A cantora Billie Eillish está fazendo escola. No estilo “indie pop new age”, a cantora paulista Just Bella tem como uma das principais referências a americana sucesso absoluto das paradas gringas. Com apenas 20 anos, Just Bella acolhe e traduz seus sentimentos em composições na língua inglesa e traz nas suas letras angústias, traumas causados pelos bullyings e agressões que sofreu na adolescência, além da depressão.
Assumidamente homossexual, Just Bella explora muito suas relações passadas, aprendizados e situações de conflitos para transpor na música suas experiências. Como é o caso da recém lançada, “Getting Cold”, música que marca o início de uma nova fase na carreira da cantora.
O projeto vem acompanhado de um videoclipe produzido pelo Coletivo Project, com assinatura do selo Dog Music Lab. Dona de uma voz suave e penetrante, o trabalho da artista conta também com referências como Dua Lipa e Neighbourhood para trazer um novo vigor à cena indie pop new age.
O single vem acompanhado de um clipe produzido com equipe apenas feminina, com direção de Bruna Torralba. No vídeo, o azul é predominante e representa a figura do psicólogo ali presente, que negligencia a angústia apontada por Bella na letra. Confira:
Mas, afinal, quem é Just Bella? Qual a sua história? A artista é o destaque de hoje do “Quem é”. Lançado em fevereiro, o quadro do POPline.Biz é Mundo da Música traz nomes que estão dando o que falar no mercado como Brena Gonçalves, Saudade, Hiran, Kika Boom, Luan Estilizado, Illy, DJ Guuga, Gabriela Rocha, Hotelo, Kant, Zé Vaqueiro, Malu, Diego & Victor Hugo, Krawk, Vitor Fernandes, Rai Saia Rodada, Salvador da Rima, Kawe, Nathan, MC Drika, OUTROEU e mais.
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Quem é Just Bella?
Ela começou a escrever aos sete anos e aos nove já tinha diversas letras em inglês. “As minhas primeiras lembranças são d’eu fazendo shows para as plantas de casa com três anos. Sempre almejei viver de música”, comenta Bella, que cursou Design Gráfico no Centro Universitário Belas Artes, mas trancou para se dedicar à música.
Parte de uma geração completamente conectada, Bella tem um histórico parecido com diversos dramas cotidianos de adolescentes. Em suas composições traz desde recorrentes fatos dessa parte da vida, como dores de términos, superações, relações de amizade, até as vivências relacionadas ao bullying na época da escola, feminismo, humilhação em sua cidade, a relação com as drogas, depressão e suicídio.
“Sempre fui muito isolada nos colégios, talvez por ser muito diferente, ter estilo próprio. Passei por muitos ataques virtual e pessoalmente, isso fere demais e não tinha outra opção senão escrever e recorrer à música para diminuir a minha dor”, comenta.
Entre as referências musicais, estão as bandas Twenty One Pilots, Beach House, Fazerdaze, Neck Deep, The 1975, Arctic Monkeys e as cantoras Avril Lavigne e Halsey. “Eu costumo dizer que Neighbourhood salvou a minha vida. Nos meus momentos mais difíceis, quando tudo que eu pensava era em acabar com a minha vida, eu escutava naquelas letras exatamente o que eu sentia e não me via mais sozinha”, conta Bella.
“Quero que minhas letras, meus sons, levem isso para as pessoas. Quero mostrar que tudo passa, vai doer, mas as coisas vão se ajeitar. E que as pessoas não estão sozinhas, tem sempre alguém que vai entender a sua dor”, complementa ela.
Aos 20 anos, a cantora, que foi criada no interior de São Paulo, define seu som como “indie pop new age” e está sendo lançada no mercado pelo selo DogMusicLab com produções musicais de André Nine, Nox e Eduardo Biasi.
“Getting Cold”, seu novo single, é sobre perder-se de si mesmo, perder o controle, esconder a verdade, mas também sobre pedir ajuda, buscar uma saída, reconhecer o fundo do poço e tentar levantar.
Dialogando com públicos cada vez mais diversos e expandindo fronteiras com um trabalho inovador, que mescla tensão e delicadeza para abordar temas como a superação da depressão, ansiedade e relacionamentos abusivos, a cantora vive um momento de transição, agora mais madura e assertiva com sua expressão artística.
Just Bella aposta em uma linguagem visual com estética refinada, trazendo uma mensagem de potência e emancipação frente aos problemas vividos em suas relações pessoais, temáticas que são grande fonte de inspiração na carreira da cantora. “Eu quero que seja intenso e seja pesado mas também que seja leve, bonito e delicado porque eu sou assim. Eu sou intensa, mas também carrego a sensibilidade e delicadeza”, afirma a cantora.