Recentemente a cantora Hayley Williams, do grupo Paramore, recebeu críticas pela letra do seu hit “Misery Business”, acusado de ser Anti-feminista. Ela se explicou: “Eu era uma garota de 17 anos quando escrevi a letra em questão e, se eu puder exemplificar de alguma forma o que significa crescer, obter conhecimento e parecer mais ligada, assim o farei”, disse.
Observando essa situação, dá pra relembrar algumas outras cantoras que já se arrependeram de suas letras. Um exemplo clássico é Katy Perry. “Ur So Gay” foi lançada quando ela tinha 22 anos e foi uma das primeiras músicas de sua carreira. A cantora alimenta estereótipos: “você é tão gay e nem gosta de garotos”, canta ela. Em 2008, ela explicou que não tinha essa intenção: “eu não sou o tipo de pessoa que anda por aí chamando tudo gay. Essa música é sobre um cara específico que eu costumava namorar e problemas específicos que ele teve. A música é sobre o meu ex que tirava fotos emo de si mesmo no espelho do banheiro. Os ouvintes devem ler o contexto da música e decidir por si mesmos”, comentou.
Taylor Swift também tem seu arrependimento. Em “Picture To Burn”, de 2006, ela canta: “Eu percebi que você ama a si mesmo mais do que jamais poderia me amar. Então vá e diga a seus amigos que eu sou obsessiva e louca. Tudo bem, vou dizer para as minhas que você é gay”, canta ela, em livre tradução. Parece meio problemático, não? Ela falou sobre isso em uma entrevista à MTV: “Agora, a maneira como eu diria isso e a maneira como sentirei esse tipo de dor é muito diferente”, mas ela não se arrepende, “eu olho para trás na gravação que eu fiz quando tinha 16 anos e fico feliz por ter conseguido. Eu tenho que imortalizar essas emoções, quando você está tão bravo, você odeia tudo. É como gravar seu diário ao longo dos anos, e isso é um presente”, completou.
Ela não canta a música desde 2010 e a parte considerada ofensiva foi editada do clipe e da música.
“Ultraviolence” é o nome do álbum lançado por Lana Del Rey em 2013, mas ela se arrepende do teor violento da faixa-título. “Ele me bate e eu sinto como se fosse um beijo”, canta. Ela falou sobre isso ao site Pitchfork: “Eu não gosto. Eu canto a faixa, mas não essa parte. Ter alguém agressivo em um relacionamento era o único relacionamento que conhecia. Não vou dizer que essa [letra] foi 100% verdadeira, mas sinto-me à vontade para dizer o que eu costumava ser um relacionamento difícil e tumultuado, e não era por minha causa”, completa.
É certo dizer que as pessoas mudam e evoluem, não é mesmo?