Muita coisa aconteceu na vida de Gaby Amarantos desde de que “Treme”, seu álbum de estreia, de 2012, chegou mostrando uma nova cara da cultura nortista, para lá de high-tech. E não demorou muito para o Brasil se apaixonar pelo talento da cantora e seu “Ex Mai Love“. E ela está de volta reforçando suas origens e com o compromisso de mostrar uma Amazônia do futuro em “Purakê”, seu segundo disco, que a faixa “Última Lágrima”, ao lado de Alcione, Elza Soares e Dona Onete.
“É a santíssima trindade, né? Minhas três deusas, Alcione é a rainha da sofrência, Elza canta o lugar de tanta vivencia, é mutia historia naquela voz, e Dona Onete é minha deusa do Pará. Juntar essas vozes é dar um presente para o Brasil. A gente vive uma época em que se exalta muito a juventude, então, é uma grande homenagem à essas mulheres que pavimentaram essa estreada pra gente”, reflete Gaby.
A faixa junta a força de três quatro mulheres poderosíssimas, de gerações diferentes, mas com o mesmo propósito: empoderar a mulherada. “Essa música fala de uma mulher que decide que essa é a última lágrima que ela vai chorar. A gente tem que ter esperança, se conectar com a árvore da vida”, diz a cantora, que está muito feliz de mostrar uma nova faceta de sua arte.
Conhecida por hits sempre muito empolgantes, em “Purakê”, que conta com 11 parceria por entre as 13 músicas do disco, Gaby transita por diferentes emoções. Tem sofrência, bate cabelo e muito mais. Esse gostinho já pode ser visto em “Amor Para Recordar”, ao lado de Liniker.
“Eu estou sentindo como um dos momentos mais importantes da minha carreira, o segundo álbum é sempre muito esperado e cobrado, mas eu esperei o ‘Purakê’ para fazer na hora certa. Todas as músicas eu compus com parceiros e traz essa nova cara da floresta amazônica. É para a gente falar desse novo som da Amazônia, mostrar do que tem além do ‘Treme’.”, destaca.
Nove anos depois, Gaby conquistou mais espaços na cultura popular e na mídia. Hoje, ela completa o elenco do programa “Saia Justa”, do GNT, e é uma das técnicas do “The Voice Kids”, da Globo. Ocupando espaços e trazendo toda a representatividade do tecnobrega para o mainstream. Ela garante que essa é a sua maior missão na música.
“O impacto que eu quero causa é mostrar para as pessoas que nós somos muito mais do que elas imaginam. O ‘Purakê’ quer mostrar mais do que os ritmos do calypso, o do carimbo, que as pessoas já conhecem. Quero firmar a periferia e o tecnobrega, a explosão que é o som do norte. A gente é tecnobrega, mas é a musica do futuro. Nos, da Amazônia, estamos propondo coisas que ninguém propôs. Com coragem e autenticidade. Conectados com a essência”.
O disco é um projeto visual, com clipes para a maioria das faixas e chega com uma inovação: Gaby embarca no conceito do CLIPELIZER, um conteúdo visual que todas as faixas (aquelas que não contaram com um clipe). O que isso quer dizer? Elas terão mídias no canal oficial do YouTube da cantora, não serão nem clipe e nem lyrics vídeos, e sim um clipelizer. Um processo que ela veio estudando ao longo do isolamento social, que transformou a cara do disco.
“Foi um parto de elefante, eu confesso, a gente ta trabalhando há muito tempo, e essa último feat com as três, eu escrevi em 2015, então, eu venho escrevendo e entendendo sobre o que eu quero falar. A gente tá passando por muita coisa no mundo. Produzimos á distância, se falando em grupos… Foi um processo criativo que nos salvou”, declara.
E as parcerias chegam mostrando muita pluralidade na tracklist. Além de Elza, Marrom, Dona Onete e Liniker, o álbum conta com colaborações poderosas como Ney Matogrosso, Urias, Luedji Luna, Potyguar Bardo, Jaloo, Leona Vingativa e Viviane Batidão. Enfim, para todos os gostos.
“Meu feat dos sonhos eu já estou realizando, eu zerei a vida com Elza, Alcione e Dona Onete, mas todas as pessoas que estão nesse álbum, são dos sonhos, porque falo de diversidade, e tem gente de norte a sul do país”, declara.