“Nem eu nem a gravadora queríamos transformar o segundo álbum em cópia do primeiro”. É assim que começa a entrevista da cantora Corinne Bailey Rae a Revista Billdoard. Lançado em 2006, o primeiro álbum da Corinne vendeu quase dois milhões de álbums apenas nos Estados Unidos e passou 71 semanas na parada de discos da revista.
“Foi uma surpresa para mim. Eu achava que não ia chegar ao grande público porque foi produzido muito independente”, revelou.
Após sucesso de crítica e público, Corinne tomou a estrada para divulgação do álbum. Mas uma tragédia pessoal cancelou muitos dos planos traçados. Em 2007, Jason Rae, marido da cantora, faleceu após uma overdose de drogas e álcool. Corinne acabou se afastando da música.
“Quando o Jason faleceu, não quis saber de música. Passei um bom tempo sem escutar nada. Sempre fui de escrever qualquer coisa em um papel para depois transformar em música. Acabei deixando isso de lado por um tempo”, confessou.
Amigos a trouxeram de volta à música sem nenhuma pressão. Steve Brown e Steve Chrisanthou, que trabalharam no primeiro álbum da cantora, a obrigaram fazer pequenos shows e depois voltar lentamente ao estúdio.
“Não tinha a intenção de gravar músicas sobre o luto. Apenas sentava e dedilhava no violão. Fizemos isso na minha casa mesmo, gravando quase tudo simultaneamente como se fosse um mini-show”, revelou.
Perguntada sobre as expectativas para o novo álbum, Corinne está inquieta. “Não sei o que as pessoas vão pensar. É muito diferente do primeiro álbum”, confessou. “The Sea” chega ás lojas nos Estados Unidos em fevereiro.