Nas últimas grandes premiações americanas, o movimento “Time’s Up” teve grande força. O objetivo é usar a visibilidade dos artistas para lutar contra a desigualdade de gênero e assédio sexual na indústria. No Grammy, esse assunto também deve ser abordado e deve ser por meio da Kesha e uma performance da emocionante de “Praying”.
Em entrevista ao Daily Beast, o produtor da premiação Ken Ehrlich não confirma se terão ações diretas com a campanha, mas cita Kesha como uma maneira de dar esse espaço. “Ela cantará ‘Praying'”, ele disse. “E sem qualquer julgamento editorial, todos nós sabemos sobre o que é essa música e o que ela fala”, completou.
“Praying” é um hino de libertação da cantora. Ela tem lutado contra seu ex-produtor Dr. Luke, a quem acusa de assédio sexual e limitações em sua carreira. “Você disse que eu estava acabada. Bem, você estava errado e agora o melhor ainda está por vir”, canta ela.
“Mesmo que nada tenha acontecido nos últimos meses, achamos que seria importante dar para ela uma plataforma para cantar essa música que teve uma recepção forte, particularmente com audiência feminina” comenta Ehrlich. “Então estávamos realmente pensando em fazer isso antes das polêmicas surgirem. Eu acho que vai acabar sendo uma parte importante do show”, completa ele, se referindo a onda de acusações de assédio sexual contra astros de Hollywood.
Kesha está concorrendo com “Praying” na categoria “Best Pop Solo Performance”. Seus concorrentes são “Love So Soft” (Kelly Clarkson), “Million Reasons” (Lady Gaga), “What About Us” (P!nk) e “Shape Of You” (Ed Sheeran). A premiação vai ao ar no dia 28 de janeiro.