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Quem é Flor, filha de Seu Jorge radicada nos EUA que lança seu 1º EP?

Cantora de 21 anos contou ao POPline sobre o processo criativo do EP “Prima” e as influências do pai em sua música
No último dia 1º, a cantora carioca radicada nos EUA fez seu primeiro show no Rio, no palco do emblemático Circo Voador. Foto: Somethin’ Good

Imagina ter apenas 21 anos de idade, 3 de carreira e já ter uma parceria com ninguém mais ninguém menos que Marisa Monte? É a realidade de Flor, a filha mais velha de Seu Jorge, que acaba de lançar o seu EP de estreia. “Prima”, que chegou poucos dias após o primeiro show da artista no Rio de Janeiro, mescla português e inglês e flutua entre diversos estilos, refletindo a diversidade cultural da carioca que foi radicada nos Estados Unidos, onde mora há 11 anos. Em entrevista ao POPline, Flor detalhou o processo criativo do EP, suas influências e a relação com o pai.

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Foto: Wilmore Oliveira / Vinícius Rocha / Karyme França

Confira a entrevista na íntegra!

POPline: Você é uma artista brasileira radicada nos Estados Unidos. Como sua música foi afetada por essa realidade que vive desde os 10 anos?

Flor: Quando você muda de país com essa idade é completamente envolvida pela cultura do novo lugar. Eu passei a adolescência nos EUA, uma fase importante de autoconhecimento. Fui aprendendo não só a língua, mas também a história da música americana, a cultura popular, e isso me influenciou muito. Imagina uma criança que se mudou para outro país e começou a aprender tudo sobre aquele universo. Eu sou muito grata por todo esse conhecimento que tive da cultura americana, faz parte do que eu faço hoje. A maioria das letras do disco é em inglês, as melodias e os beats que eu fiz também, além das influências brasileiras.

POPline: O seu primeiro EP acabou de ser lançado. O que você priorizou neste trabalho, uma vez que ele servirá como cartão de visitas de quem é você como artista?

Flor: Eu priorizei a felicidade, o carinho, o que é melhor para o disco. Algumas ideias que surgiram durante o processo não foram para frente. A gente fez esse trabalho pensando na música, e não necessariamente na minha identidade como artista ou na minha história. Naturalmente, as coisas caminharam dessa forma contando as minhas experiências nesses últimos anos, saindo da adolescência para um lugar mais maduro, e eu acho que isso é traduzido na minha música.

POPline: Você assina a produção do “Prima” junto com Ayush Garg. Para você, era primordial estar à frente da produção e todos os detalhes desse projeto? Como foi o processo criativo desse EP?

Flor: Sim, claro. Foi um processo muito livre, eu trocava ideia com os meus amigos, cada detalhe foi escolhido em conjunto, e com muita liberdade para fazer da nossa maneira, no nosso tempo. Poder contar com um grupo de amigos, como Ayush e Teo Ma, que também fazem suas próprias músicas, foi muito importante. A gente podia criar de forma livre, isso foi muito divertido.

POPline: Você trabalha com música há muitos anos, desde a infância. Além da influência direta de seu pai na sua construção musical, o que me mais lhe inspirou e lhe trouxe até aqui? Como foi essa jornada até o lançamento de seu primeiro EP? Sentiu vontade de lançar um trabalho solo antes deste?

Flor: O que me inspira muito, além da música (claro, música sempre me inspira, sempre estou escutando músicas novas, aprendendo com os outros, desde alguém que eu não conhecia, até os meus ídolos musicais) são filmes, arte, terminar um namoro, ter uma melhor amiga, viver experiências na vida. Tudo isso me inspirou muito em “Prima”. Sobre o lançamento, é o meu projeto, e eu tive a grande graça de fazer com amigos. Eu lanço quando sinto que está pronto e não tem nada que me segure.

POPline: Inevitável falar do seu pai quando se fala de você. Ele não está na ficha técnica do “Prima”, mas ele teve alguma influência nesse projeto? Como é a sua troca com ele em relação ao seu trabalho?

“O meu pai não teve nenhuma influência nesse projeto. Eu só mostrei as músicas no final, quando já estava quase pronto. Dei algumas dicas de ideias que surgiram, mas nada que impactasse no andamento. Eu fiz com a minha galera e ele foi acompanhando depois. Eu acho bem legal esse nosso processo. Nossa relação é de pai e filha”, diz Flor.

POPline: Vocês cantaram juntos no álbum “Portas”, de Marisa Monte. Há espaço para mais parcerias com ele? E com demais artistas?

Flor: Eu adoro fazer parcerias e adoro me conectar com artistas do mundo inteiro. Quero fazer milhares de trabalhos. Estou aqui não só para comunicar a minha própria música, mas também com as de outros artistas que pensam parecido comigo. Então: está no ar!

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