O rapper Boosie Badazz está travando uma batalha judicial contra Mark Zuckerberg. Durante uma recente entrevista para o canal no YouTube VladTV, o artista de 38 anos de idade revelou que está processando o empresário em 20 milhões de dólares após ter vítima de discriminação racial no Instagram em agosto deste ano.
De acordo com o rapper, a plataforma suspendeu sua conta e isso teve um grande impacto em seus empreendimentos comerciais: “Zuckerberg fez com que alguns de meus empreendimentos comerciais caíssem, então estou processando ele agora”, disse Boosie.
“Eu tinha 10 milhões de seguidores. Você está f****** minha renda. Não vou processar por 300 bilhões de dólares… Só estou processando por $20 milhões de dólares”.
Para o Boosie, a suspensão da conta no Instagram envolve discriminação por conta de sua raça, afirmando também que essa não é a primeira vez que esse tipo de violação acontece:
“Esta é a primeira vez que meu Instagram foi [tirado] de mim. Então você pode devolver o Instagram de outras duas milhões de pessoas por coisas depreciativas que elas fizeram?… Isto é discriminação. Alguma coisa está errada.”
“Meu povo negro está começando a me dizer: Boosie, este homem é racista. Ele sabe que você tem força na comunidade negra e os faz sorrir todas as manhãs. Por que ele não está lhe devolvendo sua página?. Ele pode estar tentando nos impedir de sorrir”.
A imprensa norte-americana, no entanto, noticiou que a conta de Boosie no Instagram foi desativada devido ao conteúdo sexualmente explícito apresentado em suas transmissões ao vivo.
Em agosto, Boosie fez um apelo a Zuckerberg. Porém, ao falar sobre o empresário, acabou errando seu nome, dizendo Mark “Zuckinberger”. Isso, para o rapper, está sendo o motivo pelo qual sua conta não voltou a ser atividade: “Alguém deve estar louco porque eu disse errado o nome deles e eles estão tentando me castigar”.
Acusações de discriminação nas redes sociais são frequentes
É importante dizer que essa não é a primeira vez que redes sociais são envolvidas em polêmica sobre discriminação. No Twitter, por exemplo, internautas se uniram para expor que os algoritmos projetado para otimizar a visualização de imagens no feed da rede social acaba ocultando pessoas negras.
I wonder if Twitter does this to fictional characters too.
Lenny Carl pic.twitter.com/fmJMWkkYEf
— Jordan Simonovski (@_jsimonovski) September 20, 2020
A plataforma até chegou a emitir um comunicado, dizendo: “Não encontramos evidências de preconceito racial ou de gênero em nossos testes. Mas está evidente que temos mais análises para fazer. Continuaremos a compartilhar o que aprendemos, quais ações tomamos e abriremos o código para que outros possam revisar e replicar”.
We tested for bias before shipping the model & didn't find evidence of racial or gender bias in our testing. But it’s clear that we’ve got more analysis to do. We'll continue to share what we learn, what actions we take, & will open source it so others can review and replicate.
— Twitter Comms (@TwitterComms) September 20, 2020
Já no Instagram a discriminaçõ também acontece. Influenciadores negros resolveram fazer um teste para ver a funcionalidade dos algoritmos, como foi o caso de Sá Ollebar. Ela publicou fotos só de mulheres brancas em seu feed após ver seus números de seguidores e likes diminuírem. O resulto, segunda Sá, foi um aumento nas interações após a publicação do post.
Além disso, em agosto deste ano, o Instagram removeu uma foto de um internauta Rafael Lugão, que aparece beijando seu namorado, alegando que o clique “vai contra as diretrizes da comunicade”.
O INSTAGRAM REMOVEU UMA FOTO DE 2 HOMENS SE BEIJANDO PQ ISSO VAI CONTRA AS DIRETRIZES DA COMUNIDADE. HOMOFOBIA!!!!
— • Lugão Rafael • (@RafaelLugao) August 29, 2020