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Quem é Saudade, cantor apontado como destaque da nova MPB?

Foto: saudade, Saulo Von Seehausen/Marina Vancini (Divulgação)

O cantor e compositor Saulo von Seehausen assumiu a personificação de Saudade dentro do universo musical, traduzindo para sua música o sentimento de nostalgia, em uma ambiciosa revisita às sonoridades mundialmente apreciadas da música brasileira.

Seu talento chamou atenção de grandes compositores, como Guilherme Arantes, sendo citado nominalmente pelo ícone como destaque e futuro da cena nacional. Desde o apelo e delicadeza da canção da bossa nova e MPB, à exploração de arranjos e texturas da Tropicália e psicodelismo, Saudade lançou o seu primeiro álbum chamado ‘jardim entre os ouvidos’ em novembro de 2020. Com nove canções conectadas como capítulos de um livro, o músico explorou o conceito de microuniversos ao trazer para sua obra toques biográficos.

Foto: saudade/Marina Vancini – Divulgação

Mas, afinal, quem é Saudade? Qual a sua trajetória? O artista é o destaque de hoje do “Quem é”. Lançado em fevereiro, o quadro do POPline.Biz é Mundo da Música traz nomes que estão dando o que falar no mercado como Brena Gonçalves, Hiran, Kika Boom, Luan Estilizado, Illy, DJ Guuga, Gabriela Rocha, Hotelo, Kant, Zé Vaqueiro, Malu, Diego & Victor Hugo, Krawk, Vitor Fernandes, Rai Saia Rodada, Salvador da Rima, Kawe, Nathan, MC Drika, OUTROEU e mais.

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Quem é Saudade?

Saudade mistura influências clássicas como Os Mutantes e Clube da Esquina com uma abordagem mais atual, passando por pianos e elementos eletrônicos à la Sufjan Stevens, Àsgeir e Tom Misch. Depois de fazer uma turnê pelos Estados Unidos em 2018 e 2019, saudade lançou o seu primeiro álbum chamado ‘jardim entre os ouvidos’ em novembro de 2020.

Com nove canções conectadas como capítulos de um livro, o músico explorou o conceito de microuniversos ao trazer para sua obra toques biográficos. Agora, entra em fase de pré-produção para seu próximo disco, no qual projeta tempos mais otimistas pelos quais o mundo inteiro anseia no momento. Dentro de seu portfólio ainda constam singles lançados em parceria com nomes como Gustavo Bertone (Scalene) e Luiza Caspary.

“É um momento sem precedentes e super complexo, principalmente para artistas independentes pra quem os shows tem tanto importância financeira, quanto de expansão de público. A internet possibilitou uma relação de maior proximidade com os fãs e de disseminação do trabalho dos artistas, mas ser o único meio viável como agora, não era uma realidade que imaginávamos ou para a qual nos preparamos. Acho que eu, como boa parte dos artistas, ainda estou entendendo como funcionar melhor nesses moldes – mas sinceramente sonhando muito com o momento de voltar aos shows presenciais”, revelou Saudade.

O artista antecipou que “para esse ano ainda teremos alguns lançamentos do ‘jardim entre os ouvido’s, entre clipes de músicas do álbum, versões repensadas de algumas músicas e um mini-doc contando um pouco das gravações”. E um desses lançamentos estreou hoje (25), o clipe de ‘segue o vento’, uma das faixas do seu último álbum.

Primeiro disco de saudade, ‘jardim entre os ouvidos’

Um dos trabalhos das artes plásticas mais comentados dos últimos séculos – e talvez o de mais difícil interpretação -, “O Jardim das Delícias Terrenas” é um tríptico do holandês Hieronymus Bosch que descreve a história do mundo a partir da criação. O delírio infernal na icônica obra se traduz nas inúmeras e excêntricas informações sobre o paraíso e as trevas, dividindo opiniões e alimentando mistérios até os dias de hoje.

Foi inspirado pelo polêmico quadro que o artista saudade decidiu pautar o seu primeiro álbum, não por acaso batizado de ‘jardim entre os ouvidos’. Cada canção seria um microuniverso dentro deste lugar interno para onde as pessoas são transportadas ao escutar música – sem precisar dar um passo sequer. “Logo no primeiro verso da introdução, convido o ouvinte a viajar comigo para este universo que é tão particular para cada um”, explica o artista, citando o que é cantado na faixa que dá nome à obra: “tento estar presente nos momentos // mas me ausento porque vou para dentro de mim demais”.

Ao seu lado nesta profunda viagem estão o baterista Bruno Bade, o baixista Leandro Bronze e o guitarrista Renan Vasconcelos, além de uma grande equipe técnica que também assumiu o projeto como seu. Gravado em um estúdio em Araras, cujo cenário através das janelas eram as montanhas da serra fluminense e o céu desanuviado de verão, o álbum trata sobre os impactos de um relacionamento vivido pelo artista e sua busca por um lugar no mundo em que ele apenas se bastasse.

Todas as faixas são acompanhadas de um lyric vídeo (fora dos modelos convencionais), produzido pela videomaker Beatriz Grieco, e por artes assinadas pelo artista Vinícius Tibuna – ambos responsáveis por trazerem todo o conceito da obra para a parte estética. Já a dupla de diretores HuFa ficou responsável pelo clipe de ‘segue o vento’.

Ouça as profundas e lindas canções de Saudade, abaixo:

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