Após decretar a prisão de Gusttavo Lima, a juíza Andrea Calado da Cruz, do TJPE, afirmou que o cantor demonstrou “alarmante falta de consideração pela Justiça” ao, conforme sustentam policiais, dar “guarida a foragidos”. Procurado pela polícia, ele é suspeito de ajudar na “fuga” de dois investigados, Aislla e José André da Rocha Neto. O casal, que já está na lista vermelha da Interpol, é um dos sócios da Vai de Bet, uma das casas de aposta investigadas por lavagem de dinheiro.
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Gusttavo Lima tem participação de 25% na Vai de Bet e, no dia 4 de setembro, celebrou seu aniversário na Grécia junto de Rocha Neto e Aislla. Eles foram em um avião particular, porém, na volta, somente o cantor desembarcou. Dessa forma, as autoridades apuram se o sertanejo agiu para acobertar os amigos, o que ele nega.
Conforme noticiado pelo jornal O Globo, para os policiais, Rocha Neto e Aislla podem ter ido para Cavala, também em território grego, ou para as Ilhas Canárias, na Espanha. Isso porque essas foram as duas localidades em que o voo de volta, com o cantor a bordo, fez escalas.
Para a juíza do TJPE, a ausência do casal no retorno “indica de maneira contundente que optaram por permanecer na Europa para evitar a Justiça”. E, além disso, Andréa afirma que, se tiver participado da evasão de Rocha Neto e Aislla, segundo indica a polícia, Gusttavo agiu com “conivência”, o que “compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”.
No momento, nem Gusttavo ou Rocha Neto e Aislla se entregaram à Justiça. Foi revelado na manhã desta terça-feira (24) que o cantor deixou o país rumo a Miami, nos Estados Unidos. O paradeiro do casal, contudo, é incerto e é por isso que ambos já estão na difusão vermelha da Interpol, uma lista de criminosos procurados globalmente, que serve para conectar as forças de segurança de todo o mundo.