expectativas de vendas. O CD já chegou a algumas lojas internacionais e, depois do vazamento da tracklist, os fãs agora podem ler também um prólogo que a cantora escreveu especialmente para o encarte do álbum. É a primeira vez que a popstar se pronuncia sobre o trabalho novo, já que ela não aceitou dar nenhuma entrevista desde que lançou o single “Look What You Made Me Do”. O POPline traduziu o texto na íntegra e você pode ler abaixo. Confira:

Aqui vai algo que aprendi sobre as pessoas.

Nós pensamos que conhecemos alguém, mas a verdade é que só conhecemos a versão que eles mostraram para nós. Nós conhecemos nosso amigo de uma maneira, mas não o conhecemos da maneira que seu amor o conhece. Da mesma maneira que o amor dele nunca vai conhecê-lo da mesma maneira que você o conhece como amigo. Sua mãe o conhece de uma maneira diferente de seu colega de quarto, que o conhece de uma maneira diferente de seu colega. Seu admirador secreto o olha e vê um pôr do sol elaborado de brilhantes cor, dimensão e espírito, impagável. E ainda um estranho vai passar por essa mesma pessoa e ver um membro sem rosto da multidão, nada além disso. Nós vamos ouvir rumores sobre uma pessoa e acreditar que essas coisas são a verdade. Nós vamos encontrar essa pessoa algum dia e nos sentirmos insensatos por acreditar em fofoca sem fundamento.

Essa é a primeira geração que vai poder olhar para trás em sua vida inteira documentada em fotos na Internet, e juntos vamos descobrir as consequências disso. Ultimamente, postamos fotos online para fazer uma curadoria do que os estranhos pensam sobre nós. Mas nós acordamos, nos olhamos no espelho e vemos marcas, cicatrizes, manchas, e nos encolhemos. Nós esperamos que algum dia encontremos alguém que vai ver essa mesma cara matinal e, ao invés disso, enxergará seu futuro, seu parceiro, sua eternidade. Alguém que ainda vai nos escolher mesmo quando ver todos os lados da história, todos os ângulos do kaleidoscópio que você é.

O ponto é que, apesar de nossa necessidade de simplificar e generalizar absolutamente todos e tudo nessa vida, humanos são intrinsecamente impossíveis de simplificar. Nunca somos apenas bons ou maus. Somos um mosaico de nossas piores e melhores versões, nossos segredos mais profundos e nossas histórias favoritas para contar em um jantar, existindo alguém entre nossa foto de perfil iluminada e nossa foto da carteira de motorista. Todos somos uma mistura de egoísmo e generosidade, lealdade e autopreservação, pragmatismo e impulsividade. Tenho estado aos olhos do público desde que tinha 15 anos de idade. No lado bonito e amável disso, tenho sido sortuda por viver de música e olhar para multidões de pessoas amáveis e vibrantes. Do outro lado da moeda, meus erros têm sido usados contra mim, meu coração partido tem sido usado como entretenimento, e minhas composições têm sido trivializadas como muita autoexposição.

Quando esse álbum sair, blogs de fofoca vão vasculhar as letras para ver a que homens eles podem atribuir cada música, como se inspiração para música fosse simples e básica como um teste de paternidade. Haverá slideshows de fotos mostrando cada teoria incorreta, porque é 2017 e se você não viu uma foto de alguma coisa é porque ela não poderia ter acontecido, certo?

Deixe-me dizer de novo, mais alto para quem está distante…

Nós pensamos que conhecemos alguém, mas a verdade é que nós só conhecemos a versão que elas escolhem nos mostrar.

Não haverá nenhuma explicação.
Haverá apenas reputação.