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Qual é o papel de uma gravadora musical?

Foto: Unsplash.

Com a inserção do digital, a dinâmica do ecossistema do mercado da música ampliou e renovou os rumos da indústria. Um espaço que era de poucos, por meio  da força e casting das gravadoras, atualmente é de muitos; com a possibilidade da autogestão, presença de plataformas e muito mais informações disponíveis sobre os movimentos e estratégias para uma carreira. 

Pensando nesse novo cenário, a IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica) criou um organograma a partir do olhar de uma gravadora que gerencia um artista e que possui métodos de trabalho cada vez mais flexíveis.

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Mas, afinal, quais são as funções de uma gravadora?

O modelo apresentado pela IFPI traz uma visão de trabalho macro. Ou seja, colocando em correspondência com o Brasil, muitas funções acabam sendo realizadas dentro de um único setor, no país.

Atuando como parceira para ajudar os artistas a alcançar o sucesso comercial e criativo, uma gravadora fornece uma ampla rede de pessoas criativas e de apoio que nutrem e desenvolvem artistas, ajudando-os a se conectar e se conectar com os fãs de várias maneiras, a cada passo da sua jornada musical.

Confira o organograma criado pela IFPI abaixo:

Foto: IFPI (Record companies Powering the music ecosystem)Reprodução

A IFPI dividiu em 12 setores as funções que gerenciam um artista dentro de uma gravadora. De maneira geral, elas podem fornecer aos artistas:

  • Recursos e pessoas: para apoiar uma equipe de crescimento, onde necessário;
  • Investimento: para realizar sua visão artística;
  • Experiência: para se envolver com os mercados em todo o mundo;
  • Relacionamentos: conectá-los a outros artistas e outros criadores;
  • Suporte: com a criação e gravação de suas músicas
  • Coordenação global: ajudando a alcançar fãs no mundo todo

Sobre as áreas de trabalho

Non-Record Income (Renda Indireta, venda e lincenciamento de produtos):

Área voltada para ajudar a criar a vender produtores de artistas seja em shows ou por meio do site do artista.

A&R (Artístico & Repertório):

Responsáveis em descobrir novos talentos artísticos e levá-los para a gravadora.

Na organização da IFPI, dentro desse setor também fica toda a parte de produção musical do artista e criação de repertório.

Business Affairs & Legal (Assuntos Legais, Direitos Autorais e de Negócios):

Equipe que lida com a parte legal do artista, envolvendo Direitos Autorais à elaboração de contratos e regulamentações.

Commercial Services (Área Comercial):

Time responsável pelas vendas dos artistas, seja no âmbito físico ou no digital

Marketing:

Área responsável pelas campanhas online e offline que impulsionam o crescimento do artista tanto no âmbito offline, quanto online. Eles gerenciam ações de investimento publicitário e monitoram os números de vendas.

Sync / Brand (Sincronização e Marca – Publicidade):

Setor responsável na criação de parcerias entre marcas e artistas. A equipe analisa quais marcas possuem relação com o perfil do artista para possíveis negócios em conjunto.

Video Production (Produção de Vídeo):

Setor que cuida de todo o conteúdo de vídeo do artista, seja na produção de clipes ou de vídeos específicos para as Redes Sociais.

Creative Services (Criação):

Responsável pela criação gráfica do artista: flyer, outdoors, artes específicas para as Redes Sociais, bem como, criação da arte de capa de álbuns ou singles.

Publicity & Press (Publicidade e Assessoria de Imprensa):

Equipe responsável pela divulgação do artista nos veículos de comunicação, incluindo rádio, TV e online.

Promotion (Promoção):

Aqui a IFPI analisa esse setor como responsável em promover o artista. Seja na criação de fotos de divulgação, criação de playlists, presença da música nas rádios, bem como, organização da agenda do artista.

Data Insights (Ideias de Dados):

Área de análise de dados e métricas em toda a cadeia digital e offline para ajudar o artista a desenvolver estratégias e verificar resultados.

Catalogue (Catálogo):

Setor que para a IFPI analise oportunidades para a música após um ano de lançamento. Podemos entender que esse setor, para eles, ajuda nas vendas e na criação do histórico artístico, que ajudam na criação de um case de sucesso e na análise de desempenho.

O organograma da IFPI

 O organograma da IFPI traz dados gerais, mas, cada um desses setores podem ter vários desdobramentos. Seja para artista independente ou vinculado a uma gravadora, o modelo organizacional e a estratégia utilizada é única. 

E as funções gerais podem ser cada vez mais flexibilizadas de acordo com o estilo do artista.

Foto: Unsplash.

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