R. Kelly foi considerado culpado das acusações de extorsão e tráfico sexual de mulhers e menores de idade, no julgamento que aconteceu nesta segunda-feira (27), em Nova York, nos EUA. A informação foi confirmada pelo gabinete oficial em publicação no Twitter.
O artista foi apontado como líder de um esquema de décadas para recrutar mulheres e meninas menores de idade. De acordo com o “The New York Times”, ele ficou sentado sem reação no tribunal ao receber o veredito dado pelo júri.
R. Kelly deixa corte / Foto: Getty Images
A sessão teve inicio nesta tarde no tribunal federal do Brooklyn, onde Kelly respondia por uma acusação de extorsão e oito acusações da Lei Mann, uma emenda federal dos EUA que trata de tráfico sexual. Kelly agora enfrenta décadas de prisão, caso seja condenado por outras acusações em Chicago. Com a martelo batido, a audiência de sentença está marcada para em maio de 2022.
Com um total de seis semanas até o veredito final, os promotores apresentaram testemunhos gráficos e perturbadores sobre os abusos sexuais que ele cometeu. Onze de suas vítimas testemunharam contra ele no tribunal.
R. Kelly Foto: Antonio Perez – Pool via Getty Images
Além das 11 vitimas, 45 pessoas testemunharam contra o cantor, de 54 anos, incluindo nove mulheres e dois homens, em sua tentativa de retratar Kelly como o chefe de uma organização criminosa que lhe permitiu atacar mulheres e menores durante os últimos 30 anos.
R. Kelly has been convicted of racketeering by a federal jury in Brooklyn
— US Attorney EDNY (@EDNYnews) September 27, 2021
Já a defesa do cantor se concentrou em pequenas mudanças de relatos entre as testemunhas, tentando convencer os jurados de que todas as atividades sexuais entre ele e as vítimas tinham sido consensuais.
R. Kelly, que triunfou nos anos 1990 e no início dos anos 2000 com diversos hits do R&B, enfrentou acusações de má conduta sexual por décadas, mas só foi julgado uma vez por pornografia infantil, processo do qual foi absolvido. Mas, desta vez, a punição foi implacável aos olhos do juri.
Procuradores federais acusavam o cantor de comandar um séquito de empresários, seguranças e outros que recrutavam mulheres e meninas para ele fazer sexo e abusar, além de produzir pornografia, inclusive infantil.
